29.9.06
Does Humour Belong In Music? (II)
O grande e único, o genial e imprevisível, o revolucionário Frank Zappa. Depois dele, nenhuma "loucura" musical se pode verdadeiramente chamar de novidade. O humor perpassou toda a carreira do homem e aparece desde logo nos nomes de músicas e discos ("Why does it hurt when I Pee?", "I promise not to come in your mouth", "Don't eat the yellow snow", os blues "My guitar wants to kill your mama" e "Sexual haressment in the workplace") e nas suas capas ("We're only in it for the money" - com a sua capa a caricaturar a de "Sgt. Pepper's lonely hearts club band", dos Beatles, entre outras).
Disponibilizo-vos três musiquinhas.
Cosmik Debris, do disco Apostrophe ('), de 1974, que eu gosto particularmente, quer pela letra quer pelas piadas musicais que vão aparecendo na música, em forma de pequenos sons, mudanças imprevisíveis, etc., etc...
O clássico Bobby Brown Goes Down, numa versão live presente no primeiro disco do You Can't Do That On Stage Anymore, Vol. 3 (1989) e, mais tarde, editada também no disco Cheap Thrills (1998) . O mito do cowboy gay nem de perto nem de longe começa com o "Brokeback Mountain", havendo aqui referências claras ao Mascarilha (The Lone Ranger) e aos seu amigo indío, Tonto. Incrível é como a música segue até ao fim, quando toda a gente em palco está perdida em sonoras gargalhadas...
A finalizar, uma raridade que encontrei: uma versão indescritível do documento histórico Stairway to Heaven, dos Led Zepp, cheio de sons imprevisíveis e piadinhas musicais enxertadas em tudo quanto é sítio. O fabuloso solo de guitarra de Jimmy Page é aqui tocado pelos sopros...

Para quem não conheça Frank Zappa e queira dar uma espreitadela ao que era mesmo que ele fazia (sim, porque estamos a falar de uma discografia de cerca de 60 itens, em menos de 30 anos!), recomendo o best of "Strictly Comercial", de 1995. Uma boa porta de entrada pelo mundo delirante de Frank Zappa.

Cosmik Debris
Bobby Brown Goes Down
Stairway to Heaven

(Para um vídeo de uma outra versão da mesma música - menos conseguida, diga-se - por Zappa, cique-se aqui.
Sobre a famigerada teoria da mensagem satânica escondida na Stairway To Heaven, clicar aqui)

Etiquetas: ,

 
Olavo Lüpia, 29.9.06 | Referências | 1 Feedback(s)
Porque hoje é Sexta...




Crosstown Traffic, Jimi Hendrix
Electric Ladyland (1968)

Etiquetas: , , , ,

 
Olavo Lüpia, 29.9.06 | Referências | 0 Feedback(s)
28.9.06
Admirável Mundo Novo ou de como eu vi A LUZ numa viagem de autocarro
Aqui há uns dias, fiz uma viagem de autocarro e fui abençoado ao presenciar uma conversa de três mulheres de etnia cigana. Não pensem já mal de mim. Primeiro, fiquei muito próximo delas, depois, ela falavam um bocado alto. Correcção, MESMO MUITO ALTO. Entendam isto: eu não pude deixar de ouvir...
Ora, a conversa foi completamente controlada por uma deleas (a Sr.ª A), a metralhadora humana - não só pela qualidade dos "projécteis" que lhe saíam dos lábios, mas também pela quantidade e frequência dos "disparos" -, que tinha como primeira interlocutora a companheira de banco (a Sr.ª B), uma mestre na propalação de banalidades. No banco imediatamente atrás, um terceiro ser (a Sr.ª C) trazia o tom surreal, o "maravilhoso pagão", à cavaqueira.
Passo a transcrever as passagens mais inesquecíveis de uma conversa de que durou, neste registo, cerca de hora e meia.

A - Já viste que ela pôs os dentes?
B - Ela bem se ria muito para mim, mas eu não sabia porquê!
A- Foi em Lisboa que ela os pôs.
B - Não, não. Foi “lá fora”.
Admiro o conceito de "lá fora". Espanta-me que não tenha sido ainda correctamente definido num qualquer dicionário.

A - Ai a minha mãe... Nunca pensei que ela morresse.
B - E o que é que ela tinha?
A - Fazia hemodiálise.
A conversa aqui sobe um nível. Já não se responde à pergunta directamente e sempre se obriga o interlocutor a pensar. De qualquer forma, fazer hemodiálise sempre é mais concreto e eficaz que "fazer gelo". Como é que o acto de se pôr água em estado líquido numas pequenas formas e metê-la no congelador pode curar alguém?

A - O marido foi morto, ela levou aquele “sopapo”, “esvariou” da cabeça. Foi pró Hospital, para Santa Maria. A mãe deu-lhe um papel para assinar para tomar conta da menina. E pronto, deu-a. “Aquilo” foi dado.
Uma nova concepção do Direito da Família. À avó pode ser ofertado um neto através de mera forma escrita. A irreversibilidade do acto de doar o infante é de se notar. Outro efeito da doação de criança a avô é a coisificação do petiz, que começa a ser tratado carinhosamente por "aquilo".

A - Ele foi um santo para mim.. O problema dele era de ser drógádo. Era só esse.
C – Pois, aquilo foi uma "úrsula" que "arrebentou".
B - E ele morreu?
C - Arrebentou para dentro, morreu! Se arrebentasse para fora, vivia, arrebentou pa dentro, e foi-le o sangue todo para dentro.
A – Eu é que gostava dele. Ia ter com ele ao Casal Ventoso. E como o via a sofrer tanto, eu ia vender e ele ficava em casa.
Aqui temos a primeira intervenção digna de nota da sr.ª C. E, logo a abrir, revela conhecimentos complexos não só da medicina, mas também do léxico e gramática portuguesa. Impossível de não dar o enfoque ao amor incondicional da Sr.ª pelo seu marido, que só tinha mesmo um problema... Ninguém é perfeito, certo?

A - E a Lêla? Ela ficou viúva há uns três anos ou 4. Ele não se metia na droga nem era bêbado. O filho dela é que é drógado. A irmã dela é que era muito minha amiga, mas aqui há uns anos, começou a ter umas conversas estranhas... E disse-me: «tu e a minha irmã Lela têm um "cérebo" muito fraco» e eu disse: «tu é que tens muito avançado».
B - E ela "prestitui-se"?
A - Sim, vai levar os filhos à mãe.
Mais uma vez o raciocínio é complicadíssimo. Responde-se a uma questão com a oração com que se responderia a uma pergunta subsequente. A única coisa que sei é que a família e amigos destas pessoas têm alguns problemas com o consumo de estupefacientes. Em frente.

A - Oh... essa? Quando o marido estava (em casa), estava sempre doente. Quando ele estava em viagem, empiriquitava-se toda (...) E via muitos filmes pornográficos... Dizia que era para “fazer umas gracinhas” ao marido.
B - Era, era...
A - Uma vez, o cunhado, o Manuel, foi lá dar-lhe uma sova, por causa da lingerie.
C - Abençoado!
A mera suspeição da traição é, como se convencionou normal numa vida em sociedade, completamente rejeitada pela família. Quem quer que se "chegue à frente" para aplicar o devido correctivo considera-se como que embuído do espírito do Divino.

A - Ela é muito jeitosa. No outro dia, vestiu uma camisola “à’riscas” preto e dourado. Mas daquele dourado amarelo...
Nesta situação... hum... Hum... Siga para a próxima!

A - O marido é drógado.
B – Sempre foi.
A - É que sofreu, essa menina.
Outra vez o tráfico de estupefaciente e o consequente drama social.

A - “Pediu a menina” três vezes e três vezes "levou cabaças"...
B - Se elas não caem por um rico, iam cair pelo Cácá...
Esta, confesso que não percebi, mas será, provavelmente, qualquer costume, como na Páscoa cristã, em que o afilhado entrega os ovos ao padrinho e este retribui com o folar. De resto, adoro o nome Cácá.

A - Eu não sabia o que era "isso" e uma vez vi um num carreiro de água e enchi-o, mas não foi com a boca e alguém me disse: «Olha, isso é uma "coisa"». Só soube o que era há pouco tempo, uma vez que fui a uma consulta de ginecologista e ela me deu uns...
As noções mais básicas de informação, de higiene e de planeamento familiar são aqui postas em crise. Pungente.

A - Ela não está bem da cabeça. Achas bem que ela tenha posto o nome da filha que já morreu à loja dela?
B - Mas como se chama a loja?
A - "Sonhos de Patrícia".
B - Ai, não acho nada bem.
A - No dia em que a menina fazia 3 anos, levou um bolo à campa e cantaram ali os Parabéns.
C - E quem é que comeu o bolo?
A melhor intervenção da tarde/noite da sr. C! De facto, as perguntas são para se fazer. Numa história tão desequilibrada como esta, bem mais importante que qualquer outra questão é esta: mas quem raio vai fazer um bolo que ninguém vai comer? É essa a grande vantagem de se fazerem bolos para as pessoas que ainda estão vivas!
Nota mental: questionar criticamente o conceito supra exposto quando o aniversariante for diabético, estiver a fazer dietas rigorosas ou, simplesmente, não for muito "à bola" com coisas doces.

Finalizando, uma lição. Depois de hora e meia em que "rasgaram" toda a gente, como se pôde ler acima:
A - Olha, ninguém fala de ninguém.
B - É verdade. Eu também acho.
A - Eu não falo mal de ninguém. Às vezes, quando vou a dizer mal de alguém... até me calo!
João Pedro Pais, se me estás a ouvir, terás de pedir os direitos de autor a esta senhora, se quiseres usar o «ninguém fala de ninguém» num dos teus próximos "poemas" musicados, ok?

Uma banda sonora que possa resumir isto tudo... É difícil, mas posso tentar:

Common People - William Shatner (Has Been, 2004)
Drógádo - Irmãos Catita (Mundo Catita, 2001)
Kalasnjikov - Goran Bregovic ("Underground", Banda Sonora Original, 1995)

Etiquetas: , , , , , , , , ,

 
Olavo Lüpia, 28.9.06 | Referências | 1 Feedback(s)
Agenda
Fonte segura confidenciou-me que os Camera Obscura, que editaram este ano o disco Let's Get Out of This Country, vão tocar em Coimbra, no dia 26 de Novembro, no Teatro Académico Gil Vicente, no âmbito de mais um concerto RUC (que nos últimos anos tem trazido a Coimbra gente como Zita Swoon, Perry Blake, John Zorn, Pascal Comelade, Stereo Total e, no ano transacto, Bastien Lallemant e Françoiz Breut).
Um bom motivo para, se lá não viverem, se deslocarem a Coimbra ver estes senhores (e senhora) de Glasgow. O disco Let's Get Out Of This Country é um disco muito engraçado de um pop despretensioso, tão leve que flutua, que marca também alguma emancipação da banda do som dos Belle & Sebastian, ao qual sempre haviam sido "colados".
Fiquem, então, com duas músicas do novo dos Camera Obscura.

Lloyd, I'm Ready to Be Heartbroken - Camera Obscura
Let's Get Out Of This Country - Camera Obscura

Etiquetas: , , ,

 
Olavo Lüpia, 28.9.06 | Referências | 1 Feedback(s)
27.9.06
Akron/Family
Injustamente desconhecido e ignorado por quase toda a gente, o disco Akron/Family, da banda homónima, é, para mim, um dos melhores discos de 2005. Sem dúvida.
Do princípio ao fim, um disco soberbo. Numa altura em que o mercado da música é mesmo isso, um mercado, sujeito às ideias básicas de "produto" e até à lei da procura e oferta, é fascinante encontrar um disco cheio de ideias! Mais que uma por música, em muitos casos. Ainda por cima, soa muito, muito bem.
Assim é o disco de estreia dos Akron/Family. Um disco cheio de ideias frescas, num campo onde se pensaria ser difícil: o novo folk, ou alternative folk, ou freak folk, ou lá o que raio for a etiqueta que se queira dar a este tipo de música este ano. É que desde o Dylan que se pensava que pouco mais se podia inventar, mas a verdade é que bandas e artistas a compor este tipo de música são como cogumelos num bosque. Difícil é dar um chuto numa pedra e não aparecerem 4 ou 5 gajos, com um ar mais ou menos esquisito e uma guitarrinha acústica (ou derivados) a cantar...
Daí, para mim, a surpresa de um disco como estes saltar tão à vista, porque, apesar de tudo, é diferente.
Acreditem que foi muito difícil não postar mais que 3 músicas. O que ficou excluído é tão bom como o que aqui está. Não há música que eu não goste mesmo muito.

Aqui estão então as três músicas sobre as quais recaíu a minha escolha, cada uma a requerer a máxima atenção e várias audições, para não se perder nada.
Running, Returning é uma música assombrosa. Começa com um compasso esquisito (5/4) e um riff porreiríssimo de guitarra, quase que anunciando que algo de extraordinário se vai passar, ao que se sucedem outros riffs de igual valia. Depois vem uma parte mais calma, com duas guitarras dedilhadas em uníssono e uns sons estranhos de percussão por trás, conduzindo a música até à sua parte final, que é é fa-bu-lo-sa! Para dar um exemplo (que acho que vai causar a consternação - quase - geral), qualquer Damien Rice parece um atrasado mental ao pé deste final de música.
A unir isto tudo, a voz. Esta música é cantada de uma forma superior. Apesar de ter sido muito trabalhada e bem "esgalhada", a melodia da voz parece a coisa mais natural do mundo...
Shoes é mais uma música lindíssima e, parecendo que não, bastante complexa. Muitos pontos de interesse podem ser encontrados aqui: desde logo, a composição da música. Excelentes ideias, para não destoar do que se passa em todo o disco; depois, os arranjos. Mais uma vez, mudanças positivamente surpreendentes; o trabalho do baixo, que é genial. É quase um desenho a linha do baixo; por fim, o bom gosto. Os instrumentos utilizados, quando são utilizados. Tudo soa bem e no seu devido sítio.
Lumen (faltam-me já os adjectivos)... que arranjos fantásticos! Nem sei que mais dizer. No fundo, as ideias gerais que expressei para cada uma das músicas são comuns a todo o disco.
Concluindo (e porque já me sinto como a personagem principal do Aeroplano, a ver povo a suicidar-se à minha volta com a seca que lhes prego), um enorme disco, que quase ninguém conhece.
Por isso, comprem, peçam emprestado, saquem, roubem... mas ouçam o disco.
Ainda dos Akron/Family, existe o trabalho conjunto com os Angels of Light (do padrinho Michael Gira), que se chama, surpreendentemente, "Angels of Light & Akron/Family" (2005). Vale também muito a pena.
Entretanto, sai em Novembro o segundo disco dos Akron/Family, "Meek Warrior", que já ouvi e, infelizmente, não está ao nível do primeiro. É pena. Continuam a existir boas ideias, mas falta-lhe consistência.

Running, Returning - Akron/Family
Shoes - Akron/Family
Lumen - Akron/Family

Etiquetas: , ,

 
Olavo Lüpia, 27.9.06 | Referências | 0 Feedback(s)
26.9.06
Remissões
As primeiras remissões vão para A Peste, do Jorge Nande, com umas considerações sobre a mutação de estado de espírito de Anthony Kiedis, reflectida nas letras das músicas dos Red Hot Chili Peppers e, mais recentemente, com a postagem de um vídeo da fantástica "It's Alright Ma (I'm Only Bleeding)", de Bob Dylan.
A última remissão vai para o melhor blog português de humor, o irmãozinho (ou paizinho!) Incontinental, com uma posta sobre o novo James Bond e a música do filme (não está assim uma coisa fantástica, não...), que conta com o vozeirão indescritível do Chris Cornell, aí também disponível. Já que por lá estão, fiquem para gozar as vistas, que merece bem a pena. Garanto. A sério. Podem mesmo acreditar.
 
Olavo Lüpia, 26.9.06 | Referências | 2 Feedback(s)
Does Humour Belong In Music?
Roubei a questão ao Frank Zappa - e ao seu disco de 1985 - para titular uma nova rubrica, onde vamos procurar a sua resposta. Por aqui vão passar nomes como o próprio Zappa, Manuel João Vieira (o único candidato Vieira com dignidade!!) e seus múltiplos projectos, Mr. Bungle, Nina Simone (!!) e Tom Waits, entre outros.

E comecemos por este último. Já tinha dito que este homem tem um sentido de humor fantástico. Quando tiverem um pouco mais de tempo e paciência, podem, por exemplo, clicar aqui ou onde diz "clica aqui, Amiguinho(a)" ou até mesmo onde disser "ó clica aqui, se queres ver" para visionar algumas entrevistas hilárias que o homem foi dando ao longo dos tempos. (este vai ser o post mais longo da história da cristandade...)

Indo direito ao assunto, disponibilizo duas musiquinhas nas quais o humor ocupa um papel central.
Primeiramente,The Piano Has Been Drinking (not me), originalmente editada no "Small Change" (1976), aqui numa versão live, presente na colectânea "Bounced Checks" (1981) - sim, eu sou um bocado ceguinho pelo homem! Trata-se de uma descrição fantástica do mundo, quando se recusa a aceitar uma premissa básica...
Depois, Better Off Without a Wife, do disco ao vivo "Nighthawks At The Diner"(1975), um hino à condição de solteiro. Antes ainda, uma introdução humorística a esta música. Escusado será dizer que devem ser ouvidas seguidinhas!

Etiquetas: ,

 
Olavo Lüpia, 26.9.06 | Referências | 0 Feedback(s)
25.9.06
The Rain Song
Se as músicas doessem de terem sido tão bem compostas, esta poderia equivaler-se a cortar, inadvertidamente, a glande com a lâmina de barbear, entornar (com a aflição) o frasco do alcoól etílico em cima do "coiso", perder os sentidos devido ao ardor, acordar, de repente, antes de perder os sentidos uma segunda vez, porque se aterrou com o "abono de família" em cima de uma chiclette de mentol meio húmida... para depois despertar, por fim, numa maca do hospital e descobrir que nos estão a lancetar um quisto no rabo.
O vídeo é do mesmo espectáculo que deu origem ao brilhante No Quarter: Jimmy Page & Robert Plant Unledded (1994), dos dois ex-Led Zeppelin mencionados, e custa-me a perceber que não tenham encontrado uma nesga para lá meter esta canção. É das coisas mais geniais que já saíu da guitarrinha do Page. E só isso é dizer muito.
Eu nem sabia que esta música fazia parte daquele espectáculo... ahhh, maravilhoso You Tube!
O original da música pode ser encontrado no Houses Of The Holy (1973), dos Led Zepp. Um disco fabuloso (como, aliás, os anteriores I, II, III, e IV).



The Rain Song,
Jimmy Page & Robert Plant
(1994)

Etiquetas: , , , , ,

 
Olavo Lüpia, 25.9.06 | Referências | 2 Feedback(s)
Uma prendinha...
... na forma de uma reunião live de uma das bandas mais excitantes do presente com um dos artistas mais importantes dos últimos 40 anos.
The Arcade Fire & Prof. Doutor David Bowie, Live at Fashion Rocks, em 2005!

Life On Mars? - The Arcade Fire & David Bowie
Wake Up - The Arcade Fire & David Bowie
Five Years - The Arcade Fire & David Bowie

Etiquetas: ,

 
Olavo Lüpia, 25.9.06 | Referências | 5 Feedback(s)
24.9.06
Novidades - Yo La Tengo
I Am Not Afraid Of You And I Will Beat Your Ass!
Não. Não é uma ameaça ou um convite para andar à porrada. É o novo dos Yo La Tengo, editado já este mês. E assim, continuamos em New Jersey, deslocando-nos apenas da Freehold do Boss para a Hoboken dos YLT.
Que grande disco!
Não tanto pelo comprimento, mas pelo conteúdo. 77 minutos que não se gastam a ouvir. É um disco que tem de tudo, do rock sónico experimental ao pop mais disciplinado, definido e bem escrito, passando ainda pelo punk e pela soul... Nota comum: a inteligência, que, felizmente, sempre abençoou a carreira deste "monstro" indie chamado Yo La Tengo. E basta ouvir a música final, "The Story of Yo La Tengo", um monumento de quase 12', para nos apercebermos disto.
3 propostas vos trago no bolso, no saco, na pochette, na mariconera:
- Beanbag Chair, uma bela música pop (um pouco kitsch, até), guiada por uma frase descendente dos sopros, que acaba por lhe ditar a estrutura.
- I Feel Like Going Home, o lado mais íntimo da banda, onde um piano e um violino partilham uma "conversa" especial com a voz de Georgia Hubley, até ao instrumental final, onde a guitarra toma o lugar da voz, mudando um pouco o rumo à prosa. Uma música lindíssima.
- Por fim, Mr. Tough, algures entre a série Charlie Brown e o soul que sopra dos metais ("Tenth Avenue Freeze-Out"?) e do falsete de Ira Kaplan. Uma coisa é certa: soa a 70's. E isso não é, de todo, mau, pois não?!
Em resumo, e para não maçar muito mais, um disco MUITO recomendável. Do melhor que ouvi este ano.
Está-me a apetecer muito ouvir isto ao vivo... Mesmo muito. E é a 3 de Dezembro, Domingo, na Aula Magna, a acabar a digressão europeia...
Hmmmm...

Beanbag Chair - Yo La Tengo
I Feel Like Going Home - Yo La Tengo
Mr. Tough - Yo La Tengo

Etiquetas: , , ,

 
Olavo Lüpia, 24.9.06 | Referências | 0 Feedback(s)
23.9.06
Parabéns, Xô Bruce!
O Xô Bruce Springsteen faz hoje 57 anos. E como ele tem uma fixaçãozita pelo número 57 - Incident on 57th Street, 57 Channels (and nothing on) -, tinha mesmo que assinalar a data.
Então aqui vai um musicão fantástico chamado Wild Billy's Circus Story, do disco The Wild, The Innocent & The E-Street Schuffle (1973), quando ainda era um magrinho barbudo, um artista de culto que "não ganhava pr'ó tabaco".
Antes do homem comum tomar o papel central, eram as histórias de freaks, de marginais, de pessoas que não tinham onde cair mortas, que saíam da pena do homem. E ele escreve (e já escrevia) bem que se farta.

Wild Billy's Circus Story - Bruce Springsteen
The Wild, The Innocent & The E-street Shuffle" (1973)

Etiquetas: , ,

 
Olavo Lüpia, 23.9.06 | Referências | 0 Feedback(s)
Novidades
Tom Waits vai lançar um triplo disco, com data de edição marcada para 20 de Novembro, com o nome Orphans (Brawlers, Bawlers & Bastards).
Do que me apercebi, trata-se da compilação de outtakes de outros discos que ele foi gravando. Numa primeira "rodelinha" (Brawlers) é um Tom Waits mais blues e seus derivados, o segundo (Bawlers) tem melodias celtas, lullabies e coisinhas mais bonitas, enquanto que o terceiro (Bastards) está repleto de experimentalismo e contos estranhos.
Para quem é "ceguinho" pelo homem, como eu, é uma enorme notícia! O Tom Waits é, sem favor, um génio musical que por aí anda, juntando a isto um sentido de humor absolutamente delicioso (basta ouvirem, por exemplo, o disco Nighthawks At The Diner, de 1975, que parece um misto entre stand-up comedy e um concerto de música - e ao qual vou devotar alguma atenção, em breve).
Porreiro, porreiro, é que o homem já disponibilizou um mp3 deste Orphans na página web da Epitaph Records.
Com um agradecimento muito especial ao grande e amigo J. Vaz, que me guiou até esta informação, é com desmedida alegria e religioso orgulho que aqui coloco a música Bottom of the World, do primeiro dos Cd's.

Bottom Of The World - Tom Waits

Etiquetas: , , ,

 
Olavo Lüpia, 23.9.06 | Referências | 0 Feedback(s)
22.9.06
Porque hoje (ainda) é 6.ª...
...e afazeres profissionais me afastaram deste lazer já insubstituível, espero ainda ir a tempo de vos desejar um bom fim-de-semana.
Para quem precisa de um empurrãozinho (e não perdendo o filão belga da passada 6.ª), não há melhor que The Bananaqueen dos Zita Swoon, do disco Life=A Sexy Sanctuary (2001), mais um disco fantástico desta banda, cujo mentor e líder, o Xôr Stef Kamil Carlens, já fez parte dos dEUS. É, sem dúvida, uma das minhas bandas preferidas e deu um dos concertos da minha vida, no Palco 2 da Queima de Coimbra, em 1999 (e não 1998, como supunha - vide caixa de comentários a este post). Algum de vocês estava lá? Que concertaço!
Mais festivo que esta música seria difícil, pelo que quero toda a gente a gritar o refrão da música a plenos pulmões: "I said 'Hey!'/My life is o.k."!

The Bananaqueen - Zita Swoon

Etiquetas: , , ,

 
Olavo Lüpia, 22.9.06 | Referências | 2 Feedback(s)
20.9.06
Andróide Paranóide
Cantar e rir beatamente ao mesmo tempo não é tarefa fácil!
Foi o que eu fiz no dia 26.07.2002, no Coliseu do Porto, durante mais de duas horas! Se acham que Radiohead não é razão que chegue, desdenhem...
Que concerto inacreditável!
Por isso, aqui vai a música, em formato vídeo. O pormenor que me chamou mais a atenção é o que se passa aí aos 4'45'' do vídeo e dura uns 10 a 15 segundos. A cara de felicidade beata de uma menina da plateia, que se apresenta a cantar a parte "Rain down/ Rain down/Come on rain down on me/ From a great height/From a great height..."!
Quando se pensa: «mas... aquela menina está cega!», o zoom abre e vê-se que aquela alegria é geral (os companheiros de fila também não conseguem parar de rir...). E aquela parte da música é triste como a noite!! Agora, imaginem aquela feliz beatitude... durante duas horas!!



Paranoid Android, Radiohead, O.K. Computer (1997)
Performance de 25.05.2003, no Shepherd's Bush Empire, Londres

O disco O.K. Computer "mudou" a minha vida (e tenho que agradecer ao "Estebes" sem Metafísica por isso). Eu era um "ressacado" do grunge, um rockeiro inveterado, e esta música tirou-me as "palas" da cabeça... Um admirável mundo novo. É, para mim, um dos melhores discos de sempre, sem dúvida. Do princípio ao fim, é uma obra prima. Nada se pode ali pôr ou tirar. E mais não digo... porque se começo a falar deste disco... nunca mais me calo!!

Para acabar, a mesma música, mas na versão do pianista jazz Brad Meldhau, no disco Largo (2002). Uma ENORME versão.

Brad Meldhau - Paranoid Android

Se alguém tiver qualquer experiência que ache que valha a pena contar sobre a música, o disco, a banda ou concertos da mesma, esteja à vontade para mandar um feedback
. Não custa nada. E é bem melhor que ter Testemunhas de Jeová à porta ou uma doença venérea, certo?!

Etiquetas: , , , , , , ,

 
Olavo Lüpia, 20.9.06 | Referências | 5 Feedback(s)
Ainda dizem que a droga não faz bem?!!
The Beatles.
Provavelmente, a melhor banda de todos os tempos!
Dos cabelinhos com franjinha ridícula aos ácidos. Da roupinha preta e branca ao arco-íris "farpelar". De Love Me Do a I Am The Walrus...
Revolver ('66), Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band ('67), Magical Mistery Tour ('67) e o White Album ('68) - entre outros - são discos absolutamente fulcrais para o entendimento da música moderna como a nossa geração a herdou.
Curiosamente, a relevância musical da banda é directamente proporcional ao consumo de drogas dos seus membros:
- John começou a inspirar-se numa Lucy in the Sky with Diamonds (e, depois, no "matraquilho" Yoko Ono);
- Paul começou a fumar ganza como se não houvesse amanhã, para além dos ácidos da praxe (claro), e a compor música MESMO a sério - ou, nas palavras de Cavaco Silva, «música do c$%alho...»;
- George Harrison descobriu a cítara e o Ravi Shankar... e a guitarra dele começou a chorar suavemente;
- Ringo, que sempre se sentiu triste por lhe terem dado nome de cão e por não saber muito sobre o que era essa coisa de "tocar bateria", começou a usar as poucas noções de percussão que tinha... para o Bem!

Depois deste intróito pateta - como, aliás, todos os outros -, deixo-vos duas propostas.
A Tomorrow Never Knows, do Revolver (não, não se trata de uma sequela do novíssimo filme do Almodovar - que piada horrível...). É um marco incontornável da era psicadélica, exponenciada pela cena de S. Francisco dos finais dos 60's, com artistas como os Grateful Dead, Jefferson Airplane, The Mothers of Invention de Frank Zappa, Captain Beefheart ou Janis Joplin, passando pelo Verão do Amor ('67), culminando com o Woodstock, em Agosto de '69 .
Coincidência ou não, é em S. Francisco, no Candlestick Park, em 29 de Agosto de 1966, que os Beatles fazem o seu concerto de despedida. Em conversa com McCartney, ele disse-me o porquê de tão precoce despedida: «Eh, pá... Olavo, o povo berrava muito. Então, as gajas... Dassssssss! Eu não ouvia nada do que estava a fazer nem do que os outros tocavam. Quer dizer, no caso do Ringo até nem era mau, mas....». Ringo, himself, coçou a barba e ficou a olhar para o ar durante 7 minutos, até que acordou e disse, com um ar sábio: «Num me lembro...».
De qualquer forma, a música está fora do seu tempo. Muuuuuito à frente. Genial.

A segunda proposta é o Strawberry Fields Forever, do Magical Mistery Tour ('67), e não merece epíteto menor.
Uma obra de arte.
Nas palavras do Prof. Marcelo, «F...-se, Olavo! Essa música é o puto do fim do mundo».
Juro.
(Agora vou pedir aos meninos da minha mailing list para serem pacientes e ouvirem isto outra vez. Desculpem)
Propunha-vos três passos para se ouvir este "bocadinho de história", que são os seguintes:
1.º Ouçam a música só com a coluna da esquerda; depois
2.º Ouçam só com a da direita; (ou vice-versa) Por fim,
3.º Ouçam a música de forma normal, como a conhecem.

Impressionante, não é?... A mistura está feita de uma forma esquisitíssima e, no fundo, são 3 músicas numa só!
Ainda dizem que a droga não faz bem...

Tomorrow Never Knows
Strawberry Fields Forever

P.S. Nenhum Ringo Starr foi morto ou mal-tratado na redacção deste texto.

Etiquetas: , , , , , , ,

 
Olavo Lüpia, 20.9.06 | Referências | 3 Feedback(s)
19.9.06
Van Morrison Vs Jeff Buckley
Em 1968, era ainda Van Morrison um jovem tolo - e não a crosta cheia de pus que hoje se apresenta com o mesmo nome - quando gravou o disco Astral Weeks. Um disco do caraças!
Fresco, fresquinho, muito bem composto e com uns arranjos e orquestrações, no mínimo, brilhantes. Pontos altos, entre outros, Astral Weeks, Sweet Thing ou The Way Young Lovers Do.
Esta última é uma música de excepção! Se a música vale, desde logo, pela própria composição, os sopros e cordas dão-lhe um toque único! Fantástica.

Um quarto de século depois, Jeff Buckley era um músico a lutar pela notoriedade, tocando incessantemente nos mais variados bares nova-iorquinos (cidade à qual chegou em 1991, para tocar num concerto de homenagem ao pai, Tim). O muito conceituado Sin-É presenteava-lhe a honra de preencher as noites de segunda-feira, em detrimento - entre outros - de um qualquer Rufus Wainwright...
Daí surgiu a ideia de gravar um Ep naquele local, que é editado em 1993, com o nome Live at Sin-É e 4 músicas: dois originais e duas versões.
Uma delas é o The Way Young Lovers Do, do (naquela altura - como, de resto, agora - já não tão jovem) Van Morrison.
É um autêntico tour de force de Buckley! Como qualquer talento da bola, ele "abre o livro" e mostra o quanto tocava guitarra e o quanto cantava (o que se passa ali pelos 7'20'' da música, por exemplo, não é nada normal)! E assim, só com uma guitarra, a música passa de 3'18'' para 10' (minutos esses que não custam nada a "matar", diga-se)!!!
Sem mais, aqui estão os dois objectos desta prosa - que já vai demasiado longa:

The Way Young Lovers Do - Van Morrison
The Way Young Lovers Do - Jeff Buckley

Etiquetas: , , , , ,

 
Olavo Lüpia, 19.9.06 | Referências | 1 Feedback(s)
Gipsy Punk's not dead!
Be carefull!
Attenzione!
Fait Attention!
Achtung, Baby!
CUIDADO, C@§@...!

Muito cuidado depois de clicarem no "play" aí em baixo!
A esse ímpeto, podem suceder incontroláveis vontades de se mexer, abanar o rabo, saltar para as mesas e começar a usar cores púrpuras...
Eu avisei...


Start Wearing Purple, Gogol Bordello,
"Gipsy Punks Underdog World Strike" (2005)

Etiquetas: , , ,

 
Olavo Lüpia, 19.9.06 | Referências | 1 Feedback(s)
18.9.06
Springsteen Vs Tortoise + Bonnie 'Prince' Billy
Quando se chega a uma idade em que o onanismo deixa de ser um guilty pleasure, passamos a ser pessoas menos complexadas!...
Confusos?
Ok.
Durante muitos anos, era assim que (ou)via Bruce Springsteen (não onanismo, mas guilty pleasure, obviamente!).
Quando era adolescente, muita gente gozava comigo.
Tinham razões para isso? Tinham.
Gozavam pelas razões óbvias? Não.
Gozavam comigo porque eu gostava de Bruce Springsteen. Durante muitos anos reprimi o facto, de maneira a que não fosse humilhado, apontado na rua, ridicularizado...
Até que "saí do armário"! E não venha aqui ninguém dizer que, por exemplo, os primeiros três discos do homem - Greetings from Asbury Park ('73), The Wild, The Innocent & The E-Street Schuffle ('73) e Born To Run ('75) - são maus ou assim-assim, que eu "RASGO-O" TODO!!!
Ora, o Born To Run é um dos melhores discos de Rock de sempre: ainda é um 'gand'a maluco', considerando que faz 31 "lindas primveras" em Novembro. Pode-se mesmo dizer: it'll be 31 years young!
A começar, tem esta belíssima (e histórica) Thunder Road. Música e palavras (con)fluem na formulação de «um convite», nas palavras do próprio Boss. Um musicão com uma paleta de cores impressionante. Romantismo. Mas do bom, hã! Não há lamechices nem paneleirices.
Em 2006, os Tortoise juntam a sua visão musical à voz quente e bonita de Will Oldham, a.k.a. Bonnie 'Prince' Billy, num grande disco de versões, chamado The Brave and The Bold. De um Milton Nascimento ("Cravo e Canela") até um Elton John ("Daniel"), de tudo pode ser encontrado.
Neste Born To Run de 2006 decidiu-se manter (quase) intacta a estrutura do original de '75. As cores é que mudam! Diga-se, por isso, que se trata uma versão "futurista" e "daltónica" - veja-se, por exemplo, a parte instrumental final.
Uma versão absolutamente soberba.

Thunder Road - Bruce Springsteen
Thunder Road - Tortoise + Bonnie 'Prince' Billy

A letra, que merece bem a pena, está aqui.

Etiquetas: , , ,

 
Olavo Lüpia, 18.9.06 | Referências | 1 Feedback(s)
17.9.06
Agenda
Depois dos relatos de um excelente concerto no Festival do Sudoeste, Final Fantasy, o projecto de Owen Pallet, colaborador habitual dos The Arcade Fire, vem a Portugal em meados de Outubro para dois concertos, à laia de apresentação do último disco He Poos Clouds, já deste ano.

Assim, e a não perder, as datas dos espectáculos são as seguintes:
- Dia 14 de Outubro, Leiria, no Teatro Miguel Franco;
- Dia 15 de Outubro, Lisboa, no Club Lua.
Falou-se ainda na possíbilidade de um concerto no dia 16 de Outubro, em Famalicão, na Casa das Artes, mas, até à data, esta notícia não foi confirmada.

Para aguçar o apetite, aqui ficam as músicas Arctic Circle e This Lamb Sells Condos do disco He Poos Clouds.
Para mais informações (e com mais música ao dispor de um click), aqui está o link para a página de Owen Pallet no myspace.

Etiquetas: , , ,

 
Olavo Lüpia, 17.9.06 | Referências | 0 Feedback(s)
16.9.06
Novidades - Beirut. Kusturica a anti-depressivos.
Um disco que eu gosto muito. Pertence aos Beirut e chama-se Gulag Orkestar, já deste ano.
Sem tecer quaisquer tipo de considerações sobre a (in)felicidade do nome, o disco é muito, muito bom. É uma espécie de música cigana dos balcãs (ao estilo dos filmes de Kusturica) a quem lhe tiraram a alegria... Difícil de imaginar, não é?
Os sopros estão lá, mas parece que lhes morreu o maestro; o acórdeão está lá, mas parece que o clube do "tocador" ficou suspenso por um qualquer Mateus mal inscrito; as vozes parecem encharcadas de Prozac's e Unisedil's.
Não resta, contudo, qualquer dúvida de que o resultado é muito bonito. Um grande disco de estreia. Senão veja-se:

Gulag Orkestar
Prenzlaurberg
Postcards from Italy


Etiquetas: , , ,

 
Olavo Lüpia, 16.9.06 | Referências | 1 Feedback(s)
15.9.06
Porque hoje é Sexta...
(Friday, Friday, Friday, Friday, Friday...)


dEUS, Suds & Soda,
Worst Case Scenario (1994)

Etiquetas: , , , ,

 
Olavo Lüpia, 15.9.06 | Referências | 3 Feedback(s)
Novidades - The Album Leaf
Os The Album Leaf têm disco novo, chamado Into the Blue Again.
Para quem tinha gostado do In a Safe Place, de 2004, tem de ouvir este.
Um disco predominantemente instrumental, calmo, atmosférico, excelente para descontrair depois de um dia cansativo (já parece uma daquelas descrições dos catálogos "Petterson", do Seinfeld!...).
Não é que acrescente muito ao anterior, mas ouve-se muito bem.
Aqui fica um teaser: Always For You, a segunda faixa.

Etiquetas: , , ,

 
Olavo Lüpia, 15.9.06 | Referências | 0 Feedback(s)
BOM DIA!!!
E assim, concretizo um sonho que sempre tive: dar música ao pessoal.
É uma experiência nova e estimulante... Um novo dia!
O título do blog vem de uma das minhas músicas preferidas - que, por sua vez, havia sido inspirada na personagem Marvin, The Paranoid Android, que fazia parte do "Hitchiker's Guide to the Galaxy", do Douglas Adams.

Agora, perdoem-me a má educação, mas vou espreguiçar-me todo, abrir muito os braços e cumprimentar toda a gente!
E o que pode anunciar melhor um novo dia senão o Canto do Amanhecer do Carlos Paredes*?
Posto isto, resta-me dizer que espero que me entrem casa dentro e façam muitas visitas.
Deixo a porta aberta.

*E é mais uma forma muito especial de agradecer uma prenda ainda mais especial.

Etiquetas: ,

 
Olavo Lüpia, 15.9.06 | Referências | 3 Feedback(s)