31.1.07
Palavras para quê? VI
Jean Baptiste Reinhardt. Nickname: "Django".
Foi um fabuloso guitarrista da primeira metade do século. Quem viu o filme "Através da Noite" (originalmente, Sweet and Lowdown, 1999) de Woody Allen, deve ter-se apercebido da figura mítica do guitarrista cigano que punha o personagem principal do filme, Emmet Ray (Sean Penn), literalmente doente... era o próprio Django.
Músicas de jazzman cigano são também um habitué nas bandas sonoras de Woody Allen, exceptuando o "Matchpoint"(2005). E falo de Allen porque sou um viciado na obra e porque foi através dos filmes dele que dei de ouvidos com este Reinhardt.
Django também que aparece maravilhosamente caricaturado no filme de animação "Les Triplettes de Belleville" (2003), de Sylvain Chomet.
Um incêndio em casa dos seus pais, quando Django tinha 18 anos, trouxe-lhe queimaduras de 2.º e 3.º grau pelo corpo. Os médicos queriam amputar-lhe a perna esquerda, mas Django saiu do hospital e voltou a andar com a ajuda de uma bengala. A mão esquerda também ficou lesionada, deixando-lhe o mindinho e o anelar paralisados. Isto obrigou o homem a reaprender e reformular a sua maneira de tocar guitarra. Se o que ele faz com a guitarra é apenas produto de dois dedos da mão esquerda... mais não é preciso dizer, certo? Impressionante!
Ao lado de Django, até o início da II Grande Guerra, esteve o sidekick violinista Stephane Grappelli, que toma, muitas vezes, os holofotes, como poderão ouvir também nas músicas que se seguem. Os dois acabaram por voltar a tocar juntos depois do fim da Guerra.

"Dá-le", Django!

Minor Swing
You're Driving Me Crazy
Daphné
Swingin' With Django
Nuances


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Olavo Lüpia, 31.1.07 | Referências |


2 Comments:


  • At 31 janeiro, 2007 14:38, Anonymous Anónimo

    … é uma constante nos seus filmes a sua própria e enorme colecção de vinil!!! Servir de banda sonora para os seus trabalhos de cinema.
    Tenho um duplo Cd do gajo, que compila o seu jazz preferido, ao longo dos seus vários filmes. Mais ainda, o duplo Cd é ao preço da chuva…e sim, o django, é uma constante na sua obra.
    Por falar nos inícios do jazz, não sei porquê, lembrei-me de um grande maluco. Gene krupa….

    Fica sereno e fica bem.

    Xau xau, abraço.

     
  • At 31 janeiro, 2007 14:50, Blogger Olavo Lüpia

    Curioso.
    Acabei de falar com o amigo Lemos e ele disse-me que tinha comprado esse duplo na FNAC por €2,95!
    É um achado! Vou investigar o caso...
    Grande abraço, Big.