25.1.10
Blue Mondays...
 
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16.10.09
Porque hoje é Sexta...

Freight Train Blues - Bob Dylan
"Bob Dylan" (1962)

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Olavo Lüpia, 16.10.09 | Referências | 0 Feedback(s)
11.8.09
Bowerbirds e as Sessões acústicas do Le Cargo
Para as sessões acústicas do Le Cargo, os Bowerbirds mostraram Olive Heart e uma versão de Moonshiner. O jovem Dylan é sempre especial.


Moonshiner, Bowerbirds
(2009)

Moonshiner, Bob Dylan
"The Bootleg Series Volumes 1-3 (Rare & Unreleased) 1961-1991" (1991)

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1.12.08
Blue Mondays...
 
Olavo Lüpia, 1.12.08 | Referências | 0 Feedback(s)
16.10.08
Novidades - Bob Dylan

Dylan esvaziou os bolsos mais uma vez, tirando de lá os "trocos" de quase 20 anos. Faz um duplo, o 8.º tomo das Bootleg Series, e deixa-nos completamente desconcertados com a qualidade e homegeneidade do material, entre o folk, o country e o blues.
Repare-se só nestas três canções que não tiveram lugar no excelente "Time Out Of Mind", de 1997 - se bem que Mississippi acabou por ser regravada e fazer parte do disco seguinte, "Love and Theft" (2001).

Mississippi
Red River Shore
Dreamin' Of You
Bob Dylan, "Tell Tale Signs: The Bootleg Series, No. 8" (2008)


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Olavo Lüpia, 16.10.08 | Referências | 1 Feedback(s)
11.9.08
Novidades - Bob Dylan

Trata-se já do 8.º da "Bootleg Series", que compila raridades e faixas não editadas por Dylan desde os tempos de "Oh Mercy" até aos do último de originais, "Modern Times". A edição está marcada para 07.10 e já foi disponibilizada no site da lenda a canção Dreamin' Of You.

Dreamin' Of You - Bob Dylan
"Tell Tale Signs: The Bootleg Series No. 8"

O vídeo para a música, que conta com a participação de Harry Dean Stanton, pode ser visto nesta página do site da Amazon.com.

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Olavo Lüpia, 11.9.08 | Referências | 0 Feedback(s)
24.5.08
«...I was so much older then, I'm younger than that now...»
(24.05.1941-...)

Masters of War, "The Freewheelin' Bob Dylan" (1963)
The Times They Are A-Changin', "The Times They Are A-Changin'" (1964)
My Back Pages, "Another Side Of Bob Dylan" (1964)
It's Alright, Ma (I'm Only Bleeding), "Bringing It All Back Home" (1965)
Just Like Tom Thumb's Blues, "Highway 61 Revisited" (1965)
Visions Of Johanna, "Blonde On Blonde" (1966)
I'll Be Your Baby Tonight, "John Wesley Harding" (1967)
Tonight I'll Be Staying Here With You, "Nasville Skyline" (1969)
If You See Her, Say Hello, "Blood On The Tracks" (1975)
Dark Eyes, "Empire Burlesque" (1985)
Can't Wait, "Time Out Of My Mind" (1997)
Moonlight, "Love and Theft" (2001)
Nettie Moore, "Modern Times" (2006)

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Olavo Lüpia, 24.5.08 | Referências | 2 Feedback(s)
25.4.08
Sempre!

Chimes of Freedom, Bob Dylan
Festival de Newport, 1964

Chimes of Freedom, Bob Dylan
"Another Side of Bob Dylan" (1964)

[letra]

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Olavo Lüpia, 25.4.08 | Referências | 0 Feedback(s)
1.4.08
«Penso que Deus, em vez de lhe tocar no ombro, deu-lhe um pontapé no cu»*

Depois da «voz da geração», das frases para a Humanidade, de carregar uma idade equivalente a cinco vezes os vinte e alguns anos que a biologia lhe dizia e do posterior surrealismo e non-sense lírico; depois da Gibson acústica e da posterior Fender Telecaster eléctrica (na imagem) e do célebre "Judas!" que o afastou dos palcos por largo período de tempo, em suma, depois da tese e antítese, a síntese "Blonde on Blonde" (1966) encontra um Dylan entre o blues e o rock, a folk e a pop, remoendo as mulheres e/ou a relação dele com elas.
Bem características deste estado de coisas, encontram-se no disco as mais conhecidas I Want You ou Just Like a Woman, mas também Sad Eyed Lady of The Lowlands ou esta One Of Us Must Know (Sooner or Later).



[* tradução da frase que Bob Johnston proferiu no filme "No Direction Home" (2005), de Martin Scorsese, sobre a proficuidade e qualidade do trabalho de Dylan entre 1962 e 1966. No original: «I believe in giving credit where credit's due. I don't think Dylan had a lot to do with it. I think God instead of touching him on the shoulder he kicked him in the ass. Really. And that's where all that came from. He can't help what he's doing. I mean he's got the Holy Spirit about him. You can look at him and tell that».]

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Olavo Lüpia, 1.4.08 | Referências | 0 Feedback(s)
12.2.08
Anyday, now...
I Shall Be Released - Bob Dylan
"Bob Dylan's Greatest Hits, Vol. 2" (1971)

I Shall Be Released - Jeff Buckley
"Live at Sin-é - Legacy Edition" (2003)

Se apreciam contar celebridades, então...


I Shall Be Released, The Band
do filme "Last Waltz", Martin Scorsese (1978)


[Engraçada é também esta versão de Buckley para a rádio, pelo telefone:
I Shall Be Released]

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Olavo Lüpia, 12.2.08 | Referências | 0 Feedback(s)
30.1.08
Em terra de cegos

Foto: Elliott Erwitt

Contem todos os músicos cegos de que se conseguem lembrar, assim, de repente. Contem os vossos Stevie Wonder, Ray Charles, José Feliciano e outros que se lembrem.
Nada que se possa comparar ao primórdios dos blues no Sul esclavagista...

Dry Bone Shuffle - Blind Blake (1927)
How Can a Poor Stand Such Times - Blind Alfred Reed (1929)
Long Distance Moan - Blind Lemon Jefferson (1929)
God Moves On The Water - Blind Willie Johnson (1929)
Death Room Blues - Blind Willie McTell (1933)
Cross And Evil Women Blues - Blind Gary (1935)
Piccolo Rag - Blind Boy Fuller (1938)


Blind Boy Fuller acabaria por morrer não muito tempo depois:

The Death of Blind Boy Fuller - Brownie McGhee (1941)

Bob Dylan voltou ao bluesman Blind Willie McTell, numa música onde o homenageia, gravada em 1983 mas preterida no alinhamento de "Infidels" desse ano, chegando ao conhecimento público 8 anos depois. A música apresenta Dylan ao piano e Mark Knopfler na guitarra acústica.

Blind Willie McTell - Bob Dylan
"The Bootleg Series Volumes 1-3 (Rare & Unreleased) 1961-1991" (1991)

[Nota: Eu não consigo dizer bem o suficiente do Jazz-on-line. Uma verdadeira discoteca da primeira metade do século passado, com quase 20.000 títulos, entre o jazz (predominante), o blues e o folk - uma maravilha para maluquinhos como eu.]

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Olavo Lüpia, 30.1.08 | Referências | 0 Feedback(s)
16.1.08
From Woody to Dylan*

Já por aqui (algures) foi dito que Bob Dylan é, provavelmente, o compositor mais influente da história da música popular e que a extensão de tal influência ainda não é possível de ser "quantificada".
De Dylan sabe-se que é um ser, por vezes, intratável, que, para além das milhares de ideias musicais e líricas que «deu à luz», se locupletava das de muitos outros poetas e compositores, anteriores ou contemporâneos (amigos e namoradas incluídos).
Se na lírica há a distinguir o nome de Dylan Thomas (ao qual se convencionou ter Robert - Bob - Zimmerman "roubado" o nome), musicalmente Bob Dylan sempre se referiu a Woody Guthrie como sua principal inspiração.
De resto, aquando à sua primeira passagem por New York, Dylan reservou algum do seu tempo para ir visitar Guthrie ao Hospital Psiquiátrico de Greystone, New Jersey - onde Woody acabou os seus dias.
Woody foi, de resto, um dos primeiros (talvez o primeiro?) cantores de intervenção, muito provavelmente devido aos tempos da Grande Depressão que o homem viveu na pele, juntando à "guitarra vermelha" e aos "três acordes" um pouco de "verdade". Claro é também, apesar de se sentir desconfortável com a denominação, que Dylan foi um dos mais importantes (o mais importante?) cantores de intervenção, a «voz da sua geração».
Ora, como se pode manifestar a influência musical de Woody em Bob? Bem, acho que o exemplo abaixo é bastante elucidativo...

Talkin' Dust Bowl Blues - Woody Guthrie
(1940)

Talkin' New York - Bob Dylan
"Bob Dylan" (1962)

* jogo de palavras parvo envolvendo o nome de um monumento de Neil Young.

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Olavo Lüpia, 16.1.08 | Referências | 2 Feedback(s)
22.10.07
Blue Mondays...

Don't Think Twice, It's All Right - Bob Dylan
"The Freewheelin' Bob Dylan" (1963)

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Olavo Lüpia, 22.10.07 | Referências | 2 Feedback(s)
29.6.07
Porque hoje é Sexta...
Rainy Day Women # 12 & 35, Bob Dylan
"Blonde on Blonde" (1966)

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Olavo Lüpia, 29.6.07 | Referências | 2 Feedback(s)
24.5.07
Vídeos do outro mundo
Se a história dos vídeos musicais, enquanto produto comercial de divulgação e de marketing das músicas e bandas, começa no início dos anos 80, quando aparece a MTV, então vamos falar da pré-história dos clips.
Em 1965, Bob Dylan faz uma digressão pela Inglaterra (com Donovan, Bob Neuwirth, entre outros), aquando ao lançamento de "Bringing It All Back Home", editado em Março desse ano. Sobre essa digressão foi feito o documentário "Don't Look Back", de D. A. Pennebaker, que viu a luz do dia em 1967.
O início do documentário é exactamente aquilo que viria a ser um dos clips mais emblemáticos de sempre:

Subterranean Homesick Blues, Bob Dylan
"Bringing It All Back Home" (1965)

O vídeo foi rodado nas traseiras do Hotel Savoy, Londres, e, num plano de fundo (e enquanto Dylan faz o seu "número"), estão Bob Neuwirth e o poeta beat Allen Ginsberg - que também acompanhou a comitiva desta digressão -, encenando uma conversa e separando-se no fim do vídeo.
Outros takes foram feitos desta música, mudando-lhe o cenário de fundo para um parque ou o topo de um prédio, mas que soçobraram perante esta versão.
Porque emblemas, música e, principalmente, clip foram muito copiados e parodiados.
Lembre-se, puramente a título de exemplo, que os Radiohead aproveitam o nome da música para a sua assombrosa Subterranean Homesick Alien ("O.K. Computer", 1997).
Quanto a paródias, há a Bob, de Weird Al Yankovic, onde se apanha, de uma forma bem engraçada, o estilo de letras e maneirismos vocais de Dylan.

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Olavo Lüpia, 24.5.07 | Referências | 0 Feedback(s)
8.3.07
Ela por ele
Mulher da Erva, José Afonso - "Cantigas do Maio" (1971)
Girl From The North Country, Bob Dylan - "The Freewheelin' Bob Dylan" (1963)
A Woman is a Sometime Thing, Louis Armstrong - "Porgy & Bess" (1957)
Mulher Navio Negreiro, Tom Zé - "Estudando o Pagode - Na Opereta Segregamulher e Amor" (2005)
Aqui Dentro de Casa, José Mário Branco - "Margem de Certa Maneira" (1973)
Etelvina, Sérgio Godinho - "À Queima Roupa" (1974)
Eleanor Rigby, The Beatles - "White Album" (1968)
Josiesomething, Zita Swoon - "A Song About A Girls" (2004)
The Thoughts of Mary Jane, Nick Drake - "Five Leaves Left" (1969)
The Woman in You, Ben Harper - "Burn To Shine" (2000)
Mulheres de Atenas, Chico Buarque - "Meus Caros Amigos (1976)
Johnsburg, Illinois, Tom Waits, "Swordfishtrombones" (1983)
Hallelujah, Jeff Buckley - "Grace" (1994)

(botão direito do rato + guardar como)

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Olavo Lüpia, 8.3.07 | Referências | 0 Feedback(s)
29.1.07
Assustadoramente belo
Ballad Of A Thin Man - The Jamie Saft Trio com Mike Patton
"Trouble - The Jamie Saft Trio plays Dylan" (2006)

(letra. Sob o efeito de estupefacientes?!)

[original de Bob Dylan, "Highway 61 Revisited" (1965)]

Obrigado, Daniel!

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Olavo Lüpia, 29.1.07 | Referências | 3 Feedback(s)
10.12.06
Novo clip de Dylan

Thunder On The Mountain, Bob Dylan
"Modern Times" (2006)

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Olavo Lüpia, 10.12.06 | Referências | 0 Feedback(s)
17.11.06
Especial Jeff Buckley - As influências
É difícil conseguir abarcar todas as influências de Jeff Buckley. Na sua música há rock, pop, blues, jazz, soul e até o punk... Tentamos, por isso, reter a atenção nas mais importantes - correndo o risco, assumido, de fornecer uma lista incompleta.

Desde logo, os Led Zeppelin, mais concretamente, a voz de Robert Plant e a guitarra de Jimmy Page. O primeiro disco que o jovem Buckley ouviu incessantemente foi o "Physical Graffitti" (1975).
Aqui está a música mais conhecida desse disco, a intemporal Kashmir, na versão live tocada na histórica actuação dos Zepp no Festival de Knebworth, em 1979.

Nina Simone. Aqueles falsettos de Jeff Buckley, as influências mais soul que perpassam a sua música e voz, Lilac Wine e até, porque não, Lover, You Should've Come Over... Muito de Buckley tem também muito da imortal Nina Simone que, só para contrariar esse epíteto, deixou-nos em 2001.
Aqui está uma belíssima música que Jeff chegou a tocar ao vivo nos tempos das suas actuações no Sin-É, em Nova Iorque: If You Knew.

Edith Piaf - com aquelas especiais inflexões da voz e aquele vibratto tão característico, como se pode ouvir em Hymne A L'Amour.

Nusrat Fateh Ali Khan, o paquistanês da "voz voadora", que mostrou a Buckley sonoridades diferentes a que correspondem outras tantas possibilidades e soluções vocais. Tais influências são mais que notórias, por exemplo, na música What Will You Say?.
Haq Ali Ali Haq - Nusrat Fateh Ali Khan

Bob Dylan, na composição de canções. Nas set lists dos concertos no Sin-É, era já habitual umas versões de Dylan como If You See Her Say Hello, I Shall Be Released ou até mesmo esta...
Just Like a Woman, "Blonde on Blonde" (1966)

Van Morrison dos anos 60, como, de resto, já havia falado aqui. Podem ainda ver Buckley a tocar Sweet Thing, acompanhado por Gary Lucas, nos tempos dos Gods & Monsters.

Elizabeth Fraser, voz dos This Mortal Coil e dos Cocteau Twins. Liz e Jeff acabaram por se tornar amigos e fãs mútuos. Podem ouvi-la, com os This Mortal Coil, na versão de um tema bem conhecido de... Tim Buckley (uma das mais belas canções de sempre):
Song to The Siren
De referir, também, que a versão de Kanga-Roo, dos This Mortal Coil, era parte integrante dos espectáculos ao vivo de Buckley.

Tim Buckley e músicas como esta, que põe fim a "Goodbye and Hello", de 1967:
Morning Glory.

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Olavo Lüpia, 17.11.06 | Referências | 4 Feedback(s)
2.11.06
10/10 (dez-em-dez) - I - Bob Dylan (1962)
Aqui está, como já havia anunciado, a minha lista de discos preferidos, com a etiqueta "10/10" (dez-em-dez).
Não negando a importância dada às canções, como pedaços estanques saídos da pena de qualquer compositor, é o seu enquadramento dentro de uma obra específica, um disco ou álbum, que mais me interessa "estudar". Não acredito (ou não quero acreditar) na morte do formato "disco" que se vai apregoando, devido à evolução assustadora da tecnologia e da net e da venda electrónica isolada de músicas.

Posto isto, por onde se deve começar? M. de La Palisse diria «pelo início». E, mais uma vez, teria razão!
Enquanto preparava o post, assaltaram-me algumas dúvidas, a saber.
Começar por Bob Dylan (o compositor), parece mais que lógico e indiscutível, como o mais importante e influente escritor de canções da história da música contemporânea. Toda a gente lá foi "beber". Mas, "Bob Dylan" (o disco, o primeiro do compositor) é composto de 12 canções, sendo que apenas duas saem da pena do homem...
Por outro lado, este disco é, desde logo, ofuscado pela qualidade extraordinária dos que lhe seguiram: "Freewheelin' Bob Dylan", "The Times They Are A-Changin'", "Another Side of Bob Dylan", "Bringing It All Back Home" ou "Blonde on Blonde" - aí, sim, aparece o verdadeiro Dylan compositor.
No entanto, "Bob Dylan" é, para mim, um dos discos mais importantes da história da música contemporânea. «Porquê?» - perguntam, pouco interessados.
Para além de algumas canções tradicionais recuperadas por Dylan, este disco faz a evocação dos primeiros escritores de canções. Eles aparecem todos por ali, directa ou indirectamente: Woody Guthrie, Ledbelly, Blind Lemon Jefferson, Blind Willie Johnson (sim, havia muito ceguinho a cantar, ao que parece), Mississipi Fred McDowel, Booker T. Washington White e muitos outros que me estou a esquecer ou desconheço...
Com este disco, diz-se (ainda que, penso, subconscientemente) «aqui está um documento que faz a súmula da história da escrita de canções até agora. Agora, comecemos do zero».
A base para atingir tal desiderato, tendo em conta a história até então, só podia ser a do mote "a red guitar, three chords and the truth", a que se juntaria, naturalmente, uma harmónica, ou seja, o folk e os blues.
Agora, imaginem o contraste entre aqueles vozeirões dos anos 50 e 60 e a franzina e frágil voz nasalada de Dylan... Muitos (outros) narizes se torceram e as respectivas vozes diziam que o homem não sabia cantar e que aquilo não era voz "que se apresentasse" a ninguém.
Porém, havia sempre uma pequena falha nesta equação: as canções. E as canções e a escrita de Dylan batem todos os "contras" que lhe queiram apontar.
Assim, este disco tem um valor inestimável, mais que intrínseco, extrínseco também.
Concluindo, acho que este é o começo do começo e um verdadeiro marco musical, pelo que fiquem com Talkin' New York, a história da sua chegada e primeiros tempos vividos na cidade e Song To Woody (a declarada homenagem a Guthrie e outros escritores de canções que o influenciaram), estas duas saídas da pena de Dylan. Entre elas, ouçam também as "curtidas" Gospel Plow e Freight Train Blues.

Talkin' New York
Gospel Plow
Freight Train Blues
Song to Woody

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Olavo Lüpia, 2.11.06 | Referências | 0 Feedback(s)