3.1.08
Dark Side of the Rainbow

Dos mais engraçados mitos que correm mundo relacionando música e cinema, acho bastante piada àquele a que se designou "The Dark Side of The Rainbow", "The Dark Side of Oz" ou "The Wizard of Floyd".
Para os que possam nunca ter ouvido falar disto, a receita explica-se assim: uma cópia a preto-e-branco (dizem que é melhor para a sincronização que a cópia a cores. Juro!) do "Feiticeiro de Oz" (1939); uma cópia do clássico "The Dark Side of The Moon" (1973) dos Pink Floyd. Modo de preparação: carregar no play do disco dos Floyd aquando ao 3.º rugido do leão da MGM.
Lembrem-se! Não é o 1.º rugido do leão da MGM (apesar de haver acólitos ferverosos que dizem que carregar no play nesta altura resolve alguns dos problemas de sincronização), muito menos o segundo rugido felino. «É o 3.º, estúpido!».
Coisas engraçadas (para além de outras): as passagens entre as primeiras músicas, de Breathe in The Air para On The Run, desta para Time até à cena do furacão que faz Dorothy (e a sua casa) voar para bem longe do Kansas e tem como banda sonora a faixa A Great Gig In The Sky e as vocalizações impressionantes de Clare Torry, criando um excelente efeito; a faixa Money entra em acção precisamente quando Dorothy abre a porta, revelando a estrada dos tijolos amarelos (yellow brick road) - altura em que o filme ganha cor.
Coisas um pouco mais engraçadas: os Floyd acham a teoria estapafúrdia, dizendo, desde logo, que há 35 anos não havia sequer meios em estúdio que permitissem a projecção do filme enquanto se gravava a música. Muito mais gira é a teoria de que o pessoal da MGM tinha uma máquina do tempo e foi aos anos 70 buscar uma cópia do "DSotM" e o trouxe de volta. Mas se calhar essas pessoas deviam era fumar tabaco, o que hoje em dia só se pode fazer na rua e faz muito frio.
Diga-se que, como é óbvio, o disco não apresenta a mesma duração do filme. O que fazer?
Também já surgiram muitas teorias sobre isto, desde o modo de repetição no leitor de cd's à rodagem subsequente de outros discos dos Floyd dos anos 70 [hipóteses já estudadas: a) o "Animals" (1977), seguido das faixas 2 e 5 do "Meddle" (1971) - sim, as faixas #2 e #5 e não outras. A sério; b) o mesmo "Animals" seguido do "The Wall" (1979); c) o "Wish You Were Here" (1975)].
Perguntam vocês: «E para quem não tem a paciência, ingredientes ou meios para fazer a experiência?». Não há problema, porque a net está aí para nos ajudar. Houve uma alma que se lembrou de fazer a sincronia e colocá-la nos vídeos do Google. Depois, bastou que o amigo Nande fizesse o favor de me enviar o link da coisa aqui há uns tempos, o que muito lhe agradeço.
Aqui fica:




(Para mais informações cliquem, por exemplo, aqui)

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Olavo Lüpia, 3.1.08 | Referências |


7 Comments:


  • At 24 setembro, 2009 17:46, Anonymous Anónimo

    Você é um idiota

     
  • At 22 outubro, 2009 17:34, Anonymous Anónimo

    Você é um idiota [2]

     
  • At 05 setembro, 2010 19:30, Anonymous Anónimo

    Você é um idiota [3]

     
  • At 02 outubro, 2010 14:08, Anonymous Anónimo

    Você NÃO é um idiota

     
  • At 05 novembro, 2010 23:00, Anonymous Anónimo

    O verdadeiro cego é aquele que não quer ver...

     
  • At 24 julho, 2011 15:44, Blogger Fernando

    Nossa, que povo violento =)
    Eu não conhecia esta teoria, um amigo me apresentou ela ontem. Mas sinceramente, acredito que não passe de coincidência.
    Tipo, as letras deste álbum são surreais! A primeira vez que li a letra de "Time", achei que estava lendo uma poesia... E muito pouco da letra bate com o filme.
    Sim, a tonalidade da música e a mudança nas batidas, o grito na cena do tornado, isso bate legal. Mas acredito ser apenas coincidência, basta pensar no número de artistas, número de álbuns, e número de filmes... É muito provável que hajam mais casos como este ainda não descobertos.
    Claro, eu posso estar enganado, admito! As coincidências são tantas que pode mesmo ter sido feito o álbum baseado no filme. Mas se for este o caso, os artistas jamais admitiriam. Só nos resta formar opiniões baseadas na teoria.
    Independente de crer ou não nesta teoria, uma coisa é certa: Pink Floyd é MASSAPRACARAIO!!

     
  • At 14 novembro, 2011 17:55, Anonymous Anónimo

    Cara....
    escuta primeiro...
    Para se ter uma ideia no fim do disco há uma batida de coração que é perfeitamente sincronizada com a a menina ouvindo o coração do homem de lata!