Depois da «voz da geração», das frases para a Humanidade, de carregar uma idade equivalente a cinco vezes os vinte e alguns anos que a biologia lhe dizia e do posterior surrealismo e non-sense lírico; depois da Gibson acústica e da posterior Fender Telecaster eléctrica (na imagem) e do célebre "Judas!" que o afastou dos palcos por largo período de tempo, em suma, depois da tese e antítese, a síntese "Blonde on Blonde" (1966) encontra um Dylan entre o blues e o rock, a folk e a pop, remoendo as mulheres e/ou a relação dele com elas.
Bem características deste estado de coisas, encontram-se no disco as mais conhecidas I Want You ou Just Like a Woman, mas também Sad Eyed Lady of The Lowlands ou esta One Of Us Must Know (Sooner or Later).
Bem características deste estado de coisas, encontram-se no disco as mais conhecidas I Want You ou Just Like a Woman, mas também Sad Eyed Lady of The Lowlands ou esta One Of Us Must Know (Sooner or Later).
[* tradução da frase que Bob Johnston proferiu no filme "No Direction Home" (2005), de Martin Scorsese, sobre a proficuidade e qualidade do trabalho de Dylan entre 1962 e 1966. No original: «I believe in giving credit where credit's due. I don't think Dylan had a lot to do with it. I think God instead of touching him on the shoulder he kicked him in the ass. Really. And that's where all that came from. He can't help what he's doing. I mean he's got the Holy Spirit about him. You can look at him and tell that».]
Etiquetas: 1966, 2005, Blonde on Blonde, Bob Dylan, No Direction Home