31.10.06
Porque amanhã é feriado...
None of Them Knew They Were Robots
Mr. Bungle, "Califórnia" (1999)

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Olavo Lüpia, 31.10.06 | Referências | 0 Feedback(s)
Vídeos do outro mundo
Partindo do imaginário da intemporal obra-prima de Stanley Kubrick, "Laranja Mecânica" (1971)...


The Universal, Blur
"The Great Escape" (1995)
Realizador: Jonathan Glazer

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Olavo Lüpia, 31.10.06 | Referências | 5 Feedback(s)
(Semi-)Novidades - Cat Power
Arrastado. Melancólico. Muitas das vezes, chuvoso. De triste, azulíssimo.
E eu com ele.
Assim se sente, ouvindo, "The Greatest", de Cat Power, isto é, Chan Marshall.
E (já não como eu) belo, muito belo.
Um disco de "audição cara-na-vidraça". E a chuva cai lá fora. A espaços, também cá dentro. Muita. E estamos ensopados até aos ossos. Mas já nem damos conta... quanto mais importar-mo-nos com isso....
Curtos como as frases precedentes, como as músicas que o fazem, os 41' minutos de The Greatest são de audição obrigatória, para se sorver aos poucos e em muitas audições.
O disco percorre a pop, o rock, a soul e até o country. Acaba-se uma música a salivar pela seguinte.
Escolhi, (mais uma vez) com muita dificuldade, 3 músicas. A abrir o disco, o tema-título - The Greatest -, uma bela música sobre a consciência e interiorização de uma certa maturidade; depois, a linda e simples Where Is My Love?; por fim, a música que acaba a obra, Love and Communication - fantástica, também. Mas o que tive de deixar de fora... Jesus!...

The Greatest - Cat Power
Where Is My Love? - Cat Power
Love & Communication - Cat Power

Um disco a adquirir (e aproveitem, porque podem encontrá-lo uma aqui, a mid price!) e um concerto a ver, no dia 4 de Dezembro, na Aula Magna.

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Olavo Lüpia, 31.10.06 | Referências | 0 Feedback(s)
30.10.06
Blue Mondays...

The Wild Ones, Suede
"Dog Man Star" (1994)

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Olavo Lüpia, 30.10.06 | Referências | 1 Feedback(s)
29.10.06
Palavras para quê? - II
Do etéreo mundo dos Sigur Rós, passamos agora para o punk jazz experimental porreiríssimo dos Acoustic Ladyland, que editaram, em 2005, "Last Chance Disco", onde o sax rouba a luz dos holofotes.
O disco começa com a curta "punkalhada" de Iggy, seguida da excelente e muito viciante Om Konz...

Iggy - Acoustic Ladyland
Om Konz - Acoustic Ladyland


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Olavo Lüpia, 29.10.06 | Referências | 0 Feedback(s)
28.10.06
Saturday Sun
De um dos meus mitos (sim, mais um morto!) preferidos, Nick Drake, uma bela reflexão sobre o dia de hoje.
É do incontornável e lindíssimo "Five Leaves Left" (1969). Tendo em atenção a qualidade e influência do legado que Drake nos deixou (em apenas 3 discos!!), não se espantem que eu fale dele mais um bom punhado de vezes por aqui.
Por agora...

Saturday Sun - Nick Drake

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Olavo Lüpia, 28.10.06 | Referências | 0 Feedback(s)
27.10.06
Remissões
O Sombra - e o seu Lenta Divagação (com link ali ao lado, nos Tascos de Confiança) - continua na senda do óptimo trabalho, desta vez disponibilizando uma suculenta entrevista a Nuno Prata, que lançou recentemente o primeiro disco, "Todos os Dias Fossem Estes/Outros", para mim - e do que fui ouvindo -, provavelmente, o disco português do ano.
Sobre o próprio Nuno Prata e o disco, recomendava a viagem até ao blog do próprio e, aí chegados, a procura pela secção "Canções" - de certeza que vão achar que merece bem a pena!
A cada um dos referidos, um grande "bem haja".

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Olavo Lüpia, 27.10.06 | Referências | 0 Feedback(s)
Porque hoje é Sexta...
... vem aí o fim-de-semana, há festas académicas um pouco por todo o país e podem beber um ou outro copito a mais ou até, quem sabe, fumar umas cenas e derivados... aprendam a lição com este fantástico vídeo (e música) dos The Cure, para (por exemplo) não terem surpresas desagradáveis ao acordar!

The 13th, The Cure
"Wild Mood Swings" (1996)

Se gostaram do clip, vejam a hiper-mega-super-sega-colorida e igualmente hilária versão alternativa: "Fantástico!".

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Olavo Lüpia, 27.10.06 | Referências | 0 Feedback(s)
26.10.06
Vídeos do outro mundo
Um verdadeiro soco no estômago:

Untitled #1 (a.k.a. Vaka), Sigur Rós
"( )", 2002
Realizador: Floria Sigismondi (Revolver Films)

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Olavo Lüpia, 26.10.06 | Referências | 1 Feedback(s)
As Good as It Gets
- Jon Stewart + Stephen Colbert + Rockalhada desbundante tesuda, courtesy of Jack White & Meg White - The White Stripes?
- Sim!!!!!!!!
- Ok. "Rock on"!

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Olavo Lüpia, 26.10.06 | Referências | 1 Feedback(s)
25.10.06
Artistas de Circo II
Se calhar, alguns de vós se lembram de eu ter postado sobre alguns artistas de circo.
Pois bem, desta vez vamos partir do monumental e "impossível" tema de Carlos Paredes
Movimento Perpétuo,
do vinil "Movimento Perpétuo", editado em 1971.
Agora podem dizer olá ao guitar hero português Gonçalo Pereira, que decidiu fazer uma versão live da mesma composição.
Eu nunca vi, com enorme pena, o Paredes a tocar isto, mas uma coisa consegui concluir: por muito rápido que se toque, não sai fumo dos dedos...
Ora vejam lá.




Questão: Se o Paredes tivesse escolhido a guitarra, que não a portuguesa, teria cabelo grande e ar freak?
Pormenor: a peça tem menos de minuto e meio, mas vejam a cara do homem no final... alguém tem uma máscara de óxigénio por aí?!

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Olavo Lüpia, 25.10.06 | Referências | 0 Feedback(s)
Novidades - Gomez
Parece que está para ser, finalmente, editado em Portugal o último dos Gomez, "How We Operate" - apesar de o poderem encontrar, em importação, por exemplo, no site da discoteca Jo-Jo's*.
Que dizer sobre a banda mais "americana" do panorama musical britânico? Parecem ser umas simpatias, são talentosos e a voz (principal?) de Ben Ottewell é uma coisa de muito difícil explicação: ainda era um teen cheio de acne e já soava como um qualquer trintão ou quarentão de respeito - quando os vi, em Paredes de Coura (1999), o gajo parecia um filme dobrado! Eu bem olhava para a figura dele e espreitava para trás, a tentar perceber quem era o "duplo"!! Mas que soava bem... Porra, como soava bem! Podem, por exemplo, ouvi-lo na música See The World, a aposta dos Gomez para fazer a promoção do disco nos States.
Sobre este "How We Operate", o 5.º de originais, alerto, desde já: não esperem um regresso aos inspirados tempos de "Bring It On" (1998). Mas também não fiquem tristes. Está mais na onda do anterior "Split The Difference" (2004). Como eles, é um disco simpático, não aborrece nada, ouve-se bem e está, aqui e ali, colorido com umas canções muito boas, como a faixa de abertura, Notice.
É «boa onda», pronto! Aconselho.

Notice
See The World
Cry On Demand


* serviço de confiança, que recomendo para quem não está para sair de casa e se meter numa FNAC ou Valentim de Carvalho, ou está, simplesmente, longe de tais antros de perdição! Entregam em casa e de todas as encomendas que fiz, correu tudo bem.

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Olavo Lüpia, 25.10.06 | Referências | 3 Feedback(s)
24.10.06
Ó, fáxavor! Queria participar um roubo, fáxavor!
Depois das telas do Edvard Munch, outra obra de arte foi roubada.
Eh pá, já viram o novo anúncio da TMN?
Já? E aquela treta não é o despudorado roubo deste monumento?

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Olavo Lüpia, 24.10.06 | Referências | 4 Feedback(s)
Intermission - Ponto de situação
Meus amigos e amigas, acabo de ultrapassar as 1.000 visitas e 2.500 páginas vistas.
Isto começou por ser uma mailing list, que se transformou em tasco, um pouco como a história da Cinderela, se a imaginarem obesa, míope e de barba...
Primeiramente, agradeço aos clientes daqui do estaminé que, habitual ou ocasionalmente, por cá aparecem para me alegrar, aconchegar-me os lençóis e segurar-me a mão para eu adormecer, salvo seja (Suricata, não te apoquentes: isso só a ti está reservado!).
Depois, tinha mesmo que postar algumas das 1001 maneiras pelas quais alguns "incautos" aqui chegam, através de buscas no Google.
Por exemplo: para além de me encontrarem por "Corações de Atum" ou "Natália o nosso amor é verde vídeo" (o que é simpático), também já me entraram tasco dentro quando buscaram por "tomates padre inácio".
Pior. Dois desgraçados (que podem muito bem ser uma e a mesma pessoa) brasileiros entraram-me para o estabelecimento (estava eu a passar o chão e a arrumar as cadeiras) ao teclar as seguintes expressões "Lúpia é venérea?" ou, ainda mais explícito, "Lúpia é doença venérea?".
Não sei o que é que isto quererá dizer nem se me conhecem. Muito menos me quero pôr na mente (nem na pele/corpo, valha-me deus!) de qualquer ser que se sentiu impelido a procurar tais expressões no Google, mas uma coisa posso garantir: AQUI O LÜPIA NÃO É NENHUMA DOENÇA VENÉREA!!
Pelo sim, pelo não, e tentando não estragar o que tenho já reservado para 6.ª feira (não percam!), fiquem com a Cura:


The Walk, The Cure
(Versão engraçadíssima desta música - apesar dos vários "pregos" de Robert Smith -, com uma ideia espectacular envolvendo kazoos... Vejam! É do programa MTV Unplugged, de 24.01.1991)


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Olavo Lüpia, 24.10.06 | Referências | 6 Feedback(s)
Assustadoramente belo

Strange Fruit, Billie Holiday
Letra:Lewis Allen (a.k.a. Abel Meeropol);
Música: Parker Hall, com arranjos de Sonny White e Billie Holiday (fonte: http://wikipedia.org).

Sobre a impressionante história desta música, que é, ela própria, História da Música, (caso tiverem 5 minutos "a ganhar") cliquem aqui.

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Olavo Lüpia, 24.10.06 | Referências | 1 Feedback(s)
23.10.06
"Há música no Lado B"!
Com o fim de semana e "cenas", quase me esquecia de dar as boas bindas ao mundo dos blogs ao B-Side, com o seu Há música no Lado B - que já havia, contudo, colocado na secção "Tascos de Confiança", sob o nome Lado B -, o qual versará sobre as músicas que mais lhe marcaram a vida.
E começou muito bem, com a intemporal Song to the Siren, de Tim Buckley - das coisas mais bonitas que já ouvi.
 
Olavo Lüpia, 23.10.06 | Referências | 3 Feedback(s)
Blue Mondays...

Only You, Portishead
"Portishead" (1997)
Vídeo (excelente) realizado por Chris Cunningham

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Olavo Lüpia, 23.10.06 | Referências | 2 Feedback(s)
22.10.06
"Peças de Roupa"
O Sombra, grande amigo e grande connaisseur musical (com quem tive o privilégio de embarcar em algumas viagens musicais nos tempos de faculdade), teve uma ideia muito porreira, chamada "Peças de Roupa". Aqui está a formulação da mesma.
Entre outras pessoas, pediu-me também para escolher três álbuns marcantes da minha vida, apelo a que atendi, de imediato.
Amigo como é, atribuiu-me títulos honoríficos e académicos que não mereço e a (suprema) honra de abrir as hostilidades, ao que lhe retribuo com um "muito obrigado".
Aqui está a minha contribuição, ressalvando, desde já, que três discos entre os muitos que fui conhecendo, pareceu-me redutor (mas, obviamente, adequado para um post de blog). É provável que à hora a que estejam a ler isto, esteja eu, feito burro, a dizer "eeeiiii, deixei aquele disco de fora...". Contingências...

Vou aproveitar e roubar a ideia dele para ir postando, de vez em quando, os meus álbuns preferidos, num novo separador que se chamará 10/10.
 
Olavo Lüpia, 22.10.06 | Referências | 0 Feedback(s)
Palavras para quê? - Edição I - Banda Sonora do Fim do Mundo
#08 (Popplagið) - Sigur Rós, "()", 2002

("Palavras para quê?" será mais virado para a música instrumental. Não é, no entanto, por aí que começamos. Começamos com Sigur Rós - que já faziam aqui muita falta -, com esta inominada #8, com o nome oficioso de Popplagið (ou Canção Pop), do disco de 2002 "( )". Todo o disco não tem letras. O vocalista emite sons articulados que correspondem a língua nenhuma. E... palavras para quê? Esta música tem uma intensidade que não se explica... em língua nenhuma... Dica: ouvir esta música com headphones e, de preferência, no escuro)

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Olavo Lüpia, 22.10.06 | Referências | 0 Feedback(s)
20.10.06
Porque hoje é Sexta...

Come On Eileen, Dexy's Midnight Runners
"Too-Rye-Ay" (1982)

Algumas conclusões há a tirar deste vídeo: desde logo, é uma música pop perfeita. Depois, os vídeos dos anos 80, se não são, na sua grande maioria, uma boa m..., são, pelo menos, muito reiseiros. Por fim, os Dexy's Midnight Runners eram uns gajos que, em geral, vestiam um bocado mal. Em particular, de roupa, de cabelo e de cara. Muito mal vestiam de cara estes pobres moços...
Esta música traz-me sempre à lembrança um fabuloso fim-de-semana passado com amigos na aldeia do Casal Novo, na Lousã - se não me engano muito, é gajo para fazer 10 anos em Fevereiro, mais ou menos na mesma altura em que a minha casa em Coimbra explodiu!...
(Nota mental: Olavo, vai buscar aquele recorte de jornal do Diário de Coimbra à Casa Municipal da Cultura...)

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Olavo Lüpia, 20.10.06 | Referências | 4 Feedback(s)
19.10.06
Novidades - I'm From Barcelona
Divertimento inteligente!
Alegria contagiante!
Acho que é assim que se pode classificar "Let Me Introduce My Friends" (2006), dos I'm From Barcelona.
O que dizer dos I'm From Barcelona?
Para começar, são 29 elementos! Sim, vinte e nove. Depois, nenhum deles é de Barcelona. São suecos.
O nome provém da delirante personagem Manuel, da mítica série do Monty Python John Cleese, Fawlty Towers - era o empregado espanhol de bigode («Nevermind him, he's from Barcelona», fartava-se de dizer dele a personagem Basil Fawlty).
Estas considerações, por si só, podiam elegê-los para um qualquer "Does humour belong in Music?".
As músicas são uma diversão só! Músicas de uma qualquer noite de um fim de semana no Verão - o que podia levá-los a um "Porque hoje é 6.ª...".
Gostei muito deste disco. Boas ideias, belos arranjos, com especial atenção sos trabalhos de vozes e sopros, e... o disco deixa qualquer um bem disposto!
Fiquem, então, com três músicas de "Let Me introduce My Friends":

Oversleeping
We're From Barcelona
Treehouse


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Olavo Lüpia, 19.10.06 | Referências | 0 Feedback(s)
18.10.06
Does Humour Belong in Music? (VII)

Hard Rock Hallelujah, Lordi

Três geniais minutos de humor...
Por mais que veja este vídeo, não consigo, de cada vez, não me rebolar no chão a rir. Desde o chapéuzinho patusco da Finlândia às demoníacas asas do vocalista, das bandeirinhas fofas a andar de um lado para o outro à tempestuosa pirotecnia... Tudo!
Tudo é bom de mais para ser verdade!
O que, infelizmente, não posso aqui postar são os comentários incrédulos do "Hilário" Clímaco...

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Olavo Lüpia, 18.10.06 | Referências | 0 Feedback(s)
Assustadoramente belo ou «It's not over 'til the fat "lady" sings»

Hope There's Someone, Antony and The Johnsons
"I Am A Bird Now" (2005)

(Que vozeirão inacreditável! E se não fosse tão feiinho, provavelmente alguém "lhe pegava"...)

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Olavo Lüpia, 18.10.06 | Referências | 3 Feedback(s)
A caixa de Pandora
O Pandora é um site porreiríssimo. É uma rádio on-line com o pomposo objectivo de decifrar o genoma musical. Em que é que isso se traduz? Simples: basta fazer um registo e depois introduzir o nome de uma banda ou uma música e ele "cria" uma rádio com base na escolha.
A partir daí, é só ouvir a jukebox e ir dando umas indicações do que se vai gostando e do que não se quer ouvir mais, até se "domesticar" ao nosso gosto.
A que mais gostei, até agora, foi a "rádio Tom Waits". Deu-me a conhecer, entre outros, estes dois de que vos vou falar, Hayden Desser e Mark Mulcahy.
Por acaso, dois "cantautores" que nunca tinha ouvido falar na vida. Depois, conheci os próprios discos e foram agradáveis surpresas. Não é que fossem álbuns que mudaram a minha vida... Nas palavras do grande Zé Chunga: «Não dá grande pedra, mas distrai». E distraíram bem.
Assim, tomem lá Wide Eyes, do "Elk-Lake Serenade" (2004), de Hayden. O disco segue os clássicos Dylan, Springsteen e, em alguns momentos (como esta canção), Waits.
Depois, fiquem com Mark Mulcahy e o engraçado Everything's Coming Undone, do porreiro disco pop "In Pursuit of Your Happiness" (2005).

Wide Eyes - Hayden
Everything's Coming Undone - Mark Mulcahy

Se estiverem numa de rádios on-line, há outra muito fixe: ora cliquem lá em Last.fm.

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Olavo Lüpia, 18.10.06 | Referências | 0 Feedback(s)
17.10.06
Direito de resposta
Em resposta ao post do inadjectivável Incontinental, queria apenas chamar a atenção para o presente, prevendo o futuro, com esta menina, que - de tão bonita - não se consegue explicar...



(Ah, pois. Quase me esquecia que isto tem uma música... E que bela música!)
When The Deal Goes Down, Bob Dylan
"Modern Times" (2006)

É neste momento em que, inadvertidamente, encho o peito de ar... para o deixar sair logo depois, quase silenciosamente...

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Olavo Lüpia, 17.10.06 | Referências | 6 Feedback(s)
Does Humour Belong In Music? (VI)
Não é que o humor seja a razão principal para a música deste artista. Não é que música do homem seja rísivel - longe disso... mas uma pessoa não consegue deixar de sorrir ao ouvir Carlos Bastos.
O homem é fadista e dedica-se a fazer versões no registo de fado (e derivados) de músicas do anos 60. Aqui ficam dois clássicos revisitados: Hey Jude, dos Beatles, e Satisfaction, dos Stones. Enquanto que a primeira está um pouco à imagem do que se podia esperar, a segunda está mesmo muito engraçada!
Diz que fazem parte do disco "All that fado", mas, para grande infelicidade minha, nunca o ouvi... Ao que parece, até a Proud Mary, dos Creedence Clearwater Revival, por lá anda! Já agora, alguém desse lado o tem? Sabe onde o posso arranjar?
EU QUERO ISSO!
MUITO!

Hey Jude - Carlos Bastos
(I can't get no) Satisfaction - Carlos Bastos

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Olavo Lüpia, 17.10.06 | Referências | 4 Feedback(s)
16.10.06
Blue Mondays...


The Last Good Day Of The Year, Cousteau
"Cousteau" (2000)

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Olavo Lüpia, 16.10.06 | Referências | 0 Feedback(s)
15.10.06
Novidades - Blues do Mali
Se os Blues começaram por ser uma música negra, que nasceu no Sul dos Estados Unidos, onde o racismo sempre foi mais exacerbado + Se esses negros que "trabalhavam" nessas explorações do Sul dos EUA provieram de África = os blues são, na sua raiz, africanos.
Prova disso é a música tradicional do Mali, cujo artista com mais renome se chamava Ali Ibrahim "Farka" Touré, que deixou o mundo em 6 de Março deste ano, com 67 anos e um cancro nos ossos - "Farka" foi a alcunha que os pais lhe puseram, que quer dizer, na sua língua natal, burro (o animal). Há, inegavelmente, na sua música, um ponto comum entre a música tradicional do seu país e os blues. Ouve-se ali uma espécie de John Lee Hooker, mas com uma lingua estranha, ora em dialectos africanos, ora em francês.
O último sopro de Farka, Savane, foi editado postumamente. Tem blues e até, pontualmente, um feel parecido ao reggae (ouça-se o tema-título do disco). Porreiríssimos os arranjos das vozes secundárias, verdadeiros cânticos africanos, enquanto que Ali Touré se apresenta com o seu timbre cavo, ora cantado, ora falado. Percussões excelentes, a marcar um ritmo africano lento. Ou seja: nota-se perfeitamente que é música que deriva directamente da tradição africana (algumas são mesmo tradicionais, arranjadas por Touré), mas parece que os blues andam sempre por ali.
Razão teria Scorsese quando identificou a música tradicional de Ali 'Farka' Touré como o "DNA dos blues"... Blues do deserto?

Yer Bounda Fara - Ali 'Farka' Touré
Soya - Ali 'Farka' Touré

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Olavo Lüpia, 15.10.06 | Referências | 0 Feedback(s)
Fenómenos (pouco) naturais
Com 1.000 obrigados ao Gijo, aqui fica o Chris Cornell, com uma cover acústica especial...

Billie Jean - Chris Cornell

(O que aconteceu à metade que falta da voz dele? Aquela última digressão com os Soundgarden destruiu-o todo)

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Olavo Lüpia, 15.10.06 | Referências | 1 Feedback(s)
13.10.06
Porque hoje é Sexta...

Figuras Tristes, Nuno Prata
"Todos os Dias Fossem Estes/Outros" (2006)
Performance de 18.09.2006, na FNAC Santa Catarina (Porto)

Quanto ao disco, saído no mês passado, falarei proximamente.
Para já, refiro apenas, para quem não saiba, que Nuno Prata era o baixista dessa Instituição chamada Ornatos Violeta.
E nota-se! O disco traz a herança dos Ornatos, também. Roubou os tiques de voz, as melodias imprevisíveis e a boa escrita de textos a Manuel Cruz. Nota-se ainda a influência do baixo de Brian Ritchie (dos Violent Femmes - ouvir, por exemplo, Não, Não Sou um Fantasma, a enorme primeira música do disco).
É um disco essencialmente acústico (entre o jazz rock e o punk de uns Femmes), que só muda a agulha nas duas últimas músicas, e... têm mesmo de o ouvir.
Tem sumo, a coisa! E dá para embalar para o fim de semana...
Por isso, rapaziada, tudo a correr às lojas de disco a comprar! Está muito bom e recomenda-se!
No You Tube podem encontrar mais vídeos deste show case.

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Olavo Lüpia, 13.10.06 | Referências | 0 Feedback(s)
12.10.06
Does Humour Belong In Music? (V)
Artur Gonçalves, fadista dos 70's. O que o homem fazia era pegar em standards do fado e muni-los com outros textos.
E que textos! Desde a depressiva e raivosa dor de corno (Dor de Cotovelo ou - atentem bem neste título - Não passes mais com ele na Musgueira), passando pela viagem dos jogadores do Sporting a Inglaterra para jogar nas competições europeias com o Sunderland (As Cassetes) até, como seria de esperar, a crítica social (Bairro Alto e seu entulho) e política (Ser Fascista, Vamos Dar Caça à PIDE, Chula dos Partidos ou A Bronca de Moscavide). Existe ainda uma incursão avant la lettre pela cantiga popular de cariz brejeiro, como se pode ouvir em Os Tomates do Padre Inácio ou Vira da Minha Terra (Vamos à Coina).
Sem mais, o magistral Artur Gonçalves.
(Nota: o som não é grande coisa. Mas isto merece MESMO ser ouvido)

Não passes mais com ele na Musgueira
Dor de Cotovelo
As Cassetes
Bairro Alto e seu Entulho
A Bronca de Moscavide
Ser Fascista

Post Scriptum - O melhor vídeo de sempre da política portuguesa já está na net (descobri eu, agora, que já estava na net, via Irmão Lúcia). Não resisti a alojá-lo, fazendo pendant com a veia política de Artur Gonçalves. Pinheiro de Azevedo, 1.º Ministro do VI Governo Constitucional, 1975. Caso para perguntar: Does humour belong in politics?

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Olavo Lüpia, 12.10.06 | Referências | 3 Feedback(s)
11.10.06
Artistas de Circo
O tapping é uma técnica de guitarra que consiste na utilização da ponta dos dedos para, com movimentos rápidos e firmes, pressionar as cordas de modo a obter som. Nos anos 80, era uma daquelas coisas que todos os guitarristas faziam. Estava na moda e era uma técnica inovadora, usando-se o braço da guitarra como se de um teclado se tratasse. O rei era Eddie Van Halen, mas há ainda a considerar o inacreditável Steve Vai, o Prof. Joe Satriani e o "Neo-clássico" Ingwie Malmsteen, entre outros.
Nos anos 90, seguindo a tendência de tudo o resto, o tapping era visto ora como parolo, ora como azeiteiro, ou simplesmente not cool. Na música, era entendível: os Nirvana e os que se lhes seguiram tinham assassinado o hard-rock, heavy metal e derivados, mandando aqueles cabelos "à foda-se" para o Inferno.
Com o repescar dos anos 80 em toda a linha, começam a aparecer por aí uns artistas que ressuscitaram a técnica do tapping, com resultados curiosos.
Este, aqui em baixo, chama-se Adam Fulara, e podem vê-lo a tocar a 1.ª das Variações Goldberg, de J.S. Bach, no Ternura Porno. Aqui, ele dedica-se também a Bach, tocando o Prelúdio do Prelúdio e Fuga n.º 3 em dó sustenido maior do Primeiro Livro do Cravo Bem Temperado, BWV 848 (com a devida vénia ao sempre iluminado Incontinental - ver caixa de comentários!).


Apesar das caretas que ele vai fazendo durante o vídeo, não lhe conheço nenhum tipo de doença... Devia estar com muita vontade de ir ao WC. É. Deve ter sido isso!
Mas há mais!!! Há ainda a considerar um puto "chinoca" com a graça de Zack Kim, que pulula pelo You Tube, ora tocando Bach e Beethoven, ora tocando o tema do Super Mario Bros. Um exemplo está aqui. Enquanto que o Fulara parece um gajo mais sério no que faz, este Zack Kim cheira-me apenas a artista de circo adolescente - e o facto de ser chinoca só me faz a crença mais forte...
Num registo completamente diferente e com resultados bem mais interessantes, o Sombra também nos dá a conhecer aqui Kaki King.
É só magos e artistas de circo...

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Olavo Lüpia, 11.10.06 | Referências | 4 Feedback(s)
Novidades - TV On The Radio
Os TV On The Radio editaram este ano "Return to Cookie Mountain", o sucessor do denso e promissor "Desperate Youth, Blood Thirsty Babes", de 2004.
Muitos são os pontos de interesse do novo dos TVOTR. Os samples iniciais viciantes de I Was a Lover, o trabalho genial de vozes a que estes rapazolas do Brooklyn se dão ao trabalho ou o constante desafio auditivo que o trabalho deles vai dando ao ouvinte - sim, este não é um disco que se sorva à primeira, nem perto disso - são razões mais que suficientes para ouvir o disco. Até David Bowie o aconselha, até porque também canta na música Province.
O movimento dos media especializados à volta da banda e a qualidade do próprio disco faz-me prever, desde já, presença garantida nas listas dos melhores do ano, a sair lá mais para a frente.
O disco vale pelo seu todo, de maneira a que se não possa falar de pontos altos. Mantém uma qualidade altíssima. A arriscar, suponho que I Was a Lover, Province, Wolf Like Me, Method ou Dirtywhirl (e já vamos quase em metade do disco!)...
Escolhi Province, um musicão do caraças. Uma ideia simples, um arpejo de guitarra, uma batida eficaz, as vozes fazem o resto... até que a música se propulsiona com o refrão. Depois, fui por Wolf Like Me, um hino da geração cyber pós-punk. Completamente irresistível. Por fim, fiquem também com a música Method. Não é explicável o aproveitamento do aparelho vocal que eles fazem para construir uma música. Excelente.
Não sei é como é que os homens tocam estas coisas em concertos...
Concluindo, um disco a ouvir até que o leitor ou o cd rompam!

Province
Wolf Like Me
Method

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Olavo Lüpia, 11.10.06 | Referências | 0 Feedback(s)
10.10.06
Assustadoramente belo

Ne Me Quitte Pas, Jacques Brel


(E se ele não tivesse a cara tão assimétrica, ela provavelmente nunca o tinha deixado...)

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Olavo Lüpia, 10.10.06 | Referências | 3 Feedback(s)
3 pistas
É uma compilação da Antena 3 que saiu no ano passado, reunindo 11 bandas/artistas a solo, cada um com duas faixas. A ideia geral passou pela edição de um original e uma cover de cada banda, sendo que a gravação, como o próprio nome indica, não poderia/deveria exceder as 3 pistas.
Os Mesa optaram por voz, guitarra acústica e contra-baixo. E são eles que abrem o disco com o tema com muita passagem nas rádios Luz Vaga, do seu auto-intitulado, de 2003, cantado no original por Mónica Ferraz e Rui Reininho. A versão escolhida também já foi bastas vezes por aí ouvida: No One Knows dos Queens of The Stone Age. Muito bem, Senhores Mesa!
Os Blind Zero vêm logo a seguir com a versão interessante da April Skies, original dos The Jesus & Mary Chain, e About Now, de "A Way to Bleed Your Lover" (2003).
Uma das mais fantásticas bandas portuguesas, o Quinteto Tati, apresenta-se com a voz inconfundível do ENORME JP Simões, uma guitarrinha acústica e simples instrumentos de sopro, com um mínimo de percussão. A primeira é Uma Para o Caminho, do simplesmente fabuloso "Exílio" (2004). A versão que lhe segue é, para não variar, escolhida da discografia do Prof. Doutor Chico Buarque: Gota D'Água.
Depois dos desinteressantes Toranja (com a "Jorge-Palma-wanna-be-song" Carta e uma versão sem garra da visceral Chaga, dos defuntos Ornatos Violeta - sim, sem garra!... Do estilo, Chaga, versão parque de campismo, com lareirinha e tudo... Só faltam os escuteirinhos a bater palminhas ao som da música), vem o Legendary Tiger Man, Paulo Furtado, com Crawdad Hole (do "Fuck Chrismas, I Got The Blues" - 2003) e a mítica Route 66, de Bobby Troup, também já editada no último do LTM, "Masquerade". Como o próprio não precisa de muito mais que duas pistas, é Legendary Tiger Man. Ponto.
Depois, entram os Mão Morta, com Fado Canibal ("Corações Felpudos", 1990) e Kayatronic dos Corpo Diplomático, uma versão bem interessante.
Foi-me difícil entrar na onda spokenword dos 1 UIK Project e Melo D e Good Vibe não me aqueceram com as suas Boas Vibrações. Depois preparei-me para o choque: os Repórter Estrábico vinham aí. Surpreendeu-me pela acessibilidade, a versão de Charlie Don't Surf dos The Clash, e a comicidade de Segunda Pele foi bastante benvinda!
Depois, Jorge Cruz, um gajo que, visualmente, está entre um mosqueteiro e um jovem Filipe Mendes (a.k.a., Phil Mendrix, dos Ena Pá e Irmãos Catita). Adriana ("Sede" - 2004) é um bom tema jazz.
A seguir - e a finalizar -, os grandes Dead Combo, que também não precisam mais que duas, três pistas. Ribot, do "Vol. I" (2004) para começar e (o que valeu muito à participação dos senhores), finalmente, a gravação da já imprescindível nas actuações ao vivo, Temptation, do (Deus) Tom Waits.
Ao que parece, a ideia vai voltar, já em 23 deste mês, com o disco: "Acorda!", cujos lucros reverterão para o Serviço de Pediatria do I.P.O. de Lisboa, re-editando estes artistas e ainda mais, entre outros, Old Jerusalem, Nuno Prata (ex-Ornatos Violeta), Vicious 5 e München. A comprar, definitivamente.
Já a escolher, a escolher, foi entre os meus preferidos e outra que achei que fosse menos maçuda para se ouvir numa página da net. Assim e pela ordem que aparecem no disco:

Mesa - No One Knows*
Quinteto Tati - Gota d'Água*
Dead Combo - Temptation*

_________________
* hiperligações retiradas.

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Olavo Lüpia, 10.10.06 | Referências | 0 Feedback(s)
9.10.06
Blue Mondays...
(I'm not here. This isn't happening...)

How to Disappear Completely, Radiohead, "Kid A" (2000)
Performance de 28.04.2001, Estúdios do Canal +, Paris

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Olavo Lüpia, 9.10.06 | Referências | 1 Feedback(s)
8.10.06
Does Humour Belong In Music? (IV)
Manuel João Vieira é um ícone da música portuguesa. É quase o Frank Zappa português, já fez músicas em quase todos os estilos possíveis e imaginários, mas não só... Proto-candidato nas últimas duas eleições para a Presidência da República, terá nascido em Lisboa, em 1960 e em 1962 (segundo o próprio) e é um carismático lider de massas, ainda que, por norma, seja mais apelativo aos mais tenrinhos de idade.
Já pariu vários projectos, como os Ena Pá 2000, os Irmãos Catita e Corações de Atum, usando o pseudónimo Lello Minsk e a companhia de Shégundo Galarza, que é quase uma banda sonora de um qualquer filme português dos anos 30/40, com o desfile de vários estilos de "músicas de salão" e é, ainda assim, o disco mais sério de Vieira.
Canta muito bem (se bem que, às vezes - pronto... muitas vezes -, está tão grosso que não se dá por isso), toca muito bem guitarra (se bem que, às vezes - pronto... muitas vezes...) e é um bom compositor. No que respeita a letras, situa-se entre a genialidade e a boçalidade escatológica mais crua e sem sentido.
Ainda que seja difícil a escolha de um pequeno número de músicas, aqui estão quatro: Portugal Alcatifado, o Hino das pré-campanhas de Vieira à Presidência, Dona, do "És Muita Linda!" (1994), onde Vieira faz uma homenagem sentida à mulher - ou só a uma parte dela!... - e Um gajo muita fixe, de "2001, Odisseia no Chaço" (1999), e Velho Truque, do disco "Corações de Atum" (2000).

Portugal Alcatifado (Hino Vieira) - Manuel João Vieira
Dona - Ena Pá 2000
Um gajo muita fixe - Ena Pá 2000
Velho Truque - Lello Minsk & Shégundo Galarza
Quanto aos Irmãos Catita, por preguiça e conveniência, remeto para post anterior, onde está a musica Drógádo, do "Mundo Catita" (2001).

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Olavo Lüpia, 8.10.06 | Referências | 2 Feedback(s)
7.10.06
Novidades - Bonnie 'Prince' Billy
Chama-se The Letting Go, foi editado em Setembro passado e é do caraças.
Bonnie 'Prince' Billy (a.k.a. Will Oldham) decidiu gravar este disco na Islândia, tendo até usado um quarteto de cordas e produtor locais. Outra coisa que resultou muito bem foi a utilização de uma voz feminina, Dawn McCarthy, dos Faun Fables, que acompanha a do Shôr Billy ao longo do disco.
O disco é muito calmo, realçando-se as vozes e o uso excelente das cordas. Note-se também que não se mantém aqui o característico minimalismo de Billy, usando inteligentemente os recursos de que se dotou, com maravilhosos arranjos.
As minhas escolhas recaem sobre a lindíssima e simples Strange Form Of Life, Cursed Sleep, uma música cuja composição é marcadamente à Billy, com uns arranjos de cordas muito fixes (já com vídeo disponível), e The Seedling, que é uma música fabulosa.
Não percam, porém, o resto do disco, que se ouve muito, mas mesmo muito bem.
A publicidade ao disco também está engraçada, como podem atestar pela triologia de anúncios: 1.ª parte; 2.ª parte; 3.ª parte.

Strange Form Of Life
Cursed Sleep
The Seedling

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Olavo Lüpia, 7.10.06 | Referências | 3 Feedback(s)
6.10.06
Porque hoje é Sexta...

Just, Mark Ronson ft. Alex Greenwald,
Exit Music: Songs for Radio Heads (2006)

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Olavo Lüpia, 6.10.06 | Referências | 0 Feedback(s)
5.10.06
Novidades - He's Beck!
"1, 2... You know what to do..."

Com lançamento no início desta semana, aí está o novo de Beck, The Information.
(Este texto foi escrito após duas audições da "coisa", pelo que pode sofrer de "ejacculatus prematurus", mas... adiante!)
Mais um disco inteligente de Beck, entre a revisitação, desde Mellow Gold (1994) a Guero (2005), e o salto no experimentalismo electrónico. Foque-se, desde logo, o produtor, que acaba por ser figura omnipresente em todo o disco. Nigel Godrich é um génio. O bom gosto que o homem incute a tudo em que toca é, no mínimo, desconcertante (o toque de Godrich?). Penso que este The Information nunca seria o mesmo se fosse outra pessoa a produzir.
Quanto ao disco, logo a abrir, uma música bem engraçada, à Odelay (1996), chamada Elevator Music, passando, logo a seguir, em Think I'm in Love, para um registo mais aproximado a "Midnite Vultures" (1999). Continua o disco com a música que se vai já ouvindo aqui e ali, Cellphone's Dead. Depois, um musicão: Strange Apparition, entre o pop, a soul e o folk. Primeiro, marcadamente, o piano vai ditando o rumo da música, para, no fim, dar lugar de relevo à guitarra acústica que a conduz até ao seu final. Depois de Soldier Jane, vem a psicadélica e paranóica Nausea. O pop simples e bem bonito de New Round, com bons arranjos de vozes, dá lugar à fantástica Dark Star, com as cordas a evocarem Paper Tiger (Sea Change - 2002) e a harmónica a dar o tom "fora", naquele toque especial de Beck de deslocalizar instrumentos e sons dos seus ambientes naturais, dando às músicas umas tonalidades fora do habitual (vide, por exemplo, aquele banjo em Sexx Laws, de Midnite Vultures, bem audível no seu final). Depois, We Dance Alone, um pequeno paralelismo com "The Eraser", de Thom Yorke, notando-se a já referenciada excelência de produção de Nigel Godrich - tecnologia em função da música. O mesmo se diga quanto a 1000BPM e Motorcade. The Information, um bom tema, aparece depois, preparando caminho para a excelente Movie Theme, muito à Sea Change, com um laivos engraçadíssimos de psicadelismo (que também são habituais em Beck), até que aparece a esquisita The Horrible Fanfarre/Landslide/Exoskeleton, música de 10 minutos, entre o experimentalismo sónico e o psicadélico, com a repescagem do riff de Cellphone's Dead.
É, assim, um disco que se pode dividir em duas metades: uma com músicas de estrutura mais convencional (se é que isto se pode dizer de Beck), com revisitações actualizadas do trabalho anterior do próprio; e uma outra mais experimentalista e electrónica, para o qual, penso, escolheu o produtor ideal. Em comum, o sónico e o psicadélico... e Beck. Sempre Beck.
Em conclusão, acho que aqui temos um Beck mais objectivo e maduro. Um Beck que olha para a sua carreira e pensa: «agora vou levar isto de outra maneira». Se a cada disco, havia experimentado caminhos diferentes (do folk/funk/rap de Mellow Gold e do «you name it, I play it!», de Odelay, ao seríssimo e intimista folk de Sea Change, passando pelo sónico Midnite Vultures e pelo psicadélico folk, blues e até bossa nova de Mutations, até chegar ao funk/rap - inacabado - de Guero), parece-me que se inicia um novo ciclo com este The Information, um disco muito inteligente, como já disse. É um disco que me deixou já curioso sobre como será o próximo, tendo em conta os vários caminhos abertos por este.
Escolher 3 músicas foi, mais uma vez, difícil, mas aqui vai:

Strange Apparition
Nausea
Movie Theme

Não postei aqui a música "Cellphone's Dead", porque podem ouvi-la, via Markl, se clicarem aqui. Vão também ao site porreírissimo do próprio Beck, através da palavra pladur (uma palavra que, por muitas vezes que a ouça, faz-me sempre rir de forma inane).

P.S. Mudei (temporariamente... ou não) o sistema de postagem das músicas. Com a desvantagem de que se não podem ouvir na própria página, após clicarem no nome das músicas linkadas, vão reparar que as coisas tornam-se bem mais simples de ouvir e... "cenas". Abre uma nova página, é só clicar em play... (podem, claro, minimizá-la, se vos apetecer, e continuar a ler o blog, se não for muito doloroso...). Se quiserem, digam aí nos feedbacks se acham melhor ou pior, ok?

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Olavo Lüpia, 5.10.06 | Referências | 0 Feedback(s)
4.10.06
Metamorfoses indescritíveis

You Spin Me Round (Like a Record), Dead Or Alive
Youthquake (1985)

Este acima era o Pete Burns há uns 20 anos atrás. Muito gay, com fatiota idiota à 80's e uma pala nos olhos. Já agora, alguém explica a "cena" das bandeiras, no fim do clip?
















"Este" é o Pete Burns de hoje.
É simpático reparar que, ao contrário do que se podia pensar, o homem não tem problema nenhum nas vistas. Quanto ao resto... digamos que os gostos são subjectivos, mas a pergunta tem de se fazer: aqueles lábios podem levar mais botox? Será que flutuam? Outra coisa, pode alguém ficar mais parecido com a filha do Néné, Filipa Gonçalves?
Ora vejam também aqui ou aqui, com um cabelo ainda mais indescritível.

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Olavo Lüpia, 4.10.06 | Referências | 1 Feedback(s)
(Semi-)Novidades - Clogs
Os Clogs constituem uma banda de jazz instrumental que lançou no início deste ano o disco Lantern.
O disco abre com a faixa de nome Kapsburger. Quando vi o nome pela primeira vez, li, instantaneamente, Kapsberger - que foi um compositor obscuro e incompreendido do Séc. XVII, de raízes germânicas, mas que viveu em Itália, e que eu gosto de comparar a um OVNI que passou pela música, porque completamente fora da sua época (vou falar do homem num dos próximos posts, porque vale mesmo muito a pena), - o que me fez devotar a minha total atenção ao que estava a ouvir. Kapsburger é um tema cuja composição é do senhor supra referido, de nome parecido.
O disco é muito interessante e, como música intemporal que é, parece estar completamente desfazada do que vai sendo editado.
A composição é excelente, arranjos fantásticos e é um disquito que não custa nada a ouvir. O som do disco tem muito do minimalismo da composição do próprio Kapsberger e algumas músicas fazem-me lembrar, por exemplo, as Amina (banda de suporte do Sigur Rós) ou a banda sonora que os (enormes) Zita Swoon fizeram para o filme "Aurora", do Murnau.
O acabado de descrever está bem demonstrado nas lindíssimas 5/4 e Lantern (única música parcialmente cantada do disco).

Kapsburger - Clogs
5/4 - Clogs
Lantern - Clogs

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Olavo Lüpia, 4.10.06 | Referências | 0 Feedback(s)
3.10.06
Does Humour Belong In Music? (III)
Benvindos ao inexplicável. Benvindos ao "maravilhoso". Benvindos ao intangível mundo de Natália de Andrade. Tão intangível como as notas que a mesma almeja lograr com o seu inenarrável instrumento vocal... Proveniente, concerteza, da Escola do Realismo Lírico do bel-canto, a audição das interpretações desta senhora pode, não só, acordar os mortos, como fazê-los correr como o vento.
- O Humor tem lugar na Música?
- Tem, sim!
- O que é inadvertido também?
- Porque não?!! Eu gosto é de rir!
Depois deste pequeno diálogo entre mim e o pequeno duende que vive dentro da minha cabeça e me diz para fazer as coisas mais horríveis, resta-me deixar umas "cenas" da Xôra Dona Diva Natália (sim, porque dá-me uma dor de alma ter que lhes chamar músicas).
O Nosso Amor é Verde não necessita de qualquer apresentação. O Rouxinol é completamente impossível de se traduzir por qualquer raciocínio lógico entre premissas que leve a uma conclusão, quanto mais exprimir por palavras. Nem dá Gosto Assim Vestir fala, sem dúvida, de uma senhora que sofre de Alzheimer...
Para não pensarem que esta senhora só assassinava em português, fiquem com um último "trecho" vociferado pela Diva na língua de Petrarca, de Michelangelo, de Da Vinci e de Roberto Baggio, chamado Addio, Piccolo Amore.

Curiosidade: o pianista que a acompanhou nas gravações foi o Shégundo Galarza.
Atenção: a exposição prolongada à voz desta senhora pode fazer aquilo a que a mais moderna medicina apoda de «mal como o car...».

O Nosso Amor é Verde
O Rouxinol
Nem Dá Gosto Assim Vestir
Addio Piccolo Amore

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Olavo Lüpia, 3.10.06 | Referências | 1 Feedback(s)
2.10.06
(Raro) Momento de Erudição
(A meus "pais")

Após mais um visionamento do filme Shine, sobre a vida de David Helfgott, que andava maluquinho para tocar o Concerto para Piano #3, em Ré Menor, Op. 30, de Sergey Rachmaninov e que, depois de o tocar, ficou mesmo, achei que era impossível não postar qualquer coisa sobre tal monumento intemporal.
A primeira coisa que me vem à cabeça é dizer que quem gosta de ouvir música clássica porque relaxa vai ter uma grande desilusão. O concerto não é nada relaxante e, no final, só me apetece dar saltos e berrar muito!
Considerado por muitos como o concerto mais difícil para se tocar ao piano, não é só pela técnica que a coisa se torna difícil. Conseguir transportar para a interpretação a paixão que o desequilibrado Rachmaninov escreveu em papel de música é outra obra de incomensurável grandeza. Bem tocado, é uma experiência auditiva única.
Assim, com a ajuda do amigo do costume (You Tube), vou postar, em forma de vídeo, divido por três partes (uma por cada andamento), o concerto de que falo, através daquele que é considerado, unanimemente, como o seu melhor intérprete, Vladimir Horowitz. Nesta gravação, Horowitz apresenta-se já com cerca de 80 anos e é muito bem acompanhado pelo Maestro Zubin Mehta e pela New York Philarmonic.

1.º Andamento
2.º Andamento
3.º Andamento

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Olavo Lüpia, 2.10.06 | Referências | 2 Feedback(s)
Novidades - Sparklehorse
Muito bom. Assim é o novo dos Sparklehorse, carregadinho de substância. Com grandes músicas e muito equilíbrio, Dreamt For Light Years In The Belly Of A Mountain requer, merecidamente, atenção e audição.
O feel do disco é, em geral, a calmia, com as excepções "Ghost In The Sky" e "It's Not So Hard". A começar, a música "Don't Take My Sunshine Away", com uma melodia que me faz lembrar a música "Lucy In The Sky With Diamonds", dos Beatles ( e aquela parte inicial intemporal «Picture yourself in a boat on a river/ With tangerine trees and marmelade skies...»). Depois, outra das grandes referências dos Sparklehorse, Neil Young, está bem patente em "Getting It Wrong", a segunda faixa.
A partir daí, o disco vai fluindo de forma natural, com aquele excelente som característico dos Sparklehorse. Um disco com muitos motivos de interesse, como já é habitual (ao 4.º trabalho, parece tratar-se de uma daquelas bandas com uma incapacidade "congénita" para fazer um disco mau).
Por fim, chega a música título do disco, muito ao estilo de uns Godspeed You Black Emperor! ou A Silver Mt. Zion, com um tempo condizente, também.
Podendo e devendo ser ouvido de seguida, o disco soa como se de uma faixa só se tratasse, com algumas nuances aqui e ali.
Perante uma escolha difícil, optei pelas seguintes músicas, a ouvir com atenção:

Don't Take My Sunshine Away - Sparklehorse
Morning Hollow - Sparklehorse
Knives Of Summertime - Sparklehorse

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Olavo Lüpia, 2.10.06 | Referências | 0 Feedback(s)
1.10.06
(Adenda ao post dos The Arcade Fire + David Bowie.
Como seria de imaginar, os vídeos da actuação dos Arcade Fire com o David Bowie estão disponíveis no You Tube. É só seguir os links para ver os vídeos de Five Years, e da estrondosa Wake Up. Fiquem também com a fantástica actuação deles no programa do Conan e, para acabar, com a sugestão d'O Maquinista, que postou no seu tasco um vídeo dos mesmos em Paredes de Coura)

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Olavo Lüpia, 1.10.06 | Referências | 0 Feedback(s)