31.5.07
Assustadoramente belo
De um dos discos mais desafiantes (e também um dos melhores) de 2006,


Monkey and Bear, Joanna Newsom
"Ys" (2006)

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Olavo Lüpia, 31.5.07 | Referências | 0 Feedback(s)
30.5.07
Novidades - Blonde Redhead

Pop sonhadora e hipnótica. Logo a abrir, o tema excelente que dá nome ao disco. Um verdadeiro sonho pop, na voz, nas guitarras, nas percussões "clínicas", nas repetições dos loops electrónicos e das frases musicais da voz secundária.
E muito do que se disse da faixa anterior se pode aplicar ao resto do disco, muito homogéneo.
Ênfase claro para a construção sonora, sendo notória a sobreposição de diversas camadas de som até chegar ao topo onde voam as vozes.
Por vezes escuro (The Dress, Publisher), noutras melancólico (Dr. Strangeluv - refrão excelente e trabalho de percussão impecável - ou My Impure Hair), doce no trato e acre no sentimento, assim se vai ouvindo "23", um belíssimo disco.

23
Dr. Strangeluv
S.W.

Fiquem ainda com o novíssimo clip de outra grande música do disco, Top Ranking.

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Olavo Lüpia, 30.5.07 | Referências | 0 Feedback(s)
29.5.07
("Everybody Here Wants You", excelente documentário da BBC, emitido em Maio de 2002)

(link alternativo)

Wave Goodbye - Chris Cornell
"Euphoria Morning" (1999)
Just Like Anyone - Aimee Mann
"Bachelor No 2" (2000)

(Ten Years Gone - Led Zeppelin
"Physical Graffiti", 1975)

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Olavo Lüpia, 29.5.07 | Referências | 2 Feedback(s)
28.5.07
Novidades - St. Vincent
Annie Clark tem 23 anos e faz parte do colectivo The Polyphonic Spree dando também a sua contribuição na banda de Sufjan Stevens.
Dentro da nova onda, também Annie Clarke é St. Vincent, nome do projecto pelo qual lançará o disco de estreia "Marry Me", com data de edição nos Estados Unidos para 10 de Julho.
E marquem bem na agenda a data porque os indícios são muito bons. A miúda toca muitíssimo bem guitarra, canta maravilhosamente e tem uma imaginação bem fértil, que se reflecte na composição e arranjos. Ao que parece, no disco tocará também o baixo, piano e sintetizadores e também se encarregará das programações.
Comecemos com um vídeo live para Your Lips are Red:


Ainda com presença no vindouro "Marry Me", aqui ficam os fabulosos

Paris is Burning
Now, Now

Podem ainda obter mais informações sobre St. Vincent na página do myspace do projecto.

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Olavo Lüpia, 28.5.07 | Referências | 0 Feedback(s)
Blue Mondays...
(com Tom Waits e Marc Ribot a piscarem o olho de longe)

Nunca Parto Inteiramente - Manuel Paulo (com Manel Cruz)
"O Assobio da Cobra" (2004)

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Olavo Lüpia, 28.5.07 | Referências | 0 Feedback(s)
25.5.07
Porque hoje é Sexta...
Espero bem, pelo vossa saúdinha, que este seja o mote para o fim de semana:
Dirty Love - Frank Zappa
"Overnite Sensation" (1973)

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Olavo Lüpia, 25.5.07 | Referências | 1 Feedback(s)
24.5.07
Vídeos do outro mundo
Se a história dos vídeos musicais, enquanto produto comercial de divulgação e de marketing das músicas e bandas, começa no início dos anos 80, quando aparece a MTV, então vamos falar da pré-história dos clips.
Em 1965, Bob Dylan faz uma digressão pela Inglaterra (com Donovan, Bob Neuwirth, entre outros), aquando ao lançamento de "Bringing It All Back Home", editado em Março desse ano. Sobre essa digressão foi feito o documentário "Don't Look Back", de D. A. Pennebaker, que viu a luz do dia em 1967.
O início do documentário é exactamente aquilo que viria a ser um dos clips mais emblemáticos de sempre:

Subterranean Homesick Blues, Bob Dylan
"Bringing It All Back Home" (1965)

O vídeo foi rodado nas traseiras do Hotel Savoy, Londres, e, num plano de fundo (e enquanto Dylan faz o seu "número"), estão Bob Neuwirth e o poeta beat Allen Ginsberg - que também acompanhou a comitiva desta digressão -, encenando uma conversa e separando-se no fim do vídeo.
Outros takes foram feitos desta música, mudando-lhe o cenário de fundo para um parque ou o topo de um prédio, mas que soçobraram perante esta versão.
Porque emblemas, música e, principalmente, clip foram muito copiados e parodiados.
Lembre-se, puramente a título de exemplo, que os Radiohead aproveitam o nome da música para a sua assombrosa Subterranean Homesick Alien ("O.K. Computer", 1997).
Quanto a paródias, há a Bob, de Weird Al Yankovic, onde se apanha, de uma forma bem engraçada, o estilo de letras e maneirismos vocais de Dylan.

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Olavo Lüpia, 24.5.07 | Referências | 0 Feedback(s)
23.5.07
10/10 (dez-em-dez) - "The Queen Is Dead", 1986

10 músicas. Todas, no mínimo, muito boas. A maior parte, geniais. Um verdadeiro tratado da música pop.
Enquanto que a composição musical e arranjos estavam entregues a Johnny Marr, com as complexas e imbricadas paredes de som que saíam da guitarra e das orquestrações sintetizadas, o lirismo vinha de Steven Patrick Morrissey.
No entanto, The Queen is Dead, a primeira música, quase parece desmentir tudo o que acabo de escrever. Estrutura mais rock, assente no riff do baixo de Andy Rourke e no ritmo quase tribal da bateria de Mike Joyce, a base por onde planam as guitarras em desconcerto de Marr e a voz de Morrisey, aqui a lidar com os seus fantasmas, enquanto dispara projécteis violentíssimos contra a realeza e a igreja... Não é, pois, bem a ideia da pop convencional.
Mas tudo muda com Frankly, Mr. Shankly, onde, acima de tudo, é Morrissey quem brilha, com uma letra cheia de pérolas de humor e ironia.
Nada nos prepara para a desolação e desespero que vem a seguir, com a genial I Know It's Over. Musicalmente, tudo está no sítio: bateria, baixo, guitarras e orquestrações e a vocalização sentida. A letra é outra coisa impressionante e - pelo menos, a mim - remete-me para a capa do disco, com a frase-chave: «Oh, Mother, I can feel the soil falling over my head». Os pormenores da narrativa são revelados de uma forma quase escondida ou disfarçada, deixando-nos surpresos e suspensos de um fim que é logo anunciado no início.
O desalento continua com I Never Had No One Ever, onde é, mais explicitamente que nas outras faixas, referido o tema recorrente em muitas cancões deste disco, a solidão.
As coisas ficam bem menos sombrias logo a seguir, com aquela que podia muito bem ter influenciado o filme "Clube dos Poetas Mortos" (1989) ou fazer parte da sua banda sonora. Em Cemetry Gates, Morrissey diz que é preciso tomar a escrita como nossa, fugir do plágio e que Oscar Wilde vence aos pontos Keats e Yates, juntos. É uma música trademark dos Smiths, muito contribuindo a composição e aquelas fabulosas guitarras de Johnny Marr, sempre no sítio certo e respondendo às frases vocais de Morrissey, com frases musicais à altura: sempre perfeitas, rítmica e melodicamente.
A esta seguem-se dois monstros dos quais pouco ou nada se pode acrescentar: os hiatos temporais humorísticos de Bigmouth Strikes Again (com as guitarras, mais uma vez, aquelas guitarras...); e The Boy With The Thorn In His Side, com o "eu" e o "nós".
Depois vem o pseudo-rockabilly de Vicar in a Tutu, talvez a música menos forte do disco, que abre caminho para outro monumento: There Is A Light That Never Goes Out. Mais uma vez, o lirismo de Morrissey atinge os píncaros com um refrão do outro mundo, com a ajuda da orquestração electrónica brilhante de Johnny Marr. Genial.
O disco acaba com uma música que se explica a si própria: Some Girls Are Bigger Than Others, de onde se destaca - nunca é demais - Johnny Marr.
Um disco muito equilibrado, com músicas excelentes, que ouço e re-ouço vezes sem conta, como hoje.

The Queen Is Dead
I Know It's Over
Cemetry Gates


Para tudo o que foi postado sobre este disco aqui no tasco, sigam a etiqueta "The Queen Is Dead", em baixo.

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Olavo Lüpia, 23.5.07 | Referências | 4 Feedback(s)
22.5.07
Parabéns, Xô Morrissey!
No dia do seu aniversário, aqui fica a lembrança do anúncio do seu re-nascimento.

Irish Blood, English Heart, Morrissey
"You Are the Quarry" (2004)

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Olavo Lüpia, 22.5.07 | Referências | 0 Feedback(s)
Primeiro, estranha-se...
Did You See The World - Animal Collective
"Feels" (2005)

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Olavo Lüpia, 22.5.07 | Referências | 0 Feedback(s)
21.5.07
Blue Mondays...
Tirados da pérola "Rock Action" (2001), dos Mogwai, aqui estão dois lindíssimos temas:

Take Me Somewhere Nice
Dial Revenge

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Olavo Lüpia, 21.5.07 | Referências | 0 Feedback(s)
20.5.07
And now for something completely different/Enjoy the silence
Uma música começa sempre com uma ideia, seja um riff de piano ou guitarra (ou qualquer outro instrumento), uma sucessão de acordes, uma frase musical ou gramatical, uma batida, um som percussivo - seja o que for -, que alavanque o espírito a especular sonoramente, até chegar a uma peça musical, chame-se-lhe canção, cantata, partita ou suite, toccata, sinfonia, concerto, ópera, enfim...
Por vezes, não se chama "ideia" a essa alavanca, mas antes um bem mais pomposo "conceito".
E acho que é um conceito (ou, se preferirem, um anti-conceito) aquilo de que se pode falar na peça 4'33'', de John Cage.
4'33'' é uma peça musical de 274 segundos exactos (os tais 4'33''), com três andamentos preenchidos com... silêncio.
A sua primeira performance foi ao piano, por David Tudor, em 1952 (não muito bem recebida pelas pessoas de Woodstock, NY, onde foi apresentada), mas é uma peça para todo e qualquer instrumento.
Trago-vos aquela que é, provavelmente, a performance mais impressionante da peça. É de Janeiro de 2004, num concerto de homenagem a John Cage, e é "tocada" pela BBC Simphony Orchestra, ou seja, por uma orquestra completa, com dezenas de músicos.
Engraçado é o facto de maestro, músicos da orquestra e até o público respeitarem religiosamente os andamentos - aproveitando para, por exemplo, tossir, entre os referidos.


Para mais informação sobre esta 4'33'', leiam o muito interessante artigo da Wikipedia sobre a mesma.

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Olavo Lüpia, 20.5.07 | Referências | 2 Feedback(s)
19.5.07
Novidades - Smashing Pumpkins
Eles vêm aí, em Julho, dia 7, com o novo "Zeitgeist".
E vêm com uma força impressionante. O som foi tirado de uma rádio (por isso não é perfeito - mas ouve-se bem, descansem) e apanhei-a no blog Deaf Indie Elephants.

Está na onda de uma Silverfuck ("Siamese Dream", 1993) ou uma Jellybelly ou Tales of a Scorched Heart (do "Mellon Collie...", 1995). Chama-se Tarantula.

Tarantula (versão passada na rádio) - Smashing Pumpkins
"Zeitgeist" (2007)


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Olavo Lüpia, 19.5.07 | Referências | 3 Feedback(s)
Novidades - Windmill
Windmill é uma banda britânica constituída por Matthew Thomas Dillon (teclas e voz), aos quais se juntam alguns músicos em estúdio e outros ao vivo.
Ouvi algumas músicas que me soam a pop sinfónico, com o piano como ponto de partida e fiquei positivamente impressionado. Prevejo que se vá falar bastante de Windmill nos próximos tempos. Soa, por vezes, a The Polyphonic Spree, outras The Flaming Lips ou R.E.M., entre muitas outras.
Uma das características mais impressionantes do som dos Windmill é, por certo, o timbre de voz estranhíssimo de Dillon: muito agudo, esquisito.
Entretanto, foi lançado no Reino Unido, a 7 deste mês, o disco de estreia "Puddle City Racing Lights".
Ouçam as 4 músicas que estão na página do myspace do projecto.

E ouçam o primeiro avanço do disco, Fit:


E ouçam as várias músicas disponibilizadas em vídeo no canal do You Tube da banda.

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Olavo Lüpia, 19.5.07 | Referências | 0 Feedback(s)
18.5.07
Porque hoje é Sexta...
Do excelente "The Mysterious Production of Eggs" (2005), de Andrew Bird, uma dose dupla:
Fake Palindromes
Skin Is, My

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Olavo Lüpia, 18.5.07 | Referências | 1 Feedback(s)
17.5.07
Retrato dos artistas enquanto jovens
Manel Cruz, Peixe, Nuno Prata, Elísio Donas e Kinorm, já depois da banda deixar de se chamar "Suores dos Reis", no 2.º fôlego da instituição Rock Rendez-vous, pelos meados da década de 90 - mais propriamente, no 7.º Rock Rendez-Vous, onde ganharam o Prémio Originalidade.
Um som um pouco diferente àquele com que nos brindaram no excelente disco de estreia, "Cão" (1997).


Da mesma altura, 1995, sai o disco das Noites "Ritual" Rock, onde os Ornatos contribuiram com esta fabulosa
Dez Lamúrias Por Gole

Recomenda-se, para outras raridades, vídeos, galerias e downloads vários, a visita à pagina não-oficial dedicada a Manuel Cruz.

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Olavo Lüpia, 17.5.07 | Referências | 0 Feedback(s)
Rock & (No) Fucking Roll!!
No Pussy Blues - Grinderman
"Grinderman" (2007)

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Olavo Lüpia, 17.5.07 | Referências | 0 Feedback(s)
16.5.07
Assustadoramente belo

Angeles, Elliott Smith
"Either/Or" (1997)

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Olavo Lüpia, 16.5.07 | Referências | 1 Feedback(s)
15.5.07
Novidades - Rufus Wainwright


Rufus Wainwright é assim. É vaidoso, por vezes arrogante, é um hedonista, muitas vezes sobre-centrado em si próprio. Pega nos seus sentimentos e magnifica-os, não raramente, de forma desproporcional: era capaz de fazer um quadro de três por dois metros numa tela de 75 por 50 metros. Enfim, não sabe ser de outra forma.

Logo aos primeiros sons de "Release The Stars", com Do I Disappoint You, lá está ele! A imbricação da pop com a composição clássica, com o recurso às cordas e aos metais, tudo envolto de uma imponência majestática e ultra-dramática (se eu fosse mauzinho usaria a expressão drama queen...).
Depois vem o primeiro avanço do disco, também ele drama que chegue, a hiper-balada ressentida Going To A Town (já aqui postada, em formato vídeo), que dá lugar à elegância de Tiergarten - também ela impregnada de Rufus, com aqueles coros de vozes já característicos.
Nada é muito sóbrio em Wainwright. Tudo parece ser levado ao extremo, muitas vezes na fronteira do aceitável (nem me lembrem, por favor, daquela faixa de abertura de "Want I", Oh, What A World, com o "Bolero" de Ravel lá pelo meio, valha-me deus...).
A verdade é que tudo neste "Release The Stars" está muito mais que aceitável e Nobody's Off The Hook (a 4.ª música) se abata sobre mim como um raio, se isto não é verdade. O piano e a voz de Rufus, aconchegados por belíssimas cordas. Excelente.
A sexualidade, mais que a sensualidade, é também um traço característico do cancioneiro Ruffiano e lá está Between My LegsI don't shed a tear between my legs...»), com laivos glam-rock e talvez a música com o tempo mais rápido da discografia deste canadiano.
Em Rules and Regulations há um trompete em registo quase mariachi e, depois, uma flauta em "disputa" com um trombone a dar a cor a um pop majestoso em que os sopros são as grandes estrelas.
Logo a seguir, os conflitos existenciais de Rufus Wainwright tomam os holofotes com a balada Not Ready To Love e o "pop-cabaret" de Slideshow, com um solo de guitarra à Mark Knopfler (!).
Tulsa, musicalmente, é uma pequena ária de uma qualquer ópera, entre o cabaret e a Broadway.
Logo a seguir, o dramatismo (mais uma vez) de Leaving for Paris No. 2.
Sanssoucis é sinfonismo e o disco acaba com a faixa-título, uma balada soul que, de tão esticada, se vê possuída pelo cabaret e, depois, exorcizada pela Broadway, com um final em que só falta mesmo o fogo de artifício, dando ao disco um ar de espectáculo de music-hall.

Assim vai o mundo de Rufus Wainwright. Os seus trabalhos de composição para a Broadway parecem reflectir-se neste "Release The Stars", que conta com a produção do Pet Shop Boy Neil Tennant.
Não conseguindo postar três favoritas...

Nobody's Off The Hook
Slideshow
Release The Stars

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Olavo Lüpia, 15.5.07 | Referências | 0 Feedback(s)
14.5.07
Blue Mondays...
I Fell In Love With A Dead Boy - Antony and The Johnsons
"I Fell In Love With a Dead Boy EP" (2001)

Frankenstein - Antony And The Johnsons
"Hope There's Someone EP" (2005)

The Guests - Antony and The Johnsons
(versão de Leonard Cohen)

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Olavo Lüpia, 14.5.07 | Referências | 0 Feedback(s)
13.5.07

Hold On, Tom Waits
"Mule Variations" (1999)

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Olavo Lüpia, 13.5.07 | Referências | 0 Feedback(s)
11.5.07
Porque hoje é Sexta...
Super Bon Bon (live) - Soul Coughing
original de "Irresistable Bliss" (1996)

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Olavo Lüpia, 11.5.07 | Referências | 0 Feedback(s)
10.5.07
Novidades - The Twilight Sad

Trata-se de um quarteto de escoceses de Glasgow, que se estreia nos long plays com atmosferas hipnóticas providenciadas, principalmente, por Andy MacFarlane, responsável pelas guitarras, acordeão e ruídos.
Nem era preciso fazer grande pesquisa para se perceber que estes rapazes são escoceses: a pronúncia de James Graham é denúncia que baste.
De resto, bateria quase sempre em contratempo (por vezes, demasiado repetitiva) e baixo discreto.
O som parte da folk britânica para um pós-rock, por vezes catártico, cujas ondas sonoras se propagam por todo o lado, parecendo exigir ar livre para que se estendam por completo.
"Fourteen Autumns & Fifteen Winters" é um belo disco.
Aqui ficam duas propostas.

Talking With Fireworks/Here, It Never Snowed
Mapped By What Surrounded Them

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Olavo Lüpia, 10.5.07 | Referências | 0 Feedback(s)
9.5.07
Van Morrison Vs Jeff Buckley (II)
Depois de The Way Young Lovers Do (post para o qual remeto as explicações adicionais), desta vez, o objecto de estudo é Sweet Thing.
Mais uma vez, uma (rectius, duas) obra(s) de arte.


Sweet Thing - Van Morrison
"Astral Weeks" (1968)
Sweet Thing - Jeff Buckley
"Live at Sin-é Legacy Edition" (2003)

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Olavo Lüpia, 9.5.07 | Referências | 0 Feedback(s)
8.5.07
Assustadoramente belo/Vídeos do Outro Mundo
Um dos mais bonitos clips de sempre. No sítio do costume...


Street Spirit (Fade Out), Radiohead
"The Bends" (1995)

Realizador: Jonathan Glazer

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Olavo Lüpia, 8.5.07 | Referências | 1 Feedback(s)
Elfos Estrelados
Starálfur - Sigur Rós
"Ágætis Byrjun" (1999)

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Olavo Lüpia, 8.5.07 | Referências | 0 Feedback(s)
7.5.07
Pink Mo(o)ndays...

De antologia.

Pink Moon
Wich Will
Things Behind The Sun
Parasite

Nick Drake, "Pink Moon" (1972)

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Olavo Lüpia, 7.5.07 | Referências | 1 Feedback(s)
Blue Mondays...
 
Olavo Lüpia, 7.5.07 | Referências | 1 Feedback(s)
6.5.07
I still haven't found what I'm looking for (II)
Os clientes brasileiros aqui do tasco são os mais peculiares de todos:


Exit Music (For A Film) - Brad Mehldau
"The Art Of The Trio, Vol. 3: Songs" (1998)

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Olavo Lüpia, 6.5.07 | Referências | 0 Feedback(s)
4.5.07
Porque hoje é Sexta...
Emotion & Style - Belle Chase Hotel
"Fossanova" (1998)

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Olavo Lüpia, 4.5.07 | Referências | 0 Feedback(s)
3.5.07
Innerland #2
Na casa-mãe da Bor Land, com vista para a Avenida dos Aliados e da Câmara Municipal da Invicta, tive o privilégio de assistir ao evento da Bor Land - label dos portugueses Old Jerusalem, Carlos Bica, La La La Ressonance e Alla Polaca, entre outros -, de nome Innerland, na sua 2.ª edição.
Tratava-se de um concerto de Old Jerusalem, para 40 pessoas, com a promessa da maior intimidade possível - o que, estando a falar de Old Jerusalem, é mesmo a maior intimidade possível.
Por €15, via-se o espectáculo, era oferecido o "The Temple Bell" e ainda um buffet no final da festividade.
E, meus caros, a intimidade foi total.
Uma guitarra acústica, sem micros, um baixo eléctrico ligado a um combo e bateria tocada com as denominadas "vassouras", tudo arrumado a um canto de uma das divisões do espaço, sem qualquer preocupação com a iluminação ou qualquer outro recurso para a criação de ambiente.
Um Francisco Silva muito comunicativo foi o mestre de cerimónias e as músicas do catálogo de Old Jerusalem foram apresentadas quase despidas. Foi assim com Her Scarf, Ruler Of My Heart, Time Time Time e Twice The Humbling Sun, de "The Temple Bell"; uma ligeiramente diferente 180 Days, O Joy of Seeing You, Seasons, de "Twice the Humbling Sun" e Always Do, de "April".
Quanto a versões, também as houve. Sumarentas. Aliás, o concerto começou com For The Sake of The Song, de Townes Van Zandt, tocado a solo por Francisco Silva.
Mais tarde no alinhamento apareceu a fenomenal música de Neil Young, Harvest Moon, tocada em half tempo. Muito bem conseguida também.
Momento muito peculiar surgiu com uma versão de Proove My Love dos Violent Femmes (!).

Um excelente concerto, portanto. Único.
Aqui ficam as versões acima referida, mas agora pelos originais.

For The Sake of the Song - Townes Van Zandt
"Townes Van Zandt" (1970)
Harvest Moon - Neil Young
"Harvest Moon" (1992)
Proove My Love - Violent Femmes
"Violent Femmes" (1982)

Voltando a Old Jerusalem, regista-se aqui a estreia recente do clip da maravilhosa Her Scarf:


(Um abraço enorme à Catarina e ao Rui, a começar, pela simpatia)

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Olavo Lüpia, 3.5.07 | Referências | 0 Feedback(s)
2.5.07
Palavras para quê? IX/ 10/10 (dez-em-dez)

Well, You Needn't - Thelonious Monk
Ruby, My Dear - Thelonious Monk
"Monk's Music" (1957)

Também, com uma banda assim:
Thelonious Monk, piano; Ray Copeland, trompete; Gigi Gryce, sax alto; Coleman Hawkings, sax tenor; John Coltrane, sax tenor; Wilbure Ware, contrabaixo; Art Blakey, bateria;

Palavras para quê?...

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Olavo Lüpia, 2.5.07 | Referências | 1 Feedback(s)
1.5.07
Does Humour Belong In Music? (XVIII)
Hugh Laurie é agora mundialmente conhecido (e justamente) pelo seu desempenho enquanto Greg House, na série "House, M.D.".
Mas Laurie não é nenhum novato. Há mais de 20 anos que ele anda por aí e sempre o conheci como sendo um actor de comédia - aliás, não consigo imaginar o papel de Greg House representado por um não-humorista e os tempos de representação de Laurie a dar vida aos excelentes textos da série são prova disso. Ele representou as diferentes gerações da personagem George, na série "Blackadder" (na III, era o ignóbil Príncipe Regente; na IV, o acéfalo Tenente George Colhurst St. Barleigh; na série II, participou também fugazmente na figura do retardado Prince Ludwig), inclui-se ainda na saga "Stuart Little", entre muitas outras coisas.
Hugh Laurie fez uma parelha de sucesso na Grã-Bretanha com Stephen Fry (o Melchett de Blackadder), num programa chamado "A Bit of Fry & Laurie", nos anos 80 e 90.
É desse programa que saem os belíssimos momentos seguintes.
Para quem está atento ao "Dr. House", já se apercebeu que o homem toca muito bem piano e tem sempre uma guitarra (uma Gibson Les Paul, para ser mais exacto) lá por casa. Como compositor de humor é de se lhe tirar o chapéu.

Comecemos com o swing de The Sophisticated Song.
Depois, a pop melosa e ultra-dramática de I'm In Love With Steffi Graff (e o cabelo, meu deus, o cabelo).
E que tal uns blues, tocados com uma técnica impecável de guitarra? Too Long, Johnny.
A fenomenal Little Girl.

Para acabar, uma verdadeira pérola de génio: Mistery.


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Olavo Lüpia, 1.5.07 | Referências | 1 Feedback(s)