Do trompetista-vocalista ou vocalista-trompetista (decidam vocês, com uma voz destas),
The Thrill is Gone - Chet Baker
"Chet Baker Sings" (1956)
Etiquetas: 1956, Chet Baker, Chet Baker Sings
«I'd rather have a bottle in front of me than a frontal lobotomy» - Tom Waits
Andróide Paranóide by Andróide Paranóide is licensed under a Creative Commons License.
28.4.07
Juntando vision ao sound
Este é o Zach Condon que não acabou os estudos.
Tem 19 anos, toca os instrumentos quase todos e é os Beirut (para mim, a banda-revelação de 2006).
Já aqui tinha colocado o som da lindíssima Elephant Gun, do EP "Lon Gisland". Agora, junto-lhe a imagem, num porreiríssimo vídeo.
O EP "Lon Gisland" encontra-se apenso à re-edição europeia do excelente disco de estreia dos Beirut, "Gulag Orkestar", a um preço muito em conta - oportunidade que não desperdicei e aconselho vivamente.
(Para mais sobre Beirut, o procedimento normal pelo tasco é clicar na etiqueta correspondente em baixo)
Tem 19 anos, toca os instrumentos quase todos e é os Beirut (para mim, a banda-revelação de 2006).
Já aqui tinha colocado o som da lindíssima Elephant Gun, do EP "Lon Gisland". Agora, junto-lhe a imagem, num porreiríssimo vídeo.
O EP "Lon Gisland" encontra-se apenso à re-edição europeia do excelente disco de estreia dos Beirut, "Gulag Orkestar", a um preço muito em conta - oportunidade que não desperdicei e aconselho vivamente.
(Para mais sobre Beirut, o procedimento normal pelo tasco é clicar na etiqueta correspondente em baixo)
Etiquetas: 2006, Beirut, Gulag Orkestar, Lon Gisland EP
I still haven't found what I'm looking for
Pois, pudera:
Searching With My Good Eye Closed - Soundgarden
"Badmotorfinger" (1991)
Searching With My Good Eye Closed - Soundgarden
"Badmotorfinger" (1991)
Etiquetas: 1991, Badmotorfinger, Soundgarden
26.4.07
Assustadoramente belo/Sob o efeito de hipnóticos
Song To The Siren é considerada uma das melhores canções de sempre. Justamente.
Não só a música é lindíssima e hipnótica como o canto da sua musa, como a letra é excelente.
Escrita a meias por Tim Buckley e Larry Beckett (companheiro de Tim na banda The Bohemians, no início dos anos 60).
A primeira aparição pública da canção surge em Março de 1968, no programa televisivo da banda The Monkees, apenas com a guitarra de 12 cordas a acompanhar a impressionante voz de Buckley.
A música é editada por Tim Buckley apenas em 1970, como parte do excelente "Starsailor".
Song To The Siren, "Starsailor" (1970)
14 anos depois, os This Mortal Coil gravam a música, mudando-lhe um pouco a letra. A hipnose é quase completa, até atendendo à forma como Elizabeth Fraser canta.
Esta é a versão mais conhecida da música. O realizador David Lynch apaixonou-se completamente por esta versão, tendo querido introduzi-la no filme "Veludo Azul" (Blue Velvet, 1986), mas não conseguiu os direitos da música. Conseguirá, mais tarde, incluí-la no filme "Estrada Perdida" (Lost Highway, 1997), mas não lhe é permitida a sua inclusão no disco da banda sonora. Conhecida também a inclusão de um excerto da música num anúncio televisivo ao perfume "Noah".
Song To The Siren, This Mortal Coil
"It'll End In Tears" (1984)
Muita outra gente fez versões desta canção. A título de exemplo, e por deferência com o peso musical da personagem, aqui fica a versão do ex-Led Zepp, Robert Plant.
Song To The Siren, Robert Plant
"Dreamland" (2002)
Não só a música é lindíssima e hipnótica como o canto da sua musa, como a letra é excelente.
Escrita a meias por Tim Buckley e Larry Beckett (companheiro de Tim na banda The Bohemians, no início dos anos 60).
A primeira aparição pública da canção surge em Março de 1968, no programa televisivo da banda The Monkees, apenas com a guitarra de 12 cordas a acompanhar a impressionante voz de Buckley.
A música é editada por Tim Buckley apenas em 1970, como parte do excelente "Starsailor".
Song To The Siren, "Starsailor" (1970)
14 anos depois, os This Mortal Coil gravam a música, mudando-lhe um pouco a letra. A hipnose é quase completa, até atendendo à forma como Elizabeth Fraser canta.
Esta é a versão mais conhecida da música. O realizador David Lynch apaixonou-se completamente por esta versão, tendo querido introduzi-la no filme "Veludo Azul" (Blue Velvet, 1986), mas não conseguiu os direitos da música. Conseguirá, mais tarde, incluí-la no filme "Estrada Perdida" (Lost Highway, 1997), mas não lhe é permitida a sua inclusão no disco da banda sonora. Conhecida também a inclusão de um excerto da música num anúncio televisivo ao perfume "Noah".
Song To The Siren, This Mortal Coil
"It'll End In Tears" (1984)
Muita outra gente fez versões desta canção. A título de exemplo, e por deferência com o peso musical da personagem, aqui fica a versão do ex-Led Zepp, Robert Plant.
Song To The Siren, Robert Plant
"Dreamland" (2002)
Etiquetas: 1968, 1970, 1984, 2002, Dreamland, It'll End In Tears, Robert Plant, Song To The Siren, Starsailor, This Mortal Coil, Tim Buckley
25.4.07
O Que Será (À Flor da Terra)? - Chico Buarque com Milton Nascimento
"Meus Caros Amigos" (1976)
Bobby Brown Goes Down - Frank Zappa
"Sheik Yerbouti" (1979)
Way Down In The Hole - Tom Waits
"Frank's Wild Years" (1987)
"Meus Caros Amigos" (1976)
Bobby Brown Goes Down - Frank Zappa
"Sheik Yerbouti" (1979)
Way Down In The Hole - Tom Waits
"Frank's Wild Years" (1987)
Etiquetas: Chico Buarque, Frank Zappa, Milton Nascimento, Tom Waits
24.4.07
Novidades - Feist
Aí está "The Reminder" da canadiana Leslie Feist.
Quem gostou de "Let It Die" (2004) vai-se viciar neste, sem qualquer dúvida.
Como no anterior, Feist caminha por variados registos. Temos "cantautora" em músicas lindíssimas como So Sorry, The Park, The Water ou Intuition, há pop simpático e despretensioso em My Moon My Man ou 1234; momentos R&B e soul, como a espécie de versão de See Line Woman, de Nina Simone, aqui denominada Sea Lion Woman (longe da original, pelo que este seja talvez a nota menos positiva no disco) ou The Limit to Your Love. E tudo isto junto em Past In Present.
E há, claro, a excelente voz de Feist, a conduzir-nos pelo processo, com a excepção da música final How My Heart Behaves, cantada a meias com Jamie Lidell.
Muitas boas razões, portanto, para ouvir e comprar "The Reminder".
Aqui ficam três (com a ideia que quaisquer outras representariam bem este disco):
So Sorry
Past In Present
My Moon My Man
E há, claro, a excelente voz de Feist, a conduzir-nos pelo processo, com a excepção da música final How My Heart Behaves, cantada a meias com Jamie Lidell.
Muitas boas razões, portanto, para ouvir e comprar "The Reminder".
Aqui ficam três (com a ideia que quaisquer outras representariam bem este disco):
So Sorry
Past In Present
My Moon My Man
Etiquetas: 2007, Feist, Novidades, The Reminder
23.4.07
Blue Mondays...
Com a certeza que ficam com o melhor do que se vai fazendo cá dentro:
To The East, Son - Old Jerusalem
"Twice The Humbling Sun" (2004)
To The East, Son - Old Jerusalem
"Twice The Humbling Sun" (2004)
Etiquetas: 2004, Blue Mondays, Old Jerusalem, Twice The Humbling Sun
21.4.07
Agenda - Akron/Family
O colectivo Akron/Family estará por Portugal para dois concertos. No Domingo, 22 de Abril, a banda estará pela capital, para um concerto no Music Box. No dia seguinte, é a vez do Teatro Circo, em Braga, receber estes estranhíssimos americanos.
Os Akron/Family têm no seu catálogo dois discos e meio: a fantástica estreia homónima (já falada aqui no tasco), de 2005; "Meek Warrior", de 2006; têm ainda um disco a meias com os Angels of Light, do "padrinho" Michael Gira - "Angels of Light & Akron/Family" (2005).
Sorrow Boy, "Akron/Family"
Raising the Sparks, "Angels of Light & Akron/Family"
Gone Beyond, "Meek Warrior"
Os Akron/Family têm no seu catálogo dois discos e meio: a fantástica estreia homónima (já falada aqui no tasco), de 2005; "Meek Warrior", de 2006; têm ainda um disco a meias com os Angels of Light, do "padrinho" Michael Gira - "Angels of Light & Akron/Family" (2005).
Sorrow Boy, "Akron/Family"
Raising the Sparks, "Angels of Light & Akron/Family"
Gone Beyond, "Meek Warrior"
Etiquetas: 2005, 2006, Agenda, Akron/Family, Angels of Light and Akron/Family, Meek Warrior
20.4.07
Porque hoje é Sexta...
Zuvi Zeva Novi - Mler Ife Dada
"Coisas Que Fascinam" (1987)
"Coisas Que Fascinam" (1987)
Etiquetas: 1987, Coisas Que Fascinam, Mler Ife Dada
19.4.07
Underground
Ainda que uma coisa não tenha nada a ver com a outra, exceptuando o título, faço sempre uma ligação mental entre esta música e o filme de igual nome de Emir Kusturiča, de 1995.
Assim começa "Swordsfishtrombones" e, com ele, a revolução da música de Tom Waits (voltaremos a este tema brevemente).
O trabalho de guitarra (de antologia, diga-se) está a cargo de Fred Tackett.
Underground - Tom Waits
"Swordfishtrombones" (1983)
Assim começa "Swordsfishtrombones" e, com ele, a revolução da música de Tom Waits (voltaremos a este tema brevemente).
O trabalho de guitarra (de antologia, diga-se) está a cargo de Fred Tackett.
Underground - Tom Waits
"Swordfishtrombones" (1983)
Etiquetas: 1983, Swordfishtrombones, Tom Waits, Underground
Jovem:
Gostas dos Arcade Fire?
Gostas mesmo muito deles?
Querias ser um deles?
Querias estar perto deles antes de eles entrarem num concerto?
Pois abaixo está, provavelmente, a coisa mais próxima que alguma vez vais estar disso.
Já agora,
Sabes o que é uma banda portátil?
Achas que já sabes tudo sobre o que é "música de elevador"?
Queres saber como é estar no meio do Olympia de Paris cheio a abarrotar?
A resposta a todas estas perguntas está neste vídeo:
Gostas mesmo muito deles?
Querias ser um deles?
Querias estar perto deles antes de eles entrarem num concerto?
Pois abaixo está, provavelmente, a coisa mais próxima que alguma vez vais estar disso.
Já agora,
Sabes o que é uma banda portátil?
Achas que já sabes tudo sobre o que é "música de elevador"?
Queres saber como é estar no meio do Olympia de Paris cheio a abarrotar?
Queres saber como se põe uns milhares de pessoas em histeria no início de um concerto?
A resposta a todas estas perguntas está neste vídeo:
Etiquetas: 2007, Arcade Fire, Neon Bible, Olympia, Wake Up
18.4.07
Novidades - Rufus Wainwright
"Release the Stars" sai para o mês que vem, mas já por aí anda o primeiro adiantamento, Going to a Town. Augura coisas muito boas: composição complexa (como é já timbre do canadiano), melódica e liricamente muito forte e... política. Sim, um Rufus Wainwright engajado (e não é nenhum trocadilho sexual)!
Going to a Town, Rufus Wainwright
"Release The Stars" (2007)
Etiquetas: 2007, Novidades, Release The Stars, Rufus Wainwright
You can´t do that on stage anymore!
Mais uma vez, roubei um título de um post ao Frank Zappa. Mas acho que é apropriado, tendo em conta o que vos tenho para falar.
Podem dar nomes de cantores a cães (por exemplo, conheço um Alfredo e uma Amália que pertencem ao mesmo dono), mas não os podem fazer cantar. Ou podem?
Tomemos o exemplo de Seamus.
Seamus era um cão pertencente a Steve Marriott, amigo próximo dos membros dos Pink Floyd. Tendo reparado que o cão reagia bem à música, ladrando e uivando afinado, os Floyd decidiram compor um blues de estrutura clássica - 12 compassos (12-bar blues) - e dar os holofotes ao Seamus, que não só "canta" como dá o nome à música:
Seamus - Pink Floyd
"Meddle" (1971)
A experiência acabou por ser repetida no filme de Adrian Maben "Live at Pompeii" (1972), mas já sem letra, noutro tom, sem Seamus, mas com a sua substituta, Mademoiselle Nobs, pertencente a Madonna Bouglione, filha de um director de circo.
Ora, cá está ela:
E não rotulem isto de "estúpido" ou "desnexado" ou "coisa de artista que já não sabe mais que fazer".
Como é bom de ver, quer o Seamus quer a Mademoiselle Nobs têm (pelo menos) 2 grandes vantagens em relação a muitos cantores que por aí andam. A saber:
a) são mais afinados;
b) não se dão a ares (nem têm tiques) de super-estrelas.
A título de informação final, o filme "Live at Pompeii" foi lançado em formato DVD no ano de 2003 (e pode-se encontrar vários vídeos do mesmo no You Tube).
Podem dar nomes de cantores a cães (por exemplo, conheço um Alfredo e uma Amália que pertencem ao mesmo dono), mas não os podem fazer cantar. Ou podem?
Tomemos o exemplo de Seamus.
Seamus era um cão pertencente a Steve Marriott, amigo próximo dos membros dos Pink Floyd. Tendo reparado que o cão reagia bem à música, ladrando e uivando afinado, os Floyd decidiram compor um blues de estrutura clássica - 12 compassos (12-bar blues) - e dar os holofotes ao Seamus, que não só "canta" como dá o nome à música:
Seamus - Pink Floyd
"Meddle" (1971)
A experiência acabou por ser repetida no filme de Adrian Maben "Live at Pompeii" (1972), mas já sem letra, noutro tom, sem Seamus, mas com a sua substituta, Mademoiselle Nobs, pertencente a Madonna Bouglione, filha de um director de circo.
Ora, cá está ela:
E não rotulem isto de "estúpido" ou "desnexado" ou "coisa de artista que já não sabe mais que fazer".
Como é bom de ver, quer o Seamus quer a Mademoiselle Nobs têm (pelo menos) 2 grandes vantagens em relação a muitos cantores que por aí andam. A saber:
a) são mais afinados;
b) não se dão a ares (nem têm tiques) de super-estrelas.
A título de informação final, o filme "Live at Pompeii" foi lançado em formato DVD no ano de 2003 (e pode-se encontrar vários vídeos do mesmo no You Tube).
Etiquetas: 1971, 1972, Live at Pompeii, Meddle, Pink Floyd, Seamus
17.4.07
Shhhhhhhh...
Our Way To Fall - Yo La Tengo
"And Then Nothing Turned Itself Inside-Out" (2000)
"And Then Nothing Turned Itself Inside-Out" (2000)
Etiquetas: 2000, And then Nothing Turned Itself Inside-Out, Yo La Tengo
Assustadoramente belo
Do belíssimo disco (quase todo) de versões "People are Strange" (1998), três coisitas assombrosas, como é hábito em Stina Nordenstam.
Sailing
Purple Rain
People Are Strange
Etiquetas: 1998, Assustadoramente Belo, People Are Strange, Stina Nordenstam
16.4.07
Sob o efeito de hipnóticos
Para ser correcto, neste caso estamos mesmo a falar de alucinogénios.
LSD, pronto.O ano é 1967, o sítio é S. Francisco, onde estão os Grateful Dead, de Jerry Garcia, e Janis Joplin, que costumam encontrar-se para tocar juntos.
O Verão vai ser de amor, com flores na cabeça e corpos mais ou menos nus nos jardins da cidade da Golden Gate Bridge (para mais sobre o ano de 1967 neste blog, lembrem-se que as etiquetas abaixo podem ser preciosas).
Inspirados pelo conto de Lewis Carroll, "Alice no País das Maravilhas", os Jefferson Airplane de Grace Slick entram na acção do livro para nos trazer este White Rabbit (com críticas implícitas ao conformismo da sociedade e aos "decisores" da época):
«One pill makes you larger
And one pill makes you small
And the ones that mother gives you
Don't do anything at all
Go ask Alice
When she's ten feet tall
And if you go chasing rabbits
And you know you're going to fall
Tell 'em a hookah smoking caterpillar
Has given you the call
Recall Alice
When she was just small
When men on the chessboard
Get up and tell you where to go
And you've just had some kind of mushroom
And your mind is moving low
Go ask Alice
I think she'll know
When logic and proportion
Have fallen softly dead
And the White Knight is talking backwards
And the Red Queen's "off with her head!"
Remember what the dormouse said:
"Feed your head
Feed your head
Feed your head"»
Quem conhece o livro reparará que algumas citações não batem certo com as personagens a quem são creditadas, mas quer-me parecer que, naquela altura, rigor era coisa que estes rockers achavam sobrevalorizada...
Aqui fica agora a música que acaba por nos fazer companhia quer no cinema ("Platoon", de Oliver Stone, e "O Jogo", de David Fincher, entre outros) quer na TV ("The Simpsons", "Futurama" ou "Os Sopranos").
White Rabbit - Jefferson Airplane
"Surrealistic Pillow" (1967)
No disco que saiu hoje na Europa (um disco de versões ao qual voltaremos posteriormente), de nome "Twelve", a instituição rock Patti Smith revisita o mesmo tema (40 anos depois).
White Rabbit - Patti Smith
"Twelve" (2007)
Curiosa (mas muito bem apanhada pelo pessoal da Wikipedia) é a ligação desta White Rabbit com a Can You Feel It, dos Jackson 5, e a Material Girl, da Madonna. Não acreditam? Então prestem atenção ao baixo nos seguintes recortes:
White Rabbit vs Can You Feel It vs Material Girl
Etiquetas: 1967, 2007, Jefferson Airplane, Patti Smith, Surrealistic Pillow, Twelve, White Rabbit
Blue Mondays...
Carry Me Ohio - Sun Kil Moon
"Ghosts of the Great Highway" (2003)
«Sorry that
I could never love you back
I could never care enough
In these last days (...)»
"Ghosts of the Great Highway" (2003)
«Sorry that
I could never love you back
I could never care enough
In these last days (...)»
Etiquetas: 2003, Blue Mondays, Ghosts of the Great Highway, Mark Kozelek, Sun Kil Moon
15.4.07
Nostalgia II
Foram inventados por Enid Blyton e eram a Georgina/"George" (Zé), o Julian (Júlio), a Anne (Ana), o Dick (David)... "and Timmy, the dog".
A série estreou na Inglaterra em 1978, tendo passado por cá pelos anos 80.
O tema-título da série era qualquer coisa de fantástico, com aquele pop sinfónico britânico. Quem não vir no refrão reminiscências de uns Beatles (como não podia deixar de ser)...
Também nesse aspecto, já não se fazem coisas assim.
Aqui fica:
The Famous Five
A série estreou na Inglaterra em 1978, tendo passado por cá pelos anos 80.
O tema-título da série era qualquer coisa de fantástico, com aquele pop sinfónico britânico. Quem não vir no refrão reminiscências de uns Beatles (como não podia deixar de ser)...
Também nesse aspecto, já não se fazem coisas assim.
Aqui fica:
The Famous Five
Etiquetas: Nostalgia, The Famous Five
14.4.07
Does Humour Belong In Music? (XVII)/Vídeos do Outro Mundo
O non-sense e o burlesco dos Of Montreal:
Heimdalsgate Like a Promethean Curse, Of Montreal
"Hissing Fauna, Are You The Destroyer?" (2007)
Realização: The Brothers Chaps
Heimdalsgate Like a Promethean Curse, Of Montreal
"Hissing Fauna, Are You The Destroyer?" (2007)
Realização: The Brothers Chaps
Já agora, e para completar a informação, vejam só o que estes seres fizeram com o mesmo tema no programa do Conan (visto no You Ain't No Picasso):
Etiquetas: 2007, Does Humour Belong In Music, Hissing Fauna Are You The Destroyer, Of Montreal, Vídeos Do Outro Mundo
13.4.07
Primeira Impressão - Feist
Ainda que o novo disco de Feist só seja editado nos finais deste mês - dia 23 - aqui na Europa (1 de Maio no resto do mundo), "The Reminder" já teve uma fuga para a net há algum tempo.
O disco é bem bom, muito na linha do excelente "Secret Heart", de 2004.
O primeiro vídeo também já por aí anda, feito para a música One Two Three Four. É um vídeo curioso...
1234, Leslie Feist
"The Reminder" (2007)
Circula também pela net um vídeo promocional (e não oficial), com o primeiro single, My Moon, My Man.
O disco é bem bom, muito na linha do excelente "Secret Heart", de 2004.
O primeiro vídeo também já por aí anda, feito para a música One Two Three Four. É um vídeo curioso...
1234, Leslie Feist
"The Reminder" (2007)
Circula também pela net um vídeo promocional (e não oficial), com o primeiro single, My Moon, My Man.
Etiquetas: 2007, Feist, Novidades, The Reminder
Porque hoje é Sexta...
The Distance, Cake
"Fashion Nugget" (1996)
Tendo em conta que hoje é dia de superstição, valerá talvez a pena darem uma espreitada à música escolhida numa edição mais antiga do "Porque hoje é Sexta...". É só clicar na palavra "Fantástico"!.
Etiquetas: 1996, Cake, Fashion Nugget, Porque hoje é Sexta...
12.4.07
Só por acaso...
Se Por Acaso (Me Vires Por Aí), JP Simões (com Luanda Cozetti)
"1970" (2007)
E que simpático é rever o João Baptista (ex-Belle Chase Hotel) no baixo...
Etiquetas: "1970", 2007, JP Simões, Se Por Acaso
Mas o que eu quero mesmo ouvir
Numa altura em que o rock em português parece estar em crise de escassez, "Bom Dia" dos Pluto foi uma excelente surpresa. Manuel Cruz escreve de uma forma superior e as músicas são porreiríssimas.
Do disco, destaco este A Vida dos Outros. Grande letra, arranjos fenomenais... excelente! Destaca-se também a guitarra de Peixe: riffs incendiários do princípio ao fim e aquele arranjo instrumental final.... Um guitar hero imprevisto. De facto, reconhecendo extrema competência nos trabalhos com que Peixe brindou as músicas dos Ornatos Violeta (só se mostrando quando era necessário, discreto, mas muito eficaz), não esperava aquele show-case técnico e melódico do final deste tema.
A Vida dos Outros - Pluto
"Bom Dia" (2004)
Infelizmente, "Bom Dia" parece ter sido filho único.
Manuel Cruz lança-se a solo este ano com o muito esperado (pelo menos, por estas bandas) "Foge, Foge Bandido"; Peixe tem acompanhado David Fonseca (de forma mais ou menos regular, creio), desde os tempos do seu disco de estreia, "Sing Me Something New" (2003).
Do disco, destaco este A Vida dos Outros. Grande letra, arranjos fenomenais... excelente! Destaca-se também a guitarra de Peixe: riffs incendiários do princípio ao fim e aquele arranjo instrumental final.... Um guitar hero imprevisto. De facto, reconhecendo extrema competência nos trabalhos com que Peixe brindou as músicas dos Ornatos Violeta (só se mostrando quando era necessário, discreto, mas muito eficaz), não esperava aquele show-case técnico e melódico do final deste tema.
A Vida dos Outros - Pluto
"Bom Dia" (2004)
Infelizmente, "Bom Dia" parece ter sido filho único.
Manuel Cruz lança-se a solo este ano com o muito esperado (pelo menos, por estas bandas) "Foge, Foge Bandido"; Peixe tem acompanhado David Fonseca (de forma mais ou menos regular, creio), desde os tempos do seu disco de estreia, "Sing Me Something New" (2003).
Etiquetas: 2004, Bom Dia, Manuel Cruz, Ornatos Violeta, Peixe, Pluto
11.4.07
"Radiodread"
E se uns maluquinhos se decidissem a fazer uma recriação em "dub" de um dos melhores discos de sempre, mais precisamente o "O.K. Computer" (1997) dos Radiohead?
A coisa vai-se ouvindo bem até mais ou menos metade, mas depois a formatação da batida e guitarra "dub" começa a dar de si - ouvir esse retrato da vida citadina stressada, que transforma o homem em máquina, Fitter Happier, dito com um inglês de uma ilha das Caraíbas é, no mínimo, risível.
No entanto, sempre fica a curiosidade. E, para quem tem este disco como um dos seus impreteríveis, sempre vai achar alguma piada à revisitação.
Aqui fica a recriação de dois clássicos: Paranoid Android e Electioneering - um dos momentos musicalmente mais conseguidos do disco.
Paranoid Android - Easy All-Stars
Electioneering - Easy All-Stars
"Radiodread" (2006).
Dos mesmos malucos, existe ainda a revisitação de outro disco intemporal: "The Dark Side of The Moon" (1973), dos Pink Floyd.
Aqui deixo a versão de outro clássico:
Money - Easy All-Stars
"The Dub Side of The Moon" (2003)
A coisa vai-se ouvindo bem até mais ou menos metade, mas depois a formatação da batida e guitarra "dub" começa a dar de si - ouvir esse retrato da vida citadina stressada, que transforma o homem em máquina, Fitter Happier, dito com um inglês de uma ilha das Caraíbas é, no mínimo, risível.
No entanto, sempre fica a curiosidade. E, para quem tem este disco como um dos seus impreteríveis, sempre vai achar alguma piada à revisitação.
Aqui fica a recriação de dois clássicos: Paranoid Android e Electioneering - um dos momentos musicalmente mais conseguidos do disco.
Paranoid Android - Easy All-Stars
Electioneering - Easy All-Stars
"Radiodread" (2006).
Dos mesmos malucos, existe ainda a revisitação de outro disco intemporal: "The Dark Side of The Moon" (1973), dos Pink Floyd.
Aqui deixo a versão de outro clássico:
Money - Easy All-Stars
"The Dub Side of The Moon" (2003)
Etiquetas: 2003, 2006, Easy All-Stars, O.K. Computer, Pink Floyd, Radiodread, Radiohead, The Dark Side Of The Moon, The Dub Side Of The Moon
Novidades - Modest Mouse
Dashboard, Modest Mouse
"We Were Dead Before The Ship Even Sank" (2007)
E a guitarrinha não engana mesmo: é Johnny Marr (ex-The Smiths), membro efectivo dos Modest Mouse desde o ano passado (e que vai fazer a digressão do disco com a banda).
Etiquetas: 2007, Johnny Marr, Modest Mouse, We Were Dead Before The Ship Even Sank
10.4.07
Grandes Músicas Grandes
Para quem não é profundo conhecedor e tem a sua ideia formada sobre Bruce Springsteen, tem aqui uma oportunidade para pensar duas vezes.
Pouco depois de Stairway To Heaven, pouco antes de Bohemian Rhapsody e umas décadas antes de Paranoid Android, Springsteen parte das ruas para compor um serenata de quase 10 minutos, com arranjos dos mais variados possíveis - cortesia do enorme David Sancious, na altura responsável pelo piano na E-Street Band.
Logo na introdução, há dedos a passar pelas cordas do piano, dramatismo clássico, que se transforma abruptamente em jazz de bar fumarento, que, por sua vez, dá lugar a um pop impoluto - e tudo isto em dois minutos!
A música em si parte desse pop para um leque de estilos impressionante: sinfonismo, jazz, momentos de pura soul e gospel... e, sempre, as personagens da rua (Rua E?), que contam as suas histórias e que acompanham a voz de Springsteen até "Born To Run" (1975), inclusivé.
Enfim, razões que nos prendem a esta serenata durante os seus curtos 10 minutos.
New York City Serenade, Bruce Springsteen
"The Wild, The Innocent & The E-Street Shuffle" (1973)
Pouco depois de Stairway To Heaven, pouco antes de Bohemian Rhapsody e umas décadas antes de Paranoid Android, Springsteen parte das ruas para compor um serenata de quase 10 minutos, com arranjos dos mais variados possíveis - cortesia do enorme David Sancious, na altura responsável pelo piano na E-Street Band.
Logo na introdução, há dedos a passar pelas cordas do piano, dramatismo clássico, que se transforma abruptamente em jazz de bar fumarento, que, por sua vez, dá lugar a um pop impoluto - e tudo isto em dois minutos!
A música em si parte desse pop para um leque de estilos impressionante: sinfonismo, jazz, momentos de pura soul e gospel... e, sempre, as personagens da rua (Rua E?), que contam as suas histórias e que acompanham a voz de Springsteen até "Born To Run" (1975), inclusivé.
Enfim, razões que nos prendem a esta serenata durante os seus curtos 10 minutos.
New York City Serenade, Bruce Springsteen
"The Wild, The Innocent & The E-Street Shuffle" (1973)
Etiquetas: 1973, Bruce Springsteen, New York City Serenade, The Wild The Innocent and The E-Street Shuffle
9.4.07
Lady Day's Day
Não estivesse, também ela, a servir de adubo às plantas (ou, nas palavras dos Python, "pushing up the daisies") e Billie Holiday teria feito 92 anos no passado sábado, dia 7. Quis a Natureza e uma cirrose no fígado que ela não chegasse a ver a luz da década de 60 do século passado - mais propriamente, e ainda acompanhando os Python, "she ceased to exist" ou "she was no more" em 17.07.'59 -, morrendo com $750 dólares consigo e a pequena fortuna de 70 cêntimos de dólar na sua conta bancária.
Umas coisitas do (como Bono Vox a apodaria em 1988) "Anjo do Harlem":
Body and Soul
Stormy Weather
Embraceable You
Strange Fruit
(Para mais coisas de Billie, basta seguir a correspondente etiqueta, em baixo)
Umas coisitas do (como Bono Vox a apodaria em 1988) "Anjo do Harlem":
Body and Soul
Stormy Weather
Embraceable You
Strange Fruit
(Para mais coisas de Billie, basta seguir a correspondente etiqueta, em baixo)
Etiquetas: Billie Holiday
Blue Mondays.../Assustadoramente belo
Nothing Really Ends - dEUS
"Pocket Revolution" (2005)
«The plan it wasn't much of a plan
I just started walking...»
"Pocket Revolution" (2005)
«The plan it wasn't much of a plan
I just started walking...»
Etiquetas: 2005, Assustadoramente Belo, Blue Mondays, dEUS, Pocket Revolution
6.4.07
Nostalgia
Da cabeça e, depois, da pena do escritor Monteiro Lobato saíram Dona Benta, Narizinho, Pedrinho, Emília, Visconde de Sabugosa, Tia Nastácia, Tio Barnabé, Zé Bento, Malazarte, Zé Carneiro, Jabuty, Saci Pêrêrê e a terrível Cuca...A adaptação para TV a que a imagem se refere estreou no Brasil há 30 anos e é a mais conhecida pelo mundo fora. A da minha infância também.
Tu-ru-tu-tu-ru-tu-tu-tu-ru... e por aí fora:
Etiquetas: Gilberto Gil, Nostalgia, Sítio do Picapau Amarelo
5.4.07
Porque hoje (Não) É Sexta (Mas é como se fosse)...
Sexx Laws, Beck
"Midnite Vultures" (1999)
Etiquetas: 1999, Beck, Midnite Vultures, Porque hoje é Sexta...
4.4.07
10/10 (dez-em-dez) - "Blue", 1971
Pode ser exagerado, pode ser do tom confessional do disco, pode ser por estar a ouvi-lo enquanto escrevo, mas quando uma mulher canta bem, canta assim.
Tudo no seu devido sítio, sem defeito ou excesso, sem maneirismos de diva. Assim!
"Blue" apanha os guias Bob Dylan e Joan Baez e transporta as cantautoras até ao presente. Sim, podem ouvir Tori Amos, Fiona Apple, entre muitas outras válidas expressões musicais no feminino e... já estava tudo em Joni Mitchell, há mais de 35 anos.
"Blue" é um disco folk excelente.
Ora construídas a partir da guitarra, ora do piano, as músicas desenham as teias onde Joni coloca a sua fantástica voz e letras de uma extraordinária sinceridade. Sobre amor (All I Want ou My Old Man), desamor e perda (This Flight Tonight, o triste Natal de River, a magistral A Case Of You) e até a entrega de um filho para a adopção (Little Green), o coração de Joni é deitado para fora e exposto em letras excelentes.
Por isto tudo, "Blue" é não apenas recomendado como obrigatório.
A muito custo, aqui ficam três exemplos de momentos fabulosos do disco.
All I Want
River
A Case Of You
Nos finais deste mês, será lançado um disco de tributo a Joni Mitchell, com as presenças, entre outros, de James Taylor, Elvis Costello, Sufjan Stevens, Prince ou Brad Mehldau.
Tudo no seu devido sítio, sem defeito ou excesso, sem maneirismos de diva. Assim!
"Blue" apanha os guias Bob Dylan e Joan Baez e transporta as cantautoras até ao presente. Sim, podem ouvir Tori Amos, Fiona Apple, entre muitas outras válidas expressões musicais no feminino e... já estava tudo em Joni Mitchell, há mais de 35 anos.
"Blue" é um disco folk excelente.
Ora construídas a partir da guitarra, ora do piano, as músicas desenham as teias onde Joni coloca a sua fantástica voz e letras de uma extraordinária sinceridade. Sobre amor (All I Want ou My Old Man), desamor e perda (This Flight Tonight, o triste Natal de River, a magistral A Case Of You) e até a entrega de um filho para a adopção (Little Green), o coração de Joni é deitado para fora e exposto em letras excelentes.
Por isto tudo, "Blue" é não apenas recomendado como obrigatório.
A muito custo, aqui ficam três exemplos de momentos fabulosos do disco.
All I Want
River
A Case Of You
Nos finais deste mês, será lançado um disco de tributo a Joni Mitchell, com as presenças, entre outros, de James Taylor, Elvis Costello, Sufjan Stevens, Prince ou Brad Mehldau.
Etiquetas: 10/10, 1971, Blue, Joni Mitchell
3.4.07
Um nome a reter
Kisses for the Misses, Richard Swift
"Dressed for the Letdown" (2007)
Deixo ainda uma música do porreiríssimo "The Novelist/Walking Without Effort", de 2005 (bem próximo das influências e universo de um Rufus Wainwright),
Above & Beneath
Above & Beneath
Etiquetas: 2007, Dressed For The Letdown, Novidades, Richard Swift
1.4.07
Sinfonias pop
The Polyphonic Spree é um grupo com vinte e muitos membros (!!!) que se dedica a um pop sinfónico descendente directo dos Beach Boys ou dos Beatles de "Sgt. Pepper's..." ou "Revolver", mas também dos Moody Blues ou os Genesis de "The Lamb Lies Down On Broadway", e ainda com um toque dos Flaming Lips.
A discografia os Spree conta, até à data, apenas com dois álbuns: "The Beggining Stages Of..." (2003) e "Together We're Heavy" (2004), de onde foi retirado o impressionante momento de grandeza pop seguinte.
Section 12 (Hold Me Now) - The Polyphonic Spree
"Together We're Heavy" (2004)
A discografia os Spree conta, até à data, apenas com dois álbuns: "The Beggining Stages Of..." (2003) e "Together We're Heavy" (2004), de onde foi retirado o impressionante momento de grandeza pop seguinte.
Section 12 (Hold Me Now) - The Polyphonic Spree
"Together We're Heavy" (2004)
Etiquetas: 2004, The Polyphonic Spree, Together We're Heavy
Imagem do cabeçalho: Mando Gomez | Design: Pannasmontata + Adaptações: Olavo Lüpia