30.11.06
Porque hoje (Não) É Sexta (Mas é como se fosse)...

Superstition, Stevie Wonder
original de "Talking Book" (1972)

(Com um ouvido atento às guitarras, ao baixo e aos sopros, percebe-se um pouco melhor onde o Kravitz e o Slash foram desencantar...
isto - Lenny Kravitz, "Mama Said", 1990)

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Olavo Lüpia, 30.11.06 | Referências | 0 Feedback(s)
Novidades - Bert Jansch

"The Black Swan" (2006)

Bert Jansch não é um novato. Longe disso.
Fez 63 anos no início deste mês, é escocês... e sabe muito!
É um virtuoso guitarrista folk, com um toque que considero estar entre Nick Drake e a parte folk que Jimmy Page tem dentro de si. O instrumental Black Mountain Side, presente no primeiro dos Led Zepp, de 1969, é claramente inspirado("gamado"?) na magistral Blackwater Side, de composição tradicional, presente no disco "Jack Orion" (1966).
Pois bem, Bert Jansch lançou recentemente o excelente disco folk "The Black Swan". Para tal, pediu a ajuda de Beth Orton e a Devendra Banhart, que cantam juntos a música Katie Cruel, sendo que a menina canta também outras músicas do disco, só (When the Sun Comes Up) ou acompanhada por Jansch (Watch The Stars).
Um excelente disco folk, dizia eu acima. Mas não da linha do "novo folk" ou "freak-folk" ou "o raio que lhe queiram chamar". Folk britânico, de linhagem clássica, ora mais aproximado ao registo do mito Drake (nas sete composições próprias de Jansch), ora num registo completamente clássico, de recolha e arranjo de temas tradicionais (os cinco restantes).
Gostei bastante e recomendo.

Fiquem com as seguintes:

The Black Swan
Katie Cruel
The Old Triangle

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Olavo Lüpia, 30.11.06 | Referências | 0 Feedback(s)
29.11.06
«Castanholas nos pés»...
Ao que parece, Jimi Hendrix chegou a dizer a Robert Plant, vocalista dos Led Zeppelin, que gostava muito do baterista deles porque «parecia que tinha castanholas nos pés» - e Hendrix nem se podia queixar, porque tinha na sua Experience outra lenda da bateria: Mitch Mitchell.
O visado era John 'Bonzo' Bonham, um dos melhores bateristas rock de sempre.
Hendrix estaria, muito provavelmente, com esta canção em mente:
Good Times Bad Times - "Led Zeppelin" (1969)

Mas não era só pelos pés que a coisa ficava indescritível. Outro exemplo da técnica e imaginação de Bonzo é, sem dúvida, esta música:
Fool In The Rain - Led Zeppelin, "In Through The Out Door" (1979)

Seria impossível fazer uma lista de todos os fabulosos contributos que Bonham deixou ao rock e à bateria mas destaque-se, desde logo, Moby Dick e Kashmir (na qual todos os instrumentos tocam o tema no compasso 3/4 enquanto Bonham se mantém em 4/4... e tudo bate certo!).
Bonham acabaria por morrer em 24.09.1980, asfixiado pelo próprio vómito. O homem era muito amigo da sua pinga, tendo morrido após tomar a sábia decisão de ir dormir um bocadito... depois de "rebentar" com 30 e alguns shots de vodka em poucas horas. Ou seja, ironicamente, Bonzo acaba por plagiar a trágica "proeza" de Hendrix, de 18.09.1970 - se bem que a asfixia deste se crê ter origem em drogas.

Para finalizar, e só mesmo para bateristas e fãs do instrumento, uma versão live de Moby Dick, com quase 20 minutos:
Moby Dick, do triplo ao vivo "How The West Was Won" (2003).

Quem ainda tiver coragem, fica aqui com o link para o site Drummer World - que acho que faz as delícias de todos os amantes da bateria.

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Olavo Lüpia, 29.11.06 | Referências | 3 Feedback(s)
Vídeos do outro mundo

Stay (Faraway, So Close!), U2
"Zooropa" (1993)
Realizador: Wim Wenders

E, em qualquer parte do mundo, uma música do caraças.
Para mais uma paródia (desta vez com os U2) a um dos filmes - quer se queira quer não - mais marcantes dos últimos anos: Brokeback and Hum.

(«Brokeback! Brokeback!»)

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Olavo Lüpia, 29.11.06 | Referências | 1 Feedback(s)
28.11.06
Does Humour Belong In Music? (XI)
ou será, neste caso, ao contrário?!!

And now, for something completely different:
It's...


Penis Song
Sit On My Face
Spam
Lumberjack Song
The Galaxy Song
and...
Always Look On The Bright Side Of Life

FCC Song - Eric Idol

Para acabar, nunca se esqueçam que...

Every Sperm Is Sacred

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Olavo Lüpia, 28.11.06 | Referências | 0 Feedback(s)
27.11.06
Ó, fáxavor! Queria participar um roubo, fáxavor! (II)
Depois da 1.ª participação, acho ser necessário «pôr a boca no trombone» em relação a outro roubo descarado.
O mundo da publicidade dá sempre muito material, por isso aqui vai mais um:
Eh pá, já viram o novo anúncio ao produto "Mars Delight"?
Já? E a música que acompanha aquela treta não é o despudorado roubo deste monumento?

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Olavo Lüpia, 27.11.06 | Referências | 1 Feedback(s)
Blue Mondays...
Um manifesto pró-ambiental e anti-bélico:

After The Gold Rush, Neil Young
original de "After The Gold Rush" (1970)

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Olavo Lüpia, 27.11.06 | Referências | 0 Feedback(s)
26.11.06
Concerto/Filmagem
Este post é mais direccionado ao povo de Lisboa e arredores. Isto porque está na fase de rodagem e produção uma mini-série com Manuel João Vieira, chamada "Mundo Catita".
No âmbito das filmagens, vai ser realizada a simulação de um concerto dos Irmãos Catita, no Cinearte, em Santos, Lisboa, amanhã, dia 27 de Novembro entre as 22,00h e as 03,00h.
Apareçam por lá, que depois aparecem na Têvê!...
Aqui fica uma música bem provável de ser tocada amanhã.
Sou Chato - Irmãos Catita
"Mundo Catita" (2001)

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Olavo Lüpia, 26.11.06 | Referências | 0 Feedback(s)
25.11.06
(Semi-)Novidades - Scott Walker
O velhinho Scott Walker (nascido Scott Engel, em 09.01.43) tem aparecido uma vez por década para dar uma prova de vida: a partir de 1974, Scott Walker gravou 3 discos (se excluirmos a banda sonora de "Pola X", de 1999). E esta prova de vida, 11 anos depois da última "Tilt", confirma que o homem está em forma.
O disco chama-se "The Drift", é deste ano e confirma Walker (que não o Ranger do Texas) como o velhinho mais «estranho» da música actual. (Quase) Tudo é experimentalismo.
Música escura e fantasmagórica é a conclusão fácil de tirar de uma primeira audição de "The Drift". O resto precisa de mais audições, porque o material é muito denso: músicas compridas, estruturas musicais irregulares e melodias "muito fora".
Deixo aqui o vídeo da música Jesse.

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Olavo Lüpia, 25.11.06 | Referências | 0 Feedback(s)
24.11.06
Porque hoje é Sexta...

Get Myself Arrested, Gomez
"Bring It On" (1998)

Qualquer semelhança entre o título desta música e a semana futebolístico-judicial que passou, não é, de todo, descabida.

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Olavo Lüpia, 24.11.06 | Referências | 0 Feedback(s)
23.11.06
I'm Afraid Of Americans
Junto-me ao que foi dito e mostrado aqui pel'O Incontinental.

I'm Afraid of Americans - David Bowie (c/ Trent Reznor)

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Olavo Lüpia, 23.11.06 | Referências | 0 Feedback(s)
Adivinha quem voltou?
(... e não vem - directamente e sem passar pela casa da Partida nem receber os 2.000$ - dos anos 80?!!)

Ao que parece, os Smashing Pumpkins andam por aí, "céguinhos", a gravar novo material para lançamento em 2007... mas, segundo o que ouvi, sem o guitarrista James Iha - o que é pena, muita pena.
Enquanto não há concretizações, deixo-vos com a lindíssima Stumbleine, do denso e excelente duplo disco "Mellon Collie and the Infinite Sadness" (1995).
Boas recordações...

Stumbleine

(Havia um um amigo meu que fazia uma segunda voz disto, mais grave, que era um assombro/uma sombra... Será que ele ainda sabe como se faz?!)

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Olavo Lüpia, 23.11.06 | Referências | 2 Feedback(s)
22.11.06
Uma excelente equação
Um musicão impressionantemente bem escrito, com aquelas orquestrações ultra-dramáticas que só uns Divine Comedy (mais propriamente, Neil Hannon e Joby Talbot) em forma nos podem ofertar;
+
Uma letra dramática com aquele salpico de humor, que só um Neil Hannon poderia escrever;
+
A fabulosa voz daquela que é considerada a melhor intérprete de Kurt Weill desta geração (sendo Weill a grande inspiração do excelente disco em questão);
=


The Case Continues, Ute Lemper
"Punishing Kiss" (2000)

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Olavo Lüpia, 22.11.06 | Referências | 0 Feedback(s)
10/10 (dez-em-dez) - "Revolver" (1966)
(Tendo saído agora o disco "Love", com a produção de George Martin e filho, lembrei-me deste verdadeiro clássico)



40 anos tem este disco. E não parece nada. Se tivesse sido editado esta semana, continuaria a ser um disco actual e fabuloso.
Os Beatles já tinham entrado na "fase estupefaciente" e, relacionado ou não com isso, dão passos na construção musical que estão muito à frente do seu tempo. Com ele, os Beatles fazem um verdadeiro tratado de composição pop, que havia dado os seus primeiros sérios fogachos no anterior "Rubber Soul" (1965).
Nele existe uma grande variedade de estilos, todos executados de forma perfeita e inovadora. Depois, há que falar no psicadelismo, bem patente em músicas como Love You To, She Said She Said ou Tomorrow Never Knows. Patente também em "Revolver", a crescente marca de George Harrison, na guitarra e na composição, contribuindo com três músicas - das melhores do disco (Taxman, Love You To e I Want to Tell You).
Continuam a existir aquelas baladas tão características dos Beatles, desta vez, no seu estado final de apuramento, como Eleanor Rigby, Here There and Everywhere ou For No One.
Por fim, a magistral produção de George Martin, que, face a uma torrente de sons e de ideias, conseguiu encontrar a melhor forma para as músicas "respirarem".

Forçado a escolher apenas alguns temas do disco, excluí à partida canções que toda a gente conhece, como a magistral Eleanor Rigby (uma lição perfeita e final de composição pop para cordas), Here There and Everywhere ou o óbvio Yellow Submarine, e optei pelas que seguem.
O rock-funk de Taxman, que abre o disco, tem uns excelentes riffs de guitarra de McCartney e uma irresistível linha de baixo de Harrison, que compôs a música - não, não é engano, é mesmo Paul na guitarra e George no baixo!
Love You To. A marca registada de George Harrison nos Beatles: a melodia oriental, o uso da cítara (e tudo o que, com ela, ele roubou a Ravi Shankar). Pop de raiz indiana era coisa que, como se pode imaginar, não existia nos 60's... até aos Beatles, mais concretamente, a George Harrison.
For No One é a música que muitos dos actuais nomes da pop gostavam de ter composto. As melodias das estrofes e refrão são fantásticas, principalmente quando se pensa que estamos nos anos 60 e não havia Beatles que os pudessem inspirar, não sei se me faço entender... O que hoje é banal, é-o porque estes 4 o fizeram antes e de forma tão perfeita que, 40 anos depois, nada há a acrescentar-lhe.
Lá para o final do disco, chega a jóia do disco. Aquela que é, provavelmente, a música mais inacreditável de todos os tempos! Tomorrow Never Knows é um OVNI. Remeto, quanto a esta música, para o que já havia escrito aqui.
Trata-se, em conclusão, de um disco intemporal e extraordinário, que é considerado por muitos como o melhor disco de sempre. E tudo isto em 35 minutos...

Taxman
Love You To
For No One
Tomorrow Never Knows

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Olavo Lüpia, 22.11.06 | Referências | 1 Feedback(s)
21.11.06
O fantasma de Tom Joad
Tom Joad. Personagem do classico "As Vinhas da Ira", de John Steinbeck, e ponte improvável que une Bruce Springsteen aos Rage Against The Machine.
Quando, em meados dos '90, Springsteen decidiu (e muito bem) voltar ao acústico, pediu permissão aos herdeiros de Steinbeck para usar a personagem principal e o imaginário de "As Vinhas da Ira".
O disco "The Ghost of Tom Joad" foi lançado nos Estados Unidos faz hoje 11 anos e é o disco mais socialmente (re)activo de todos os de Springsteen - o "voltar de costas" dos Estados Unidos ao operário e ao imigrante (que sempre foi a base do famoso "melting pot" americano) e consequente marginalização de novos grupos sociais é a base e "motor" do disco.


The Ghost of Tom Joad, Bruce Springsteen
"The Ghost of Tom Joad" (1995)


Notando a especial relevância da letra, os RATM sugaram-na, revolucionando o som. No fundo, é mais uma música dos RATM, com uma letra do Springsteen. Uma grande música.

The Ghost of Tom Joad - Rage Against The Machine
"No Boundaries: a Benefit for the Kosovar Refugees" (1999)

(Descobri ainda, quando estava a escrever o post, que o sueco Jose González formou uma banda chamada Junip (que acho que ainda não tem disco lançado), a qual também fez uma cover da música, que aproveito para postar.
The Ghost Of Tom Joad - Junip)

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Olavo Lüpia, 21.11.06 | Referências | 3 Feedback(s)
20.11.06
Voltando à vaca fria...
Terá saído hoje cá em Portugal, vem numa edição limitada, equipada com um livrinho de 94 páginas e ainda não comprei...
Só de pensar nisso, até me dá comichões!
Acho que vou pôr o meu inside man na FNAC em cima do assunto... (Vaz, tu não adormeças!)
Fiquem com mais um pedacinho do segundo disco, "Bawlers": esta orfã, um tango, que já havia sido editada na banda sonora do filme "Shrek 2".

Little Drop of Poison - Tom Waits

Também pode ser comprado aqui.

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Olavo Lüpia, 20.11.06 | Referências | 0 Feedback(s)
Blue Mondays...

Con Toda Palabra, Lhasa de Sela
"The Living Road" (2003)

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Olavo Lüpia, 20.11.06 | Referências | 4 Feedback(s)
19.11.06
Ch-Ch-Ch-Ch-Changes
Pois é. Mudei o aspecto ao tasco. Fiz alguns arranjos em pladur e comprei uns lindos armários em tabopan (Vitória! Consegui meter duas das minhas palavras preferidas na mesma frase!).
No entanto, faço notar que só muda mesmo o aspecto - não fiquem à espera que o conteúdo se torne, por magia e assim de repente, bom...
Resumindo, «I was tired of the old shit, let the new shit begin»:

Old Shit/New Shit - Eels
"Blinking Lights and Other Revelations" (2005)

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Olavo Lüpia, 19.11.06 | Referências | 3 Feedback(s)
18.11.06
A alma das músicas
"The Eraser" (2006), de Thom Yorke, pode ser acusado de ser um disco que a tecnologia tornou um pouco frio.
Só para contrariar, duas fabulosas versões acústicas de dois temas do disco:

The Clock (ao vivo no The Henry Rollins Show)


Analyse (ao vivo na Gala dos Mercury Prize, 05.09.2006)

Nota: Eu queria apenas postar uma destas duas acima mas, depois de pesar muito uma e outra, não me consegui decidir, daí o abuso do You Tube...

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Olavo Lüpia, 18.11.06 | Referências | 0 Feedback(s)
17.11.06
Especial Jeff Buckley - Moral da História
Satisfied Mind - "Sketches For My Sweetheart The Drunk" (CD2), 1998.

"How many times have you heard someone say
If I had money, I would do things my way,
But little they know that it's so hard to find
One rich man in ten with a satisfied mind.

Money can't buy back your youth when you're old
A friend, when you're lonely, or peace to your soul.
The wealthiest person is a pauper at times
Compared to the man with a satisfied mind.

When my life is over and my time has run out.
My friends and my loved ones, I will leave there's no doubt.
But, one things gone for certain, when it comes my time
Ill leave this old world with a satisfied mind.
Satisfied mind.
"

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Olavo Lüpia, 17.11.06 | Referências | 1 Feedback(s)
Especial Jeff Buckley - Hallelujah
Eu tentei resistir. Eu juro que tentei...
Mas não fui capaz.
Ainda por cima porque esta versão tem, lá pelo meio, um pouco do I Know it's Over, de uma das bandas preferidas de Jeff Buckley, The Smiths, que foi a banda que, infelizmente, me tinha esquecido de referenciar aqui.

Hallelujah/I Know It's over - "Mistery White Boy" (2000)

(letra)
(sobre a música)



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Olavo Lüpia, 17.11.06 | Referências | 4 Feedback(s)
Especial Jeff Buckley - Sketches For My Sweetheart The Drunk
Em finais de 1996, Jeff tinha acabado uma digressão de 2 anos que passou pelos Estados Unidos, Europa, Japão e Austrália. Estava exausto quando chega a NY.
E chega a altura de começar a preparar o novo disco... NY era uma cidade especial. Parker Kindred (baterista que substituiu Matt Johnson no fim da digressão de Grace) diz sobre a cidade: «in a good day this city is an incredible place to be, in a bad day this city can eat your soul».
O que havia sido, em 1991, a sua libertação, agora parecia sufocá-lo e Jeff sentia a necessidade imperiosa de sair daquele lugar. Seguindo o conselho do amigo Dave Shouse, dos Grifters, Buckley decide deslocar-se para a cidade de Memphis, longe da pressão e tentação nova-iorquinas, o que faz, em Fevereiro de 1997 - cidade de onde acaba por nunca sair.
Aí chegado, Jeff chama a banda (Michael Tighe, guitarra; Mick Grondhall, baixo; e o já referido Parker Kindred na bateria) e começam a tentar gravar material - o material que pode ser ouvido no primeiro Cd do "Sketches..." -, mas as coisas não estavam a sair perfeitas, a tensão em estúdio acumulou-se e o tempo escasseava....
Buckley decide mandar a banda outra vez para NY, para que ele pudesses compor mais músicas e maturar as já existentes. Para tal, usa um gravador de 4 pistas - ver o material presente no 2.º Cd do "Sketches...".
Em finais de Maio desse ano, Buckley chama a banda de volta para procederem às gravações do que viria a ser o seu segundo: "My Sweetheart The Drunk". JB estava, agora, excitadíssimo com o novo material que gravara e ansioso por começar a desbravá-lo com a banda.
O disco aparentava tornar-se um gigante - e não estou a falar do seu tamanho. Jeff era inteligente e não queria fazer um outro Grace. A solução encaminhava-se, parece-me, para um disco mais rock e The Sky is a Landfill, Vancouver, Your Flesh Is So Nice, entre outras, davam o mote geral...
Infelizmente, a banda nunca chegaria a rever Jeff.
Fica o "Sketches...", um disco que, para "esboço", é impressionante. Músicas que não estavam completas ou "perfeitas" para o crivo de Buckley ouvem-se com o maior dos agrados.
Aqui está o vídeo (póstumo) de Everybody Here Wants You.
Fiquem também com uma das minhas preferidas:
Morning Theft

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Olavo Lüpia, 17.11.06 | Referências | 2 Feedback(s)
Especial Jeff Buckley - Assustadoramente belo...
Esta música merece um destaque especial.
Tudo é fabuloso: o riff inicial de guitarra é ouro; o ritmo de bateria e toda a secção rítmica ao longo da música são sublimes; a voz de Buckley... é inexplicável...
Ouçam.
Vancouver - "Sketches for My Sweetheart The Drunk" (1998)

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Olavo Lüpia, 17.11.06 | Referências | 2 Feedback(s)
Especial Jeff Buckley - Lado acústico
Em registo áudio, uma das minhas versões preferidas desta música, com um final arrepiante:
Lover, You Should've Come Over

Em vídeo
, duas grandes versões acústicas:
So Real
Last Goodbye

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Olavo Lüpia, 17.11.06 | Referências | 2 Feedback(s)
Especial Jeff Buckley - Porque hoje é Sexta...

Eternal Life (Live Version),
do DVD "Live In Chicago" (2000).

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Olavo Lüpia, 17.11.06 | Referências | 2 Feedback(s)
Especial Jeff Buckley - Does Humour Belong In Music?
«I'm a ridiculous person and you're lucky you payed no money to see me» - Jeff Buckley

Em palco, Buckley era muitas vezes o palhacito de serviço, ora brincando com as suas referências musicais, como Led Zeppelin, The Doors, Miles Davis ou Nusrat Fateh Ali Khan, ora fazendo inúmeras brincadeiras, como a do "jogo da cadeira" (aquele em que se tem que procurar uma cadeira e sentar nela logo que a música acaba) e a música que passaria no bar CBGB - bar mítico de NY, que, há pouco tempo fechou as portas, onde o som era mais rock e punk - durante um jogo desses.

O Reverb e os Doors, na edição especial do "Live at Sin-É" (2003)
Jogo das cadeiras, na edição especial do "Live at Sin-É" (2003)
Kashmir, no "Live A L'Olympia" (2001)


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Olavo Lüpia, 17.11.06 | Referências | 0 Feedback(s)
Especial Jeff Buckley - Buckley por Stef Kamil Carlens
Song For A Dead Singer - Zita Swoon
"I Paint Picture In A Wedding Dress" (1998)

Sentida e lindíssima homenagem - letra aqui.

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Olavo Lüpia, 17.11.06 | Referências | 0 Feedback(s)
Especial Jeff Buckley - 10/10 (dez-em-dez) - "Grace" (1994)

«"Grace" is basically a 'death player'. Not something of sorrow, but of just casting away any fear of death.
No relief will come. You really just have to stew in your life until it's time to go...» - Jeff Buckley

Esta era visão do músico sobre o seu próprio disco. Impressionante.
Grace é um disco de desejo, de querer. O desejo de se fazer qualquer coisa de relevante, de ser alguma coisa importante, para nós e para os outros que nos rodeiam. O desejo de alguém, ou por alguém - daí que possa também ser definido como o disco dos corações partidos ou da 'dor de corno'.
O disco começa com Mojo Pin, uma primeira música de desejo. Intenso. Buckley referiu-se a Mojo Pin como uma música que fala sobre um sonho (sobre o sentido da expressão Mojo Pin). A música começa suave e a entrada da voz de Buckley foca-nos a atenção, assim como parece focar a atenção da música, que ali se passa a centrar (assim como Jeff focava as atenções de quem o via ao vivo). Os refrões finais vêm das entranhas e é impossível ficar-se "desligado".
Em continuação, o tema-título, Grace: «This is a song about (...) not feeling so bad about your own mortality, when you have true love», Jeff Buckley. Lindíssima a construção musical, impressionante a vocalização. Aquele grito final desarma e rasga qualquer alma mais empedernida.
Last Goodbye é uma música que não pode existir! A primeira vez que a ouvi pareceu-me uma musiquinha bonitinha, ponto final. Mas, quando reparei na composição da música... Jesus (e eu nem religioso sou)! Desde a afinação aberta em Sol da guitarra - base da composição -, as estrofes, a ponte musical... as melodias. As melodias não existem. Nada é tão perfeito. De tão bem trabalhadas, parece a única maneira de se cantar a música... Nem por sombras. A letra é mais uma vez de desejo, ainda que na despedida: «Kiss me, please kiss me. Kiss me out of desire, baby, not consolation. It makes so angry, 'cause I know that in time I'll only make you cry, this is our last goodbye».
Lilac Wine segue-se e é a evocação directa a Nina Simone, uma das suas mais importantes musas inspiradoras. O desejo por outrém marca mais uma vez a música. Lindíssima.
So Real é um marco de composição. Pode muito bem aplicar-se a esta música o que Jimmy Page, dos Led Zeppelin (uma das maiores referências de Buckley, em termos de guitarra), disse de Buckley. Qualquer coisa como «one of the things that was a little frightening is that I was convinced that he probably did things in tunings, but he didn't. It was standard tunnings and I thought: 'jeez, he really is clever, isn't he?'». Nesta música, o trabalho de guitarra é qualquer coisa de genial e o refrão vem de um planeta diferente... De génio.
Hallelujah é a definitiva e sensual versão do monumento de Leonard Cohen. Há muitas versões desta música, de gente tão importante como John Cale ou Rufus Wainwright, e nada se assemelha à de Buckley.
Lover, You Should've Come Over não tem explicação. Uma das mais inacreditáveis músicas de amor que já ouvi. Uma balada soul com uma letra fabulosa e uma composição musical que, lá mais para o fim, se torna ainda mais densa e impressionante.
Corpus Christi Carol, composta por Benjamin Britten, é mais uma solução perfeitamente possível para uma voz tão ampla e flexível como a de Jeff.
Eternal Life é a música de protesto do disco, anti-racismo/xenofobia. Grande música e um ênfase especial para a secção rítmica: irrepreensível.
Dream Brother é, provavelmente, qualquer mensagem que Buckley, o Jeff, tinha no seu interior para dizer a Buckley, o Tim. Uma grande música a fechar o disco.

Não há músicas que mereçam um epíteto menor que "excelente" e, pelo menos, metade delas são de génio.
Era uma entrada no mundo dos Long Plays pela porta grande, mostrando uma enorme versatilidade e um talento esfusiante. Um ponto de partida para uma carreira segura. Este seria o Dylan ou o Springsteen do futuro. Um compositor de excepção com uma voz única e um demarcamento claro do nome do pai Tim.
O que mais podia querer ou desejar um miúdo de 27 anos?

Aproveito para deixar aqui os vídeos que saíram deste "Grace":
Grace
Last Goodbye
So Real

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Olavo Lüpia, 17.11.06 | Referências | 3 Feedback(s)
Especial Jeff Buckley - As influências
É difícil conseguir abarcar todas as influências de Jeff Buckley. Na sua música há rock, pop, blues, jazz, soul e até o punk... Tentamos, por isso, reter a atenção nas mais importantes - correndo o risco, assumido, de fornecer uma lista incompleta.

Desde logo, os Led Zeppelin, mais concretamente, a voz de Robert Plant e a guitarra de Jimmy Page. O primeiro disco que o jovem Buckley ouviu incessantemente foi o "Physical Graffitti" (1975).
Aqui está a música mais conhecida desse disco, a intemporal Kashmir, na versão live tocada na histórica actuação dos Zepp no Festival de Knebworth, em 1979.

Nina Simone. Aqueles falsettos de Jeff Buckley, as influências mais soul que perpassam a sua música e voz, Lilac Wine e até, porque não, Lover, You Should've Come Over... Muito de Buckley tem também muito da imortal Nina Simone que, só para contrariar esse epíteto, deixou-nos em 2001.
Aqui está uma belíssima música que Jeff chegou a tocar ao vivo nos tempos das suas actuações no Sin-É, em Nova Iorque: If You Knew.

Edith Piaf - com aquelas especiais inflexões da voz e aquele vibratto tão característico, como se pode ouvir em Hymne A L'Amour.

Nusrat Fateh Ali Khan, o paquistanês da "voz voadora", que mostrou a Buckley sonoridades diferentes a que correspondem outras tantas possibilidades e soluções vocais. Tais influências são mais que notórias, por exemplo, na música What Will You Say?.
Haq Ali Ali Haq - Nusrat Fateh Ali Khan

Bob Dylan, na composição de canções. Nas set lists dos concertos no Sin-É, era já habitual umas versões de Dylan como If You See Her Say Hello, I Shall Be Released ou até mesmo esta...
Just Like a Woman, "Blonde on Blonde" (1966)

Van Morrison dos anos 60, como, de resto, já havia falado aqui. Podem ainda ver Buckley a tocar Sweet Thing, acompanhado por Gary Lucas, nos tempos dos Gods & Monsters.

Elizabeth Fraser, voz dos This Mortal Coil e dos Cocteau Twins. Liz e Jeff acabaram por se tornar amigos e fãs mútuos. Podem ouvi-la, com os This Mortal Coil, na versão de um tema bem conhecido de... Tim Buckley (uma das mais belas canções de sempre):
Song to The Siren
De referir, também, que a versão de Kanga-Roo, dos This Mortal Coil, era parte integrante dos espectáculos ao vivo de Buckley.

Tim Buckley e músicas como esta, que põe fim a "Goodbye and Hello", de 1967:
Morning Glory.

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Olavo Lüpia, 17.11.06 | Referências | 4 Feedback(s)
Especial Jeff Buckley - "Greetings from Tim Buckley" (26.04.1991)
A vida musical verdadeiramente produtiva de Jeff começa em 1991, quando chega a Nova Iorque para participar num concerto de homenagem ao pai Tim.
Os dois passaram apenas uma semana juntos e as palavras do adulto Jeff sobre Tim, o pai, não são elogiosas. As (inevitáveis) comparações entre ambos eram uma coisa que aborreciam o filho de morte. Curiosamente, Jeff nasce no dia anterior à edição do primeiro disco de Tim Buckley... e arrebata o palco num concerto de homenagem ao pai, daí que as suas vidas se acabem por entrelaçar fortemente.

Então, reza a história que, no dia 26.04.1991 foi realizado um concerto de homenagem a Tim Buckley na St. Anne's Church, NY, chamado Greetings from Tim Buckley. Depois de uma hora de música estranha e esotérica, já toda a assistência bocejava e ninguém esperava grande coisa do concerto. Gary Lucas, ex-guitarrista de Captain Beefheart, por acaso, escolhe a mesma música que o jovem Jeff havia escolhido, I Never Asked To Be Your Mountain. Confrontados com uma situação um pouco embaraçosa, decidem subir ambos ao palco para a tocarem.
É também uma coisa extraordinária: essa música havia sido composta por Tim para exorcizar a história de amor falhada entre o próprio e Mary Guibert (mãe de Jeff), havendo referências claras a esta e a Jeff. Um momento pessoal.
A música começa e os holofotes incidem sobre o perfil de Jeff quando este está a afinar a guitarra.
Pára tudo! Para quem conhece as feições de Jeff e de Tim percebe porquê. «Porra, são iguais...», terão pensado na assistência (em inglês, claro!).
A música começa, Gary Lucas vai fazendo uns sons estranhos na sua guitarra e entra a voz de Jeff...
Jesus!...
Depois de I Never Asked To Be Your Mountain (de "Goodbye and Hello" - 1967), Jeff toca ainda Sefronia: The King's Chair (de "Sefronia", de 1973), Phantasmagoria in Two (acompanhado por Gary Lucas e outros músicos) e, para acabar o concerto, toca sozinho a lindíssima Once I Was (estas duas também pertencentes a "Goodbye and Hello"). Once I Was não termina sem que antes uma corda rebente na guitarra acústica de Jeff, pelo que o último refrão e sopro final da música são cantados pelo rapaz sem qualquer acompanhamento - o resultado é de uma beleza assustadora e indescritível.
O concerto acaba e Jeff chora, esmagado, no backstage, enquanto é confortado e felicitado pelos outros músicos.
A partir daí, Jeff é convidado a integrar a formação dos Gods & Monsters, banda de Gary Lucas, onde acabam por ser compostas músicas como Mojo Pin ou Grace.
O baptismo de fogo tinha sido superado, com distinção.
Aqui estão três das quatro músicas cantadas por Buckley nesse concerto.

I Never Asked to be Your Mountain
Phantasmagoria in Two
Once I Was

(Note-se que os mp3 não têm uma qualidade sonora extraordinária. Coloco-os aqui apenas como documento.)

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Olavo Lüpia, 17.11.06 | Referências | 2 Feedback(s)
Especial Jeff Buckley
"Live fast, die young", "it's better to burn out than to fade away"... Tretas.
E nenhuma destas filosofias se aplica a Jeffrey Scott Buckley, que, fosse vivo, completaria hoje 40 anos.
É um fenómeno sociológico e musical interessante: um gajo que grava um disco (e meio) em vida e que é referência para uma nova geração de cantores e compositores.
Aqui também se tentará explicar isso, escrevendo algumas linhas sobre o homem e o seu infindável talento, aproveitando, para tal, muitas das rubricas usuais do blog, com histórias, mp3 e vídeos.
Para fãs e não-fãs de Buckley, espero que gostem.
A gerência.

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Olavo Lüpia, 17.11.06 | Referências | 3 Feedback(s)
16.11.06
E pró amigo do alheio, não vai nada, nada, nada?


Legenda: "Neste Estabelecimento não há (1)tabaco nem (2)dinheiro"

Que tempos nefandos estes em que as "vacas magras" se fazem sentir até para os (3)amigos do alheio...

(1)Cigarettes and Chocolate Milk - Rufus Wainwright, "Poses" (2001)
(2)Money - Pink Floyd, "The Dark Side of The Moon" (1973)
(3)2+2=5 - Radiohead, "Hail to The Thief" (2003)


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Olavo Lüpia, 16.11.06 | Referências | 1 Feedback(s)
15.11.06
Um vídeo... estranho
Aqui fica a história de Manuel Morena e da Loira José...

São Paulo 451, Belle Chase Hotel
recortada do excelente "La Toillette des Étoiles" (2000)

Que saudades dos Belle Chase... e o disco do JP Simões, que já só sai no próximo ano?
Desespero.

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Olavo Lüpia, 15.11.06 | Referências | 0 Feedback(s)
Andropausas...
Gosto do novo do Caetano Veloso, "Cê".
É um Caetano em alguns pontos mais rock, noutros mais funk, noutros mais jazz... e sempre mais experimental. O disco é bem engraçado e recomenda-se.
É também, sem dúvida, um Caetano muito explícito, a nível de letras. Aqui ficam dois momentos que me deixaram um pouco confuso e me levam à pergunta: ó Prof. Doutor Caetano, isso é tudo andropausa, caro amigo?

Homem
Por quê?


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Olavo Lüpia, 15.11.06 | Referências | 0 Feedback(s)
14.11.06
Adenda...
...a este post:
Já há um vídeo! É a primeira música do primeiro disco do triplo "Orphans", chamado "Brawlers".


Lie To Me, Tom Waits
"Orphans" - Brawlers (2006)

(Com um obrigado especial ao Joãozito, claro)

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Olavo Lüpia, 14.11.06 | Referências | 1 Feedback(s)
To all you lovers out there...

Interstate Love Song, Stone Temple Pilots
"Purple" (1994)

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Olavo Lüpia, 14.11.06 | Referências | 0 Feedback(s)
Stripped down to the bone...
Sylvain Chauveau, músico francês, editou, no início de 2005, um disco de versões dos grandes Depeche Mode, em registo mais acústico. Deu-lhe um belo nome (aproveitando a letra do refrão da música Stripped): "Down to The Bone: an Acoustic Tribute to Depeche Mode".
Trata-se de uma boa ideia, tendo em conta a qualidade inerente às canções da banda-alvo. Seria engraçado despir aquelas músicas dos componentes electrónicos e dos sintetizadores e ver como elas se aguentavam, no seu núcleo. E aguentam-se bem, como já era de esperar.
E Chauveau soube lançar mão de bom gosto e sobriedade nos arranjos, o que torna o disco bem engraçado e a sua audição uma relaxante e prazenteira experiência.
No disco podem encontrar temas emblemáticos dos Depeche Mode como Stripped, Home, Never Let Me Down Again, Enjoy the Silence, Freelove.
Aqui ficam três.

Stripped
Home
Never Let Me Down Again

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Olavo Lüpia, 14.11.06 | Referências | 0 Feedback(s)
13.11.06
Blue Mondays...

Forget Her, Jeff Buckley
outtake das sessões de gravação de "Grace" (1994), presente na edição especial comemorativa do 10.º Aniversário do disco, saída em 2004.

Informamos os estimados clientes que Sexta-Feira, dia 17, será um dia especial aqui no tasco. Por isso, apareçam e tragam amigos.
A gerência.

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Olavo Lüpia, 13.11.06 | Referências | 0 Feedback(s)
12.11.06
(Des)Espera-se... Radiohead
Anunciado para Fevereiro de 2006, para o Outono de 2006, inícios de 2007 (e sabe-se lá qual é a última versão), o novo dos Radiohead faz-se esperar.
Obviamente que os rapazes de Oxford não andam parados: Thom Yorke estreou-se a solo nos discos, com "The Eraser" - um grande disco - e a banda têm-se fartado de dar concertos pelo norte da Europa, Estados Unidos, entre outros sítios.
Como fizeram em Portugal em relação ao último "Hail To The Thief" (2003), também tem havido muita música inédita a preencher a set list dos concertos da banda. Músicas como Arpeggi, Videotape, House Of Cards, Bangers and Mash, 4 Minute Warning, Bodysnatchers ou Spooks têm sido experimentadas ao vivo.
O material parece ser de muita qualidade, como, aliás, é já hábito da banda. À primeira vista, retira-se a conclusão que a electrónica ficou reservada para The Eraser do frontman Yorke e está fora da construção musical actual dos Radiohead, dando lugar a um rock mais orgânico (ouvir, por exemplo, Bodysnatchers), entremeado com aquelas baladas lindíssimas - outra das trademarks da banda.
O regresso ao som de "The Bends" (1995)?
É (des)esperar para ver o que vai sair dali...
Para quem não conhece, aqui ficam algumas dessas canções, retiradas do concerto que a banda deu no Bank of America Pavillion, Boston, em 04 de Junho último.
O som não é excelente, mas também não é mau. É "razoávelzinho", mas serve bem os modestos propósitos do post. Espero que gostem.

Arpeggi
Videotape
Bodysnatchers
4 Minute Warning

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Olavo Lüpia, 12.11.06 | Referências | 0 Feedback(s)
11.11.06
Mais uma espreitadela a "Orphans..." de Tom Waits
You Can Never Hold Back Spring está no novo "Orphans: Brawlers, Bawlers & Bastards", a sair mais para o final deste mês (é a segunda música de "Bawlers", o segundo disco), assim como já estava na banda sonora do último de Roberto Benigni, "O Tigre e a Neve" (2005) - era a música que Waits tocava no casamento das personagens de Roberto e Nicoletta Braschi.
Foi, agora, disponibilizado o mp3 desta coisa curta e lindíssima no site da etiqueta que representa Waits, a Anti - que me apressei a "resgatar" e aqui colocar.

You Can Never Hold Back Spring

Para mais uma espreitadela, aqui estão links para a página promocional do disco da Anti e para a página da Epitaph Records (nesta última, estão os mp3 de Bottom of The World, You Can Never Hold Back Spring e da música mais política de sempre de Tom Waits, Road To Peace). Aproveito, por fim, para relembrar o que já havia colocado em postagem anterior.

(Estou a ouvir o "Orphans"...
MUUUUUIITTTTOOOO BOOOOMMMMM!!!!!!)

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Olavo Lüpia, 11.11.06 | Referências | 4 Feedback(s)
10.11.06
Vídeos do Outro Mundo/Porque hoje é Sexta...

Deeper Underground, Jamiroquai
"Godzilla, OST" (1998)

Realizador: Mike Lipscombe

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Olavo Lüpia, 10.11.06 | Referências | 1 Feedback(s)
9.11.06
Does Humour Belong In Music? (X)
aqui havia dito que, muitas vezes, o humor aparece de forma não intencional, não deixando, por isso, de ser hilariante. Pode-se gargalhar com o que é risível, ainda que não seja o tipo de humor mais digno. É um bocado como aquela lição de moral aprendida quando éramos petizes: "ri-te com as pessoas e não te rias das pessoas". Por norma, quanto mais desgraçado mais vontade dá de gargalhar...
E, meu deus, como é possível não rir com esta pérola?!!
A verdade é que a música em questão torna-se mais hilariante à medida que o "quadro" horrível é pincelado (reparem que o que já era negro, torna-se, a cada frase e através de uma hábil técnica de escrita, surpreendentemente, mais escuro ainda).

Vem Devagar Emigrante - Graciano Saga

Eu sei. Eu sou uma pessoa muito doente.

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Olavo Lüpia, 9.11.06 | Referências | 2 Feedback(s)
17 anos depois...
...a lembrança e a banda sonora.

Comfortably Numb, Pink Floyd
"The Wall", editado uma década antes, mais precisamente, em 30.11.1979

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Olavo Lüpia, 9.11.06 | Referências | 1 Feedback(s)
Aditamento
Em referência ainda ao post anterior, não é só a "mão da morte" que por vezes sinto, pelo que peço a minha segunda ajuda, desta vez ao Dr. Canibal e restantes amigos.

Cão da Morte, Mão Morta (vídeo - não aconselhável a povo sensível)
"Primavera de Destroços", de 2001 (comprem-no - anda por aí uma promoção, que eu aproveitei, claro, de uma edição especial com um disco extra, ao vivo, por €9,90!! E o disco é absolutamente sublime.)

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Olavo Lüpia, 9.11.06 | Referências | 0 Feedback(s)
Ai Portugal, Portugal...
Há dias, como o de hoje, em que só apetece gritar a plenos pulmões a umas certas pessoas umas estrofes do Palma:

"(...) Estás demitido.
Obviamente demitido!
Evitas a competência,
Não reconheces o mérito,
És um pilar da cepa torta.

(...) Estás demitido.
Obviamente demitido!
Encostas-te às convergências
Nunca investiste num ideal
Tu sempre foste um demitido
Tu foste sempre um demitido
Já nasceste demitido."

(A sério, o que vou vendo e ouvindo todos os dias desafia - e vence - a imaginação mais prodigiosa... E se do grande plano, que é um exemplo em concreto, fizermos um zoom out para a realidade portuguesa, em geral...
Não. Não pode ser.
Eu quero mesmo acreditar que me saíu a fava.
É mais reconfortante...
Verdade, verdade, é que cheguei a um ponto tal que quando ouço certas palavras e nomes sinto a glaciar mão da morte a afagar-me os cabelos e tenho tendência para reduzir o léxico português ao vernáculo mais rasteiro - para além, obviamente, de salivar, chorar copiosamente e gritar, repetidamente, numa voz que seria aguda para uma menina de 7 anos, "Mamã, mamã" ...)

Ó Palma! Ajuda-me aí!

Os demitidos - Jorge Palma
"Norte" (2004)

«Obrigados», ó Palma.

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Olavo Lüpia, 9.11.06 | Referências | 1 Feedback(s)
8.11.06
Does Humour Belong In Music? (IX)
E que tal um medley dos Radiohead, em versão bluegrass? Então preparem-se para bater o pé e as mãos (na vertical) em uníssono.

Rodeohead - Hard 'N Phirm
"Horses and Grasses" (2005)

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Olavo Lüpia, 8.11.06 | Referências | 2 Feedback(s)
7.11.06
Agora que o nojo já passou...
... deixem-me Chicotear-me só um pouco.

Construção (ao vivo), Chico Buarque
original de "Construção" (1971)

Porra, como o homem escreve bem...

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Olavo Lüpia, 7.11.06 | Referências | 3 Feedback(s)
(Raro) Momento de erudição
Kapsberger.
Nascido Johann Hieronymous (porque o pai era um militar austríaco, de nome Wilhelm), mas sempre viveu em Itália, usando muitas vezes uma versão mais "italiana" dos seus nomes próprios: Giovanni Girolamo.
Terá nascido em 1580 e crê-se que morreu por volta de 1651, em Roma.
Era um virtuoso do alaúde e chitarrone ou theorbo (instrumentos "avós" da guitarra - o chitarrone põe-me maluco com aquelas cordas fora do braço do instrumento!!!) e também compositor. Sim, muito provavelmente, este rapaz era o Jimi Hendrix do séc. XVII!!
Foi-me apresentado (como não poderia deixar de ser nestas coisas mais eruditas) pel'O Incontinental aqui há já uns bons anos e fiquei fascinado pela ideia de que ninguém, à altura, o levou muito a sério como compositor, tendo muita gente caracterizado as suas composições de «barulho» e de temas muito simplistas para o que se ia fazendo - o que, neste último caso, até é verdadeiro. As suas composições para voz eram consideradas chatas e atabalhoadas.
E, no entanto...
No entanto, o minimalismo da sua música é uma coisa que compele, de forma estranha. Há coisas que o homem escreveu (composições não vocais, entenda-se) que, se lhe pusessem um Jeff Buckley ou um Eddie Vedder a cantar qualquer coisa por cima, seriam de uma pessoa se pasmar.
Ainda que um compositor barroco, há coisas que vão ouvir de Kapsberger que podem parecer jazz ou pop - por exemplo, a inacreditável Ciaccona, quase uma jam session (!). Noutras, o uso da percussão não é possível de se explicar antes da década de 60 do século XX - ouça-se Canario. Noutras ainda, o minimalismo e experimentalismo são desconcertantes - Colasione.
Quanto a técnicas de alaúde e chitarrone usadas, muitas delas são ainda usadas na guitarra de hoje (hammer-on's, pull-off's, slides, acordes cheios como em qualquer música pop...).
Por isto tudo, gosto de pensar em Kapsberger como um OVNI musical. Acho que se lhe dessem uma guitarra eléctrica, amplificador e parafernália condizente, este gajo "matava" a concorrência!
Fiquem então com Kapsberger, tocado por Rolf Lislevand. Estes temas, cujas partituras datam de 1640, fazem parte do disco "Libro IV D'Intavolatura de Chitarrone", editado pela etiqueta Deutsche Grammophon.

Canario
Ciaccona
Colasione

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Olavo Lüpia, 7.11.06 | Referências | 3 Feedback(s)
6.11.06
Blue Mondays...

Get On With Your Life, Stina Nordenstam
"The World Is Saved" (2004)

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Olavo Lüpia, 6.11.06 | Referências | 0 Feedback(s)
5.11.06
Assustadoramente belo
Poor Edward - Tom Waits
"Alice" (2002)

"Did you hear the news about Edward?
On the back of his head he had another face
Was it a woman's face or a young girl?
They said to remove it would kill him
So poor Edward was doomed

The face could laugh and cry
It was his devil twin
And at night she spoke to him
Things heard only in hell
But they were impossible to separate
Chained together for life

Finally the bell tolled his doom
He took a suite of rooms
And hung himself and her from the balcony irons
Some still believe he was freed from her
But I knew her too well
I say she drove him to suicide
And took poor Edward to hell"

Tom Waits & Kathleen Brennan

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Olavo Lüpia, 5.11.06 | Referências | 1 Feedback(s)
Suor e Fantasia
E o que era uma música de Sábado ou Domingo, passa, no vídeo, e com uma simples ideia, a um autêntico soco no estômago - cortesia de uma das melhores bandas portuguesas da actualidade.

Suor e Fantasia, Quinteto Tati
"Exílio" (2004)

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Olavo Lüpia, 5.11.06 | Referências | 0 Feedback(s)
3.11.06
E mais um tasco a seguir com atenção...
Musicalidades e afins do Irmão do Meio!
 
Olavo Lüpia, 3.11.06 | Referências | 1 Feedback(s)
Porque hoje é Sexta...
Mesečina - Goran Bregovič
Banda Sonora do filme Underground (1995), do Emir Kusturiča.

Se preferirem, há também a versão live e em vídeo.
Bom fim de semana!

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Olavo Lüpia, 3.11.06 | Referências | 0 Feedback(s)
Does Humour Belong in Music? (VIII)
Só mesmo pela parvoíce da coisa, tomem lá estes caramelos, com o nome apropriado de The Fools.

Psycho Chicken

E agora, a verdadeira...

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Olavo Lüpia, 3.11.06 | Referências | 0 Feedback(s)
2.11.06
Assustadoramente belo - Edição Neo-Clássica

Space Dementia, Muse
"Origin of Symmetry" (2001)
Versão Live presente no "Hullabaloo" (2002)

3 instrumentos (teclas, baixo e bateria) acompanham a voz de Matt Bellamy. E agora a pergunta: como é que 3 gajos fazem este som todo?

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Olavo Lüpia, 2.11.06 | Referências | 0 Feedback(s)
10/10 (dez-em-dez) - I - Bob Dylan (1962)
Aqui está, como já havia anunciado, a minha lista de discos preferidos, com a etiqueta "10/10" (dez-em-dez).
Não negando a importância dada às canções, como pedaços estanques saídos da pena de qualquer compositor, é o seu enquadramento dentro de uma obra específica, um disco ou álbum, que mais me interessa "estudar". Não acredito (ou não quero acreditar) na morte do formato "disco" que se vai apregoando, devido à evolução assustadora da tecnologia e da net e da venda electrónica isolada de músicas.

Posto isto, por onde se deve começar? M. de La Palisse diria «pelo início». E, mais uma vez, teria razão!
Enquanto preparava o post, assaltaram-me algumas dúvidas, a saber.
Começar por Bob Dylan (o compositor), parece mais que lógico e indiscutível, como o mais importante e influente escritor de canções da história da música contemporânea. Toda a gente lá foi "beber". Mas, "Bob Dylan" (o disco, o primeiro do compositor) é composto de 12 canções, sendo que apenas duas saem da pena do homem...
Por outro lado, este disco é, desde logo, ofuscado pela qualidade extraordinária dos que lhe seguiram: "Freewheelin' Bob Dylan", "The Times They Are A-Changin'", "Another Side of Bob Dylan", "Bringing It All Back Home" ou "Blonde on Blonde" - aí, sim, aparece o verdadeiro Dylan compositor.
No entanto, "Bob Dylan" é, para mim, um dos discos mais importantes da história da música contemporânea. «Porquê?» - perguntam, pouco interessados.
Para além de algumas canções tradicionais recuperadas por Dylan, este disco faz a evocação dos primeiros escritores de canções. Eles aparecem todos por ali, directa ou indirectamente: Woody Guthrie, Ledbelly, Blind Lemon Jefferson, Blind Willie Johnson (sim, havia muito ceguinho a cantar, ao que parece), Mississipi Fred McDowel, Booker T. Washington White e muitos outros que me estou a esquecer ou desconheço...
Com este disco, diz-se (ainda que, penso, subconscientemente) «aqui está um documento que faz a súmula da história da escrita de canções até agora. Agora, comecemos do zero».
A base para atingir tal desiderato, tendo em conta a história até então, só podia ser a do mote "a red guitar, three chords and the truth", a que se juntaria, naturalmente, uma harmónica, ou seja, o folk e os blues.
Agora, imaginem o contraste entre aqueles vozeirões dos anos 50 e 60 e a franzina e frágil voz nasalada de Dylan... Muitos (outros) narizes se torceram e as respectivas vozes diziam que o homem não sabia cantar e que aquilo não era voz "que se apresentasse" a ninguém.
Porém, havia sempre uma pequena falha nesta equação: as canções. E as canções e a escrita de Dylan batem todos os "contras" que lhe queiram apontar.
Assim, este disco tem um valor inestimável, mais que intrínseco, extrínseco também.
Concluindo, acho que este é o começo do começo e um verdadeiro marco musical, pelo que fiquem com Talkin' New York, a história da sua chegada e primeiros tempos vividos na cidade e Song To Woody (a declarada homenagem a Guthrie e outros escritores de canções que o influenciaram), estas duas saídas da pena de Dylan. Entre elas, ouçam também as "curtidas" Gospel Plow e Freight Train Blues.

Talkin' New York
Gospel Plow
Freight Train Blues
Song to Woody

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Olavo Lüpia, 2.11.06 | Referências | 0 Feedback(s)
1.11.06
Banda sonora do dia

The Day I Tried To Live, Soundgarden,
"Superunknown" (1994)

Realizador: Matt Mahurin

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Olavo Lüpia, 1.11.06 | Referências | 0 Feedback(s)